quarta-feira, 28 de agosto de 2013

28 de agosto - SANTO AGOSTINHO DE HIPONA - Bispo e Doutor da Igreja

   

  Santo Agostinho nasceu em Tagaste (África) em 354. Depois de uma juventude conturbada, converteu-se aos 33 anos em Milão, onde foi batizado pelo bispo Santo Ambrósio. Regressando à sua pátria e eleito bispo de Hipona, desenvolveu uma enorme atividade por meio da pregação e dos seus escritos doutrinais em defesa da fé. Durante trinta e quatro anos, nos quais esteve à frente do seu rebanho, foi um modelo de serviço para todos e exerceu uma contínua catequese oral e escrita. É um dos grandes Doutores da Igreja. Morreu no ano 430.

  SANTO AGOSTINHO RECEBEU uma educação cristã de sua mãe, Santa Mônica. Como consequência desse desvelo materno, ainda que tenha permanecido muitos anos longe da verdadeira doutrina, sempre manteve viva a recordação de Cristo, cujo nome “eu bebera – diz ele – com o leite materno”. Quando regressou à fé católica, afirmou que voltava “à religião que me tinha sido incutida desde criança e que tinha penetrado até a medula do meu ser”.

  Essa educação materna e o amor à verdade, que sempre existiu na alma de Agostinho, não o livraram, porém, de cair em graves erros e de levar uma vida moral muito afastada de Deus. Os seus erros consistiram principalmente “no equacionamento errado das relações entre a razão e a fé, como se devesse escolher entre uma e outra; no presumível contraste entre Cristo e a Igreja, com a consequente persuasão de que teria de abandonar a Igreja para aderir de modo mais pleno a Cristo; e no desejo de ver-se livre da consciência de pecado, não pela remissão das faltas por obra da graça, mas pela negação da responsabilidade humana em cometê-las”.

  Depois de ter passado anos em busca da verdade sem encontrá-la, chegou à convicção, com a ajuda da graça que a sua mãe implorou constantemente, de que só na Igreja Católica é que encontraria a verdade e a paz para a sua alma. Compreendeu que a fé e a razão se ajudam mutuamente para conduzirem o homem ao conhecimento da verdade, e que cada uma tem o seu campo próprio. Persuadiu-se de que a fé, para saber-se segura, requer a autoridade divina de Cristo que se encontra na Sagrada Escritura, garantida pela Igreja.

  AGOSTINHO VIA CLARAMENTE onde estava a verdade, mas isso não bastou para resolver definitivamente o seu drama interior. Procurava desculpas para não dar o passo definitivo, que para ele significava, além disso, uma entrega radical a Deus, com a renúncia, por amor a Cristo, de um amor humano. “Não é que lhe fosse proibido casar-se – Agostinho sabia-o muito bem –, mas o que não queria era ser cristão senão desse modo: renunciando também ao ideal tão almejado da família e dedicando-se com toda a alma ao amor e à posse da Sabedoria [...]. Com grande vergonha, interrogava-se: «Não podes, porventura, fazer o que fizeram estes jovens e estas jovens?» (Conf. 8, 11, 27). Surgiu-lhe assim um drama interior, profundo e lancinante, que a graça divina conduziu a bom termo”.

  Deu esse passo definitivo no verão do ano 386, e nove meses mais tarde, na noite de 24 para 25 de abril do ano seguinte, durante a Vigília pascal, teve o seu encontro definitivo com Cristo, ao receber o batismo das mãos de Santo Ambrósio. Assim conta ele a serena e radical decisão que mudaria completamente a sua vida: “Entramos (ele, seu amigo Alípio e seu filho Adeodato) para ver minha mãe; contamos-lhe tudo e ela encheu-se de alegria. Dissemos-lhe como sucedera, e ela saltava de alegria e cantava vitória, bendizendo a Deus que é poderoso para nos dar mais do que pedimos ou entendemos (Ef 3, 20); via que Deus lhe concedera em mim muito mais do que constantemente lhe pedia nas suas queixas lastimosas e chorosas. De tal maneira Deus me converteu a Si que eu já não queria esposa, nem punha já a minha esperança em coisa alguma deste mundo”. Cristo invadira por completo o seu coração.

