sexta-feira, 25 de abril de 2014

segundo domingo da Páscoa, a Festa da Divina Misericórdia

“Jesus, eu confio em vós!” (Jezu, ufam Tobie!)


A Igreja Católica celebra, no segundo domingo da Páscoa, a Festa da Divina Misericórdia, instituída pelo Papa Beato João Paulo II. Esta festa teve origem na Polônia, em Cracóvia, através das experiências místicas de Santa Irmã Faustina Kowalska, e é hoje celebrada no mundo inteiro.

Santa Ir. Faustina Kowalska, conhecida hoje como Santa Faustina, nasceu em Głogowiec, perto de Łódź (Polônia), aos 25 de agosto de 1905, vindo a falecer ainda jovem, em Cracóvia (Kraków), aos 05 de outubro de 1938. Pertencia à congregação das “Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia.” Ela entrou na congregação em 1924 e ficou apenas 14 anos, até o momento de sua morte. É reconhecida como a “apóstola da Divina Misericórdia”.

O padre Michal Supocko, que era seu confessor, pediu que ela escrevesse os seus diálogos espirituais. Isso resultou em centenas de páginas, que estão traduzidas em muitos idiomas: “o Diário de Santa Faustina”. Encontramos este livro em quase todos as línguas, desde os idiomas indígenas até as línguas dos desertos da África.

Qual seria a imagem da Divina Misericórdia?


As freiras da congregação responsáveis pelo Santuário da Divina Misericórdia, em Cracóvia, contam como Santa Faustina orientou a pintura do quadro que representava Jesus misericordioso. Um pintor renomado foi convidado para pintar o quadro: Eugeniusz Kazimirowski, em 1934. Tudo dependeu das informações dela. Depois do quadro pintado, ela disse que por mais linda que fosse a arte, a pintura ainda não representava a beleza que ela tinha intuído e vivido. Abaixo do quadro, veio a grande expressão, verdadeira manifestação de fé: “Jesus, eu confio em vós!” (Jezu, ufam Tobie!) Hoje, essa pintura se encontra espalhada em inúmeras paróquias e residências em todo o Brasil e no mundo.

A celebração da Divina Misericórdia levou muito tempo até entrar na liturgia.


Hoje, com a aprovação do Papa João Paulo II, está presente em todos os continentes. Foi o Pe. Michal Supocko que desde 1937, tendo acompanhado Santa Faustina, trabalhou para que fosse introduzido na liturgia o Domingo da Divina Misericórdia (“Eu desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia” (Diário 299). Em 1946, o então cardeal August Hlond, primaz da Polônia, enviou um ofício à Santa Sé pedindo a inserção dessa festa. Em 1957, novamente o tema foi retomado. E em nome do cardeal Stefan Wyszynski, 17 dioceses foram entrevistadas. No dia 19 de novembro de 1958, o Santo Ofício emitiu um decreto confirmando a celebração da Divina Misericórdia. Este decreto foi tornado público alguns meses depois, entrando oficialmente no calendário litúrgico no dia 06 de março de 1959. Mas até ali ainda não havia sido definida uma data oficial para o culto. A irmã Faustina foi beatificada em 18 de abril de 1993, quando a Conferência Episcopal da Polônia retomou o tema, enviando ao Papa um novo pedido para tornar pública esta festa da Divina Misericórdia. Quem oficializou a data foi o Papa Beato João Paulo II no dia 17 de agosto de 2002, na Basílica da Divina Misericórdia, em Cracóvia, declarando o segundo domingo da Páscoa como sendo o dia do culto à Divina Misericórdia. Inclusive, o Papa recomendou que neste culto se fizesse uma novena que deve ser iniciada sempre na Sexta-Feira Santa. Podemos encontrar maior reflexão sobre o tema estudando a encíclica do Papa JPII “Dives in Misericordia”.

Hoje, vemos em inúmeras paróquias de todo o Brasil e no mundo, e até em ambientes familiares, a prática desta devoção em louvor à Divina Misericórdia. Lembremo-nos de que não é apenas nesse domingo, mas a Misericórdia com os irmãos deve ser praticada a cada instante de nossas vidas.

