segunda-feira, 7 de março de 2011

Quarta-feira de Cinzas

Quarta-feira de Cinzas

Início do tempo quaresmal, que tem como objetivo nos preparar para a Páscoa da ressurreição de Jesus Cristo. Junto com a Quaresma, vivemos também a proposta da Campanha da Fraternidade, que nos convida à defesa da vida.

A Quarta-feira de Cinzas é dia de jejum e abstinência de carne.

As cinzas vêm dos ramos bentos no Domingo de Ramos do ano anterior.

A cinza é símbolo da fragilidade e pequenez humanas. O Antigo Testamento está repleto de passagens que o confirmam.

O rito da imposição das cinzas dentro da missa substitui o Ato Penitencial, e realiza-se depois da homilia.

O início da Quaresma com a liturgia das Cinzas reveste-se de um sentido especial. Cinza, no sentido bíblico, é o símbolo de tudo que é perecível, sem valor. Vários ritos litúrgicos com as cinzas eram utilizados no templo da Bíblia, tais como: aspergir-se com cinza, comer cinza, assentar-se sobre a cinza, revolver-se sobre a cinza, banhar-se com água e cinza. Os condenados eram atirados em cinza incandescente. A purificação com cinza e água era um costume usado, por exemplo, após contato com os mortos.

Dentre os costumes acima mencionados, hoje perpetuamos o de receber cinzas sobre a cabeça. Esse gesto quer nos lembrar que nos desviamos do caminho de Deus, que somos conscientes disso e que confessamos publicamente. Cabeça é o que vai à frente, que me norteia. As cinzas representam a efemeridade do ser humano e o seu clamor por misericórdia. Esse gesto sinaliza a redenção do ser humano, das cinzas para a glória. Ele deixa de ser cinza.

Uma das frases – no momento da imposição das cinzas – serve de lembrete para nós: “Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.” A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.

A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como os princípios da Quaresma.

"O jejum ao qual a Igreja nos convida neste dia não nasce certamente de motivações de ordem física, estética, mas nasce da exigência que o homem tem de uma purificação interior que o desintoxique da poluição do pecado e do mal; eduque-o àquelas renúncias salutares que liberta o fiel da escravidão do próprio eu; torne-o mais atento e disponível à escuta de Deus e ao serviço aos irmãos."

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