  Santo Agostinho nunca esqueceu aquela noite memorável. “Recebemos o batismo – recorda passados anos – e dissipou-se em nós a inquietação pela vida passada. Naqueles dias, não me cansava de considerar com doçura admirável os profundos desígnios divinos sobre a salvação do gênero humano”. E acrescenta: “Quantas lágrimas derramei, Senhor, ouvindo os teus hinos e cânticos, que ressoavam docemente na tua Igreja!”

  Anos mais tarde, sendo já bispo, Santo Agostinho recordava assim a sua conversão num sermão aos fiéis: “Pois eu reconheço a minha culpa e tenho diante de mim o meu pecado. Quem ora assim não olha para os pecados alheios, mas examina-se a si próprio, e não de maneira superficial, como quem apalpa, mas aprofundando no seu interior. Não se perdoa a si mesmo, e precisamente por isso pode atrever-se a pedir perdão”.

  Assim foi a vida de Santo Agostinho: uma contínua busca de Deus.


  Fonte: http://www.hablarcondios.org/pt/meditacaodiaria.asp

terça-feira, 27 de agosto de 2013

27 de Agosto - Santa Mônica

   
Santa Mônica nasceu em Tagaste (África), em 331, de família cristã. Muito jovem, foi dada em casamento a um homem pagão chamado Patrício, de quem teve vários filhos, entre eles Agostinho, cuja conversão alcançou da misericórdia divina com muitas lágrimas e orações. É um modelo perfeito de mãe cristã. Morreu em Óstia (Itália) no ano 387.
  
Durante muitos anos, Agostinho, filho de Santa Mônica, estivera afastado de Deus e morto para a graça pelo pecado. A Santa, cuja memória celebramos hoje, foi a mãe irrepreensível que, com o seu exemplo, lágrimas e orações, obteve do Senhor a ressurreição espiritual daquele que seria um dos maiores santos e doutores da Igreja. A fidelidade de Santa Mônica a Deus, dia a dia, obteve também a conversão do seu marido Patrício, que era pagão, e exerceu uma influência decisiva em todos aqueles que de alguma maneira pertenciam ao núcleo familiar. Santo Agostinho resume com estas palavras a vida de sua mãe: “Cuidou de todos os que vivíamos juntos depois de batizados, como se fosse mãe de todos; e serviu-nos como se fosse filha de cada um de nós”.
  
Santa Mônica sempre esteve preocupada com a conversão do seu filho: chorou muito, suplicou a Deus com insistência e não cessou de pedir a pessoas sábias e boas que falassem com o filho e procurassem convencê-lo a abandonar os seus erros. Certo dia, Santo Ambrósio, bispo de Milão, a quem Santa Mônica tinha recorrido muitas vezes, despediu-se dela com estas palavras, tão consoladoras para tantos pais e mães ao longo dos séculos: “Vá em paz, mulher, e fique tranquila, pois é impossível que se perca o filho de tantas lágrimas”. O exemplo de Santa Mônica ficou gravado de tal modo na mente de Santo Agostinho que, anos mais tarde, certamente lembrando-se da sua mãe, exortava: “Procurai com todo o cuidado a salvação dos da vossa casa”.
  
A família é verdadeiramente o lugar adequado para que os filhos recebam, desenvolvam e muitas vezes recuperem a fé. “Como é grato para o Senhor ver que a família cristã é verdadeiramente uma igreja doméstica, um lugar de oração, de transmissão da fé, de aprendizagem – através do exemplo dos mais velhos – de atitudes cristãs sólidas, que se conservam ao longo de toda a vida como o legado mais sagrado! Já se disse de Santa Mônica que foi duas vezes mãe de Agostinho, porque não apenas o deu à luz, mas resgatou-o para a fé católica e para a vida cristã. Assim devem ser os pais cristãos: duas vezes progenitores dos seus filhos, na sua vida natural e na sua vida em Cristo e espiritual”. E alcançarão um duplo prêmio do Senhor e uma dupla alegria no Céu.
  