Jesus Cristo é a primeira fonte da Misericórdia. Assim como seus discípulos, devemos ser os continuadores do amor e do perdão a todos. O Ano da Fé nos convida a acolher as palavras de Jesus, pois são o anúncio da verdadeira paz do coração e da esperança que está enraizada no mistério da cruz na sua paixão e morte e, acima de tudo, na sua gloriosa ressurreição. O Misericordioso Senhor nos deu a participação na sua vitória sobre o pecado e a morte.

Cristo ressuscitado nos ensina a necessidade da misericórdia e nos pede para praticar a caridade. Viver a fé nos impulsiona a levar a sério as palavras de nosso Mestre: Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mt 5,7). A expressão de fé madura está nos atos concretos de caridade. Que a celebração deste domingo fortaleça os nossos corações pela graça de Deus! A misericórdia de Deus está chegando ao nosso irmão por meio de ações concretas, palavras de esperança e constante oração para que desça a misericórdia sobre nós e sobre o mundo inteiro!

"Ajuda-me, Senhor, que minhas mãos possam ser misericordiosas e cheias de boas ações. Eu só sei fazer o bem ao próximo, tomar sobre mim o trabalho mais pesado. Ajuda-me, que o meu pé possa ser misericordioso, para que eu possa correr para ajudar o meu próximo, vencendo a própria fadiga e cansaço. Meu verdadeiro descanso está a serviço dos outros. Ajuda-me, Senhor, que meu coração seja misericordioso, para que eu possa sentir em mim todos os sofrimentos dos outros..." (Santa Faustina, Diário, 163).

Que neste segundo Domingo da Páscoa, o da Misericórdia, Deus abençoe a todos!



Autor: Dom Orani João Tempesta - Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro


quarta-feira, 23 de abril de 2014

23 de abril - São Jorge


Devotos no mundo inteiro comemoram no dia 23 de abril, o Dia de São Jorge, o santo padroeiro da Inglaterra, de Portugal, da Catalunha, dos soldados, dos escoteiros, dos corintianos e celebrado em canções populares de Caetano Veloso, Jorge Ben Jor e Fernanda Abreu. No oriente, São Jorge é venerado desde o século IV e recebeu o honroso título de “Grande Mártir”.

Guerreiro originário da Capadócia e militar do Império Romano ao tempo do imperador Diocleciano, Jorge converteu-se ao cristianismo e não aguentou assistir calado às perseguições ordenadas pelo imperador. Foi morto na Palestina no dia 23 de abril de 303. Ele teria sido vítima da perseguição de Diocleciano, sendo torturado e decapitado em Nicomédia, tudo devido à sua fé cristã.

A imagem de todos conhecida, do cavaleiro que luta contra o dragão, foi difundida na Idade Média. Está relacionada às diversas lendas criadas a seu respeito e contada de várias maneiras em suas muitas paixões. Iconograficamente, São Jorge é representado como um jovem imberbe, de armadura, tanto em pé como em um cavalo branco com uma cruz vermelha. Com a reforma do calendário litúrgico, realizada pelo papa Paulo VI, em maio de 1969, tornou-se opcional a observância do seu dia festivo. Embora muitos ainda suspeitem da veracidade de sua história, a Igreja Católica reconhece a autenticidade do culto ao santo. O culto do santo chegou ao Brasil com os portugueses. Em 1387, Dom João I já decretara a obrigatoriedade de sua imagem nas procissões de Corpus Christi. O Sport Clube Corinthians Paulista foi outra grande contribuição para a popularização de São Jorge, primeiro no Estado de São Paulo e depois no País, ao escolher o santo como seu padroeiro e protetor, em 1910.

A quantidade de milagres atribuídos a São Jorge é imensa. Segundo a tradição, ele defende e favorece a todos os que a ele recorrem com fé e devoção, vencendo batalhas e demandas, questões complicadas, perseguições, injustiças, disputas e desentendimentos.

