
A cerimônia, iniciada às 17 horas, no Parque de Exposições de Salvador, foi acompanhada por 77 mil pessoas (dados da polícia militar da Bahia) e diversas autoridades, entre elas, a presidente da República Dilma Rousseff, o governador da Bahia, Jaques Wagner e o presidente do Senado, José Sarney. O rito foi conduzido pelo cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, representando o papa Bento XVI. Com a beatificação, a religiosa passou a ser chamada de “Bem-Aventurada Dulce dos Pobres”.
Como beata, um grande quadro com o retrato da religiosa foi mostrado ao público, que agitou lenços e cantou em homenagem à freira baiana, que morreu há 19 anos.

O processo de canonização começou em 2001. Em 2003, a Santa Sé emitiu validação jurídica do milagre atribuído à freira. Irmã Dulce intercedeu por uma mulher, no estado de Sergipe, que sofreu grave hemorragia após o parto, em 2001. Em 2009, o papa Bento XVI concedeu o título de venerável à freira baiana, reconhecimento de que viveu de forma heroica as virtudes da fé cristã, caridade e esperança. O feito foi investigado por peritos médicos e teólogos.
No ano passado, a Congregação para a Causa dos Santos certificou a autenticidade do milagre atribuído à irmã Dulce, última etapa para a beatificação. Em dezembro de 2010, o papa promulgou o decreto de beatificação. Após o decreto, deu-se início o processo para a santificação. Para ser considerada santa mais um milagre deve ser constatado.
Filha do dentista Augusto Lopes Pontes e
de Dulce Maria de Souza Brito Lopes Pontes, Maria Rita de Souza Brito
Lopes Pontes, irmã Dulce, nasceu em 26 de maio de 1914, na capital
baiana. Aos sete anos, a mãe morreu. Na adolescência, já dava sinais da
vocação para ajudar os excluídos, acolhendo mendigos e doentes em sua
casa.

Em Salvador, prestava assistência à
comunidade pobre de Alagados, ajudou na fundação de uma associação
católica de operários e também de uma escola para filhos dos operários.
No início da década de 50, a freira usava o galinheiro do convento para
abrigar doentes – foi o começo da Associação Obras Sociais Irmã Dulce,
criada oficialmente em 1959. Depois, fundou o Convento Santo Antônio.
Em 1988, foi indicada ao Prêmio Nobel da
Paz. Com a saúde extremamente debilitada, a religiosa morreu em 1992,
com 77 anos de idade. Com o processo de canonização, os restos mortais
foram levados para a Capela do Convento Santo Antônio. Depois de receber
o título de venerável, foram transferidos para a Capela das Relíquias,
ambos em Salvador.
Palavra do Papa
O papa Bento XVI lembrou a beatificação de irmã Dulce, durante a tradicional Oração Regina Coeli. Num discurso em português, o papa chamou a religiosa baiana de “mãe dos desamparados”.
“Desejo também unir-me à alegria dos pastores e dos fieis congregados em Salvador para a beatificação da irmã Dulce Lopes Pontes, que deixou para trás uma prodigiosa pegada de caridade a serviço dos mais pobres, fazendo com que todo o Brasil visse nela a mãe dos desamparados”, disse Bento XVI.
Palavra do Papa
O papa Bento XVI lembrou a beatificação de irmã Dulce, durante a tradicional Oração Regina Coeli. Num discurso em português, o papa chamou a religiosa baiana de “mãe dos desamparados”.
“Desejo também unir-me à alegria dos pastores e dos fieis congregados em Salvador para a beatificação da irmã Dulce Lopes Pontes, que deixou para trás uma prodigiosa pegada de caridade a serviço dos mais pobres, fazendo com que todo o Brasil visse nela a mãe dos desamparados”, disse Bento XVI.
fonte: http://www.cnbb.org.br/site/regionais/nordeste-3/6634-mais-de-70-mil-pessoas-participam-de-cerimonia-de-beatificacao-de-irma-dulce-em-salvador
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