Hoje pedimos a Santa Mônica que nos dê a firmeza com que ela perseverou na oração e que ajude todas as famílias a conservar o tesouro da piedade familiar, ainda que em muitos lugares os costumes que se vêm estendendo não sejam favoráveis: temos de ver no ambiente adverso que nos rodeia um motivo mais para nos empenharmos em fazer com que Deus seja realmente o centro do todos os lares, a começar pelo nosso. Assim a vida familiar será uma antecipação do Céu.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Quarto Domingo do Mês de Agosto - Vocações Leigas - Dia dos Ministérios Leigos


Neste dia celebramos todos os leigos que, entre família e afazeres, dedicam-se aos trabalhos pastorais e também missionários. Os leigos atuam como colaboradores dos padres na catequese, na liturgia, nos ministérios de música, nas obras de caridade e nas diversas pastorais existentes.

Ser leigo atuante é ter consciência do chamado de Deus a participar ativamente da Igreja e do Reino contribuindo para a caminha e o crescimento das comunidades rumo a Pátria Celeste. Todo leigo tem um carisma e recebe dons de Deus que são colocados a serviço do próximo pelo bem de todos. Assumir esta vocação é doar-se pelo Evangelho e estar junto a Cristo em sua missão de salvação e redenção.

Nos anos em que o mês de agosto possui cinco domingos, a Igreja celebra neste dia o ministério do Catequista - O Dia do Catequista é celebrado em 25 de agosto em todo Brasil. Os catequistas são, por vocação e missão, os grandes promovedores da fé na comunidade cristã preparando crianças, jovens e adultos não só para os sacramentos, mas também para darem testemunho de Cristo e do Evangelho no mundo.

Peçamos a Deus, pelas mão da Virgem Santíssima, a graça de vivermos fielmente a vocação pela qual o Senhor nos comunicou. Que cada um em seu chamado cumpra com alegria a vontade do Bom Pastor, sendo sal da terra e luz do mundo, testemunhas vivas, conscientes e ardorosas na grande messe do Senhor.


sábado, 17 de agosto de 2013

Terceiro Domingo de Agosto - Vocações Religiosas - Dia da Vida Religiosa e Assunção de Nossa Senhora

No terceiro domingo do mês vocacional, a Igreja lembra dos religiosos. Homens e mulheres que consagraram suas vidas a Deus e ao próximo. Desta vocação brotam carismas e atuações que enriquecem nossas comunidades com pessoas que buscam viver verdadeiramente seus votos de castidade, obediência e pobreza. São testemunhos vivos do Evangelho.

Perseverantes, os religiosos estão a serviço do Povo de Deus por meio da oração, das missões, da educação e das obras de caridade. Com sua vida consagrada, eles demonstram que a vida evangélica é plenamente possível de ser vivida, mesmo em mundo excessivamente material e consumista. São sinais do amor de Deus e da entrega que o homem é capaz de fazer ao Senhor.