SÃO JORGE É VENERADO DESDE O SÉCULO IV


O culto a São Jorge vem do século 4 dC. O soldado foi martirizado na Palestina no dia 23 de abril de 303, vítima da perseguição do imperador Diocleciano. Foi torturado e teve a cabeça cortada, em Nicomédia, devido a sua fé cristã.

Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lídia (antiga Dióspolis), onde foi sepultado, e onde o imperador cristão Constantino (que depois de vários imperadores anti-cristãos converteu-se e o império à religião cristã) mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis. Seu culto espalhou-se imediatamente por todo o Oriente. No século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, foram erguidas quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, na Grécia, no Império Bizantino (a região oriental do Império Romano, que tinha capital em Bizâncio, depois, Constantinopla) São Jorge era inscrito entre os maiores Santos da Igreja Católica. No Ocidente, na Idade Média, as Cruzadas colocaram São Jorge à frente de suas milícias, como Patrono da Cavalaria. Na Itália, era padroeiro da cidade de Gênova. Na Alemanha, Frederico III dedicou a ele uma Ordem Militar. Na França, São Gregório de Tours era conhecido por sua devoção a São Jorge; o rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotide, erigiu várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante. O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Cavalaria da jarrateira, fundada por ele em 1330. Por considera-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o inglês Ricardo Coração de Leão, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam conquistar a Terra Santa aos muçulmanos. No século 13, a Inglaterra celebrava sua festa como dia santo e de guarda e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira. Ainda durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos da guerra. As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há um quadro famoso de Rafael (1483-1520), intitulado “São Jorge vencedor do Dragão”. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como o de autoria de Donatello (1386-1466).

SÃO JORGE E A MORTE DO DRAGÃO


A imagem conhecida de todos, do cavaleiro que luta contra o dragão, está relacionada às lendas criadas a partir da Idade Média. Há uma grande variedade de histórias relacionadas a São Jorge. O relato e a imagem de todos conhecidos, do cavaleiro que luta contra o dragão, começaram a ser difundidos na Idade Média . A imagem atual do santo, sentado em um cavalo com uma lança que atravessa um dragão, está relacionada às diversas lendas criadas a seu respeito, contadas de várias maneiras em suas muitas paixões. A versão mais corrente dá conta que um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e atirava fogo contra os muros de uma longínqua cidade do Oriente, trazendo morte com seu mortífero hálito. Para não destruir toda a cidade, o dragão exigia regularmente que lhe entregassem jovens mulheres para serem devoradas. Um dia coube à filha do Rei ser oferecida em comida ao monstro. O Monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino da tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até às margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz, quando de repente apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia, montado em um cavalo branco, São Jorge. Destemidamente, enfrentou as perigosas labaredas de fogo que saíam da boca do dragão e as venenosas nuvens de fumaça de enxofre que eram expelidas pelas narinas do monstro. Após um duro combate, finalmente São Jorge venceu o terrível dragão, com sua espada de ouro e sua lança de aço. O misterioso cavaleiro assegurou ao povo que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam converter-se e ser batizados. Para alguns, o dragão (o demônio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu, representaria a província da qual ele extirpou as heresias. A relação entre o santo e a lua viria de uma lenda antiga que acabou virando crença para muitos. Diz a tradição que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.

DESDE 1969, IGREJA CATÓLICA TORNOU OPCIONAL A CELEBRAÇÃO A SÃO JORGE


Embora muitos considerem que sua história não passe de um mito e outros até mesmo acreditem que o santo tenha sido cassado pela Igreja Católica, o martírio de São Jorge e o seu culto continuam sendo reconhecidos pelo catolicismo. A lenda do guerreiro que matou o dragão havia sido rejeitada no século 5 por um concílio, mas persistiu e ganhou enorme popularidade no tempo das Cruzadas. “A imagem atual é fruto de uma lenda. Isso não quer dizer, no entanto, que esse santo não existiu e que o martírio dele não foi significativo”, diz o monsenhor Arnaldo Beltrami, vigário episcopal de comunicação da Arquidiocese de São Paulo. No dia 9 de maio de 1969, a observância do Dia de São Jorge tornou-se opcional, com a reforma do calendário litúrgico, realizada pelo papa Paulo VI. A reforma retirou do calendário litúrgico as comemorações dos santos dos quais não havia documentação histórica, mas apenas relatos tradicionais. Daí ter-se falado, naquele tempo, em “cassação de santos”. Mas o fato da celebração do Dia de São Jorge tornar-se opcional não significa o não reconhecimento do santo.

SÃO JORGE É O PADROEIRO DA INGLATERRA


O “Santo Guerreiro” é também o padroeiro da Inglaterra, de Portugal e da Catalunha (região da Espanha que reivindica identidade nacional, onde se localiza Barcelona). Não há consenso, porém, a respeito da maneira como teria se tornado patrono da Inglaterra. Seu nome era conhecido na Inglaterra e na Irlanda muito antes da conquista normanda, o que leva a crer que os soldados que retornavam das Cruzadas influíram bastante na disseminação de sua popularidade. Acredita-se que o santo tenha sido escolhido o padroeiro do reino quando o rei Eduardo III fundou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, em 1348. Em 1415, a data de sua comemoração tornou-se um dos feriados mais importantes do país. Em 1970, a festa anual do santo nas igrejas católicas foi tornada opcional, com a reforma do papa Paulo VI. Entretanto, na Inglaterra e em outros lugares onde São Jorge é especialmente venerado, tal festa guarda ainda toda a sua antiga solenidade. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país.


Fonte: http://paroquiasaojorge.com.br/site/sobre-sao-jorge/

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Papa Francisco: A sabedoria é o dom do Espírito Santo que nos permite ver tudo com os olhos de Deus



VATICANO, 09 Abr. 14 / 01:28 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na catequese de hoje na habitual Audiência Geral das quartas-feiras, o Papa Francisco começou um novo ciclo de reflexões sobre o Espírito Santo e explicou que a sabedoria é uma graça que nos permite ver as coisas com os olhos de Deus, a sentir como Deus e a falar com suas palavras.

Depois de recordar que os dons do Espírito Santo são sete: sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, ciência, piedade e temor de Deus, o Papa explicou que o primeiro, a sabedoria, “não se trata simplesmente da sabedoria humana, que é fruto do conhecimento e da experiência”.

O Pontífice afirmou logo que “nós temos dentro de nós, no nosso coração, o Espírito Santo; podemos escutá-Lo, podemos não escutá-Lo. Se nós escutamos o Espírito Santo, Ele nos ensina esta via da sabedoria, presenteia-nos com a sabedoria que é ver com os olhos de Deus, ouvir com os ouvidos de Deus, amar com o coração de Deus, julgar as coisas com o juízo de Deus. Esta é a sabedoria que nos dá o Espírito Santo e todos nós podemos tê-la. Somente devemos pedi-la ao Espírito Santo”.

O Santo Padre deu o exemplo de “uma mãe, em sua casa, com as crianças que, quando uma faz uma coisa, a outra pensa em outra, e a pobre mãe vai de um lado a outro, com os problemas das crianças. E quando as mães se cansam e gritam com as crianças, isto é sabedoria? Repreender as crianças – pergunto-vos – é sabedoria? O que vocês dizem: é sabedoria ou não? Não! Em vez disso, quando a mãe pega a criança e a repreende docemente e lhe diz: ‘Isto não se faz por isso…’ e lhe explica com tanta paciência, isto é sabedoria de Deus? Sim! É aquilo que nos dá o Espírito Santo na vida!”

“Depois, no matrimônio, por exemplo, os dois esposos – o esposo e a esposa – brigam e depois não se olham ou se o fazem é com a cara amarrada: isto é sabedoria de Deus? Não! Em vez disso, se diz: ‘Bem, a tempestade passou, façamos as pazes’, e recomeçam a seguir adiante em paz: isto é sabedoria? [o povo: Sim!] Sim, este é o dom da sabedoria. Que esteja casa, que esteja com as crianças, que esteja com todos nós!”.