No dia da Assunção de Maria aos céus, lembramos, dentro do mês vocacional, o dia dos religiosos e religiosas que encontram na Mãe de Jesus o ideal da consagração da vida a serviço dos irmãos. Apresentam ao mundo um modo simples e alegre de viver. Marcam presença nos lugares de maiores necessidades. São homens e mulheres que consagram a existência a serviço da caridade e da evangelização. Toda a nossa ação pastoral precisa refletir o exemplo de serviço e humildade de Maria na sua fidelidade e no seu sim a Deus. A festa da Assunção de Maria é também a festa da nossa esperança.

terça-feira, 13 de agosto de 2013


EVITAR ACÚMULO DE FUNÇÕES

O verdadeiro trabalho em equipe funciona como um corpo, onde cada membro tem a sua função. No corpo de Cristo, que é a Igreja, do qual fazemos parte, também deve ser assim. Nele há várias funções e cada prestador(a) de serviço deve exercer bem a sua função. E somente a sua! No corpo, o pé não pode fazer as vezes da mão; a mão não pode substituir a cabeça... No trabalho em equipe é a mesma coisa. Nele deve estar muito bem expresso aquilo que somos, corpo de Cristo feito de muitos membros, e cada qual com sua função a serviço do todo. O padre não deve fazer as leituras ou as preces, que cabem ao povo.

O povo não deve rezar as orações que competem ao padre. O coral não deve substituir o povo nas partes que lhe competem. Cada qual deve ficar com a sua função, com o seu serviço, e fazê-lo bem. Portanto, deve-se evitar que a mesma pessoa acumule o serviço de outras: ser leitor e acólito, cantor e animador... Trata-se de um princípio que vem do próprio Concílio Vaticano II: “Nas celebrações litúrgicas, cada qual, ministro ou fiel, ao desempenhar a sua função, faça tudo e só aquilo que, pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas, lhe compete” (SC 28).

TRABALHAR COMO UM CORPO

“Porém, não basta ter bons leitores(as), bons animadores(as), cantores(as), recepcionistas, um bom presidente...” – escreve a teóloga liturgista Ione Buyst – “É preciso que juntos formem uma equipe de celebração. Uma equipe é como uma banda: cada instrumento é importante para o conjunto, mas nenhum instrumento deve tocar isolado dos outros. Uma equipe é como um time de futebol: cada jogador tem uma tarefa e uma posição. Mas é o time que joga, é o time que perde, é o time que ganha, e não cada jogador isolado.

Uma equipe é como uma palavra: somente o conjunto das letras é que dá o significado da palavra. As letras, isoladas uma da outra, não dizem nada. Assim também numa equipe de celebração; não são os leitores os únicos responsáveis pela leitura, e sim toda a equipe. Não é o presidente o único responsável por uma boa homilia, por um clima de oração e de participação: toda a equipe é responsável” (Equipe de Liturgia. Petrópolis, Vozes, 2000, p. 56).

EVITAR MONOPÓLIOS

Houve uma época em que o padre decidia tudo sozinho sobre o andamento da celebração. E ainda existem padres que não assimilaram a renovação do Vaticano II. Afirmam que “não precisam da equipe”, que ela “complica tudo”, que ele “dá conta da celebração muito bem sozinho”. E houve também um tempo em que os leitores, cantores etc. eram considerados como uma espécie de “ajudantes do padre”, tarefeiros. O que o padre mandava, eles executavam. Mas não formavam com o padre uma equipe que refletia, decidia e trabalhava em comum.

Hoje, há o perigo de a equipe cair no mesmo erro. O erro do “monopólio”, pensando ser ela a única que pode agir no campo, fazendo-se a dona da celebração. “Na verdade, a equipe deve lembrar sempre que está aí como parte da assembleia. Deve ficar em permanente contato com a comunidade, colhendo sugestões e críticas, convidando pessoas para entrar na equipe, criando novas equipes para atender às novas necessidades da comunidade. Tudo deve ser feito em espírito de serviço: com competência e humildade, com amor e disponibilidade, com dedicação e simplicidade... Nada de autoritarismo, formalismo, ares de poder...” (ibid., p. 57).

Aqui vale lembrar o que Paulo escreve à comunidade de Filipos, e que serve, com certeza, para o trabalho das equipes: “Se, pois, vale alguma consolação em Cristo, algum estímulo caridoso, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão, completai a minha alegria permanecendo unidos no mesmo pensar, no mesmo amor, no mesmo ânimo, no mesmo sentir. Não façais nada por espírito de competição, por vanglória; ao contrário, levados pela humildade, considerai uns aos outros superiores, não visando o próprio interesse mas o dos outros. Tende em vós os mesmos sentimentos que Cristo Jesus teve...” (Fl 2,1-5).