O Papa disse deste modo que não é sabedoria quando “nós vemos as coisas segundo o nosso prazer ou segundo a situação do nosso coração, com amor ou com ódio, com inveja… Não, estes não são os olhos de Deus. A sabedoria é aquilo que faz o Espírito Santo em nós a fim de que nós vejamos todas as coisas com os olhos de Deus. É este o dom da sabedoria”.

“E obviamente isto deriva da intimidade com Deus, da relação íntima que nós temos com Deus, da relação de filhos com o Pai. E o Espírito Santo, quando nós temos esta relação, nos dá o dom da sabedoria. Quando estamos em comunhão com o Senhor, é como se o Espírito Santo transfigurasse o nosso coração e o fizesse perceber todo o seu calor e a sua predileção”.

O Papa Francisco ressaltou que “o coração do homem sábio neste sentido tem o gosto e o sabor de Deus. E quão importante é que nas nossas comunidades haja cristãos assim! Tudo neles fala de Deus e se torna um sinal belo e vivo da sua presença e do seu amor. E isto é uma coisa que não podemos improvisar, que não podemos procurar por nós mesmos: é um dom que Deus faz àqueles que se tornam dóceis ao Espírito Santo”.

Para conseguir a sabedoria, insistiu o Santo Padre, “devemos pedir ao Senhor que nos dê o Espírito Santo e nos dê o dom da sabedoria, daquela sabedoria de Deus que nos ensina a olhar com os olhos de Deus, a ouvir com o coração de Deus, a falar com as palavras de Deus”.

E assim, concluiu, “com esta sabedoria, vamos adiante, construímos a família, construímos a Igreja e todos nos santificamos. Peçamos hoje a graça da sabedoria. E peçamos à Nossa Senhora, que é a sede da sabedoria, este dom: que Ela nos dê esta graça. Obrigado!”.


Fonte: http://www.acidigital.com/noticias/papa-francisco-a-sabedoria-e-o-dom-do-espirito-santo-que-nos-permite-ver-tudo-com-os-olhos-de-deus-21426/

quinta-feira, 17 de abril de 2014

5ª feira Santa - O Tríduo Pascal começa com a celebração da Ceia do Senhor e Lava-Pés


O Evangelho de S. João substitui a instituição da Eucaristia pelo Lava-pés. 

O gesto escandaloso de Jesus revela um enfoque nem sempre percebido em seu sentido profundo. Ele revela aos apóstolos um “novo ângulo” ou um novo modo de ver as coisas: não a partir do lugar dos comensais, mas a partir da perspectiva de quem não está sentado à mesa. O gesto de Jesus nos convida a deslocar-nos, ou seja, ocupar o lugar da pessoa que não participa da mesa. Quê novidade percebemos a partir deste lugar?

Jesus deixa transbordar os segredos de seu coração. Ele revela o rosto de Deus, que é Amor. Ninguém serve a Deus, a não ser do jeito de Jesus, isto é, lavando os pés, amando até o fim. “Levanta-se da mesa” – “senta-se à mesa”: movimento de partida e de chegada; mesa que se projeta no serviço, mesa que faz memória festiva, mesa do encontro...

O gesto do lava-pés é repleto da “espiritualidade do cuidado”.

O cuidado é um diálogo de presenças, não só de palavras. São seres “vulneráveis” que dialogam.

O cuidado é expressão de ternura e delicadeza. É atenção às pessoas; é gesto de inclusão.

O cuidado é gesto amoroso para com o outro, gesto que protege e traz serenidade e paz.

O amor é a expressão mais alta do cuidado, porque tudo o que amamos cuidamos. E tudo o que cuidamos é um sinal de que também amamos. Cuidar é envolver-se com o outro ou com a comunidade de vida, mostrando zelo e preocupação. Mas é sempre uma atitude de benevolência que quer estar junto, acompanhar e proteger; é ter espírito de gentileza e ternura para captar e sentir o outro como outro, como original, e acolhê-lo na sua diferença.

O Lava-pés nos pede vestir a toalha da simplicidade, da ternura acolhedora, da escuta comprometida, do serviço desinteressado...

Lava-pés não é teatro, mas modo habitual de proceder e de estar no mundo.

Fonte: Katia Sassi

terça-feira, 15 de abril de 2014

Palavra do Pároco


Ainda cremos na Ressurreição? Talvez pensemos que a vida após a morte se resuma ao céu, inferno e purgatório; de fato, cremos nesses três “estados” da alma após a morte. Contudo, o ser humano não é apenas a sua alma. Assim, enquanto as almas de nossos falecidos já estão num desses três estados, tanto eles como nós ainda esperamos algo totalmente novo: a ressurreição dos corpos dos vivos e mortos! Temos uma promessa: viveremos na “Jerusalém celeste” com o nosso corpo e nossa alma, endeusados. Com o nosso corpo seremos completos e capazes de uma mais intensa experiência de Deus, algo que não é possível sequer imaginar.

Antes, contudo, de vivermos na cidade de Deus, virá o Juízo Universal. E, aqui, veremos justos e injustos frente a frente. Se ainda presenciamos a humilhação e a morte de inocentes, a violência praticada por quem pensa que ficará impune, naquele Dia, Deus colocará a face do malvado diante da face do injustiçado. O Juízo estará feito!

“Nós estamos vivendo um tempo de misericórdia, há 30 anos ou mais” (Papa Francisco aos padres de Roma). Meus irmãos, irmãs, vivemos um tempo de misericórdia! Um tempo em que o Senhor nos concede o seu perdão, o seu amor e o seu carinho. Meditemos quanto nos ama a nossa Mãe, a Virgem Maria e seu esposo José! Sintamo-nos à vontade na família de Nazaré: queridos, amados, admirados pelos seus olhares. Empenhemos nossa imaginação e toda nossa capacidade para meditar nessas realidades maravilhosas! E, assim, teremos ganhado o coração de nosso Irmão, aquele que será também nosso Juiz e não nos quer longe de Si. A Ele, toda a honra e toda a glória, agora e para sempre, Amém!

Com a minha benção,
Pe. Wagner

domingo, 13 de abril de 2014

13 de abril - DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

13/4/14  às 9h30 – A Procissão de Ramos, saiu da passarela do Trensurb, seguiu pela Av. Guilherme Schell, Rua Brig. Ivo Borges, Rua Itapeva e Rua Eng.º Rebouças até a Igreja onde o Padre Wagner presidiu a Santa Missa.


veja fotos clicando neste link:  https://www.facebook.com/clarisse.kopp/media_set?set=a.762255500474285.1073741850.100000695262888&type=1

sexta-feira, 11 de abril de 2014

13/4 – DOMINGO DE RAMOS
             E DA PAIXÃO DO SENHOR

9h30 – Procissão de Ramos, saindo da passarela do Trensurb, seguindo pela Av. Guilherme Schell, Rua Brig. Ivo Borges, Rua Itapeva e Rua Eng.º Rebouças até a Igreja para Missa. A bênção dos ramos será na procissão e na Igreja. 
Trazer ramos verdes.



Coleta Especial para a Campanha da Fraternidade!
Faça a sua doação generosa na missa deste domingo! Sua oferta deve ser a expressão concreta do seu jejum quaresmal. Utilize os envelopes da Campanha para este fim!




quarta-feira, 9 de abril de 2014

13 de abril - Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor



O Domingo de Ramos abre por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão, Morte e Ressurreição.

Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o aclamava "Rei dos Judeus", "Hosana ao Filho de Davi", "Salve o Messias"... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de cruz.

O povo o aclama cheio de alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galileia, o Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e, religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos.

Mas, essa mesma multidão, poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o acusaria de impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que o condenasse à morte. 

Por isso, na celebração do Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o firme propósito de condená-lo à morte. Antes porém, da sua condenação, Jesus passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por chicotes romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda de sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o que Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa cruz.

O Domingo de Ramos é chamado também de "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor", nele, a liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos salvar da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é crer no mistério central da nossa fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também ressuscitar com Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É proclamar, como nos diz São Paulo: '"Jesus Cristo é o Senhor", para a glória de Deus Pai' (Fl 2, 11)


fonte: www.catequisar.com.br/texto/materia/celebracoes/semanasanta/15.htm