ENFIM ...

Para um bom “trabalho” em equipe, também não se deve ficar apenas no trabalho. “É preciso uma boa dose de amizade, de aprofundamento da fé e de oração em comum. De vez em quando, uma confraternização ou um piquenique... pode ajudar bastante. Há também equipes que fazem questão de participar do aniversário de cada um de seus membros... Tudo com simplicidade, é claro” (ibid., p. 58).


Fonte: http://www.pime.org.br/mundoemissao/teologiatrabalhar.htm

domingo, 11 de agosto de 2013

o mês de agosto é dedicado às vocações

Agosto é um mês voltado para a reflexão e a oração pelas vocações e os ministérios, de forma a pedir a Deus sacerdotes que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade no seio da Igreja.


O Mês Vocacional tem como objetivos conscientizar as comunidades da responsabilidade que elas compartilham no processo vocacional. Presente na maioria das paróquias, a Pastoral Vocacional tem buscado celebrar este mês com animação e criatividade tendo sempre por fim suscitar novas vocações.

Durante o mês cada domingo é reservado para a reflexão e celebração de uma determinada vocação: no segundo, a Vocação Matrimonial, a Vocação Familiar - Dia dos Pais

Neste domingo celebramos a vocação da família na pessoa do pai. Em tempos de violência e perda de valores, a valorização da família é essencial para a sociedade como um todo. A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e da fraternidade, colaboradora da obra da Criação.

O Pai na família é fundamental. Seu papel de educador, em colaboração com a mãe, é um dos pilares da unidade e bem estar familiar cujos frutos são filhos bem formados e conscientes do que significa ser cristão e cidadão. O pai é representante legítimo de Deus perante os filhos e é sua missão conduzi-los nos caminhos de Cristo, da verdade, da justiça e da paz. Cabe aos pais que o amor, compaixão e harmonia reinem no lar.

Ser pai é buscar um mundo melhor para os filhos e demonstrar que a família deve sempre ser a base da nossa sociedade.

De 11 a 17, transcorre a Semana da Família, com o tema: A transmissão e a educação da fé cristã na família.







sábado, 10 de agosto de 2013

CNBB coloca limites aos “comentários” na Missa

Nota da Comissão de Liturgia sobre os Folhetos Litúrgicos

Nota da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia aos redatores dos folhetos litúrgicos
a respeito das monições (comentários) antes da Liturgia da Palavra

A Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia (CEPL) realizou, nos dias 02 e 03 de julho de 2007, em Aparecida, São Paulo um encontro com os responsáveis pelos folhetos litúrgicos do Brasil.

O assunto estudado e debatido pelos participantes, com a ajuda de nossos assessores, foram os comentários apresentados nos folhetos litúrgicos em diversos momentos da celebração.

Com o pleno consenso dos participantes do referido encontro, a CEPL faz um apelo a todos os responsáveis pelos folhetos litúrgicos para que se apresente apenas um comentário para introduzir a Liturgia da Palavra, com a finalidade de preparar e dispor os fiéis a ouvirem atentamente as três leituras (1ª leitura, 2ª leitura e Evangelho). Assim não mais se teria, separadamente, um comentário para cada uma das leituras.

Optamos por essa decisão, para darmos mais valor à Palavra proclamada. Esta não pode ser interrompida ou intercalada com comentários e explicações que quebram sua unidade e o ritmo da celebração. A explicação e a atualização da Palavra devem ser feitas em seu local próprio, a homilia.

A assembleia litúrgica não é apenas destinatária da ação litúrgica, mas é protagonista, povo sacerdotal,  não dependendo de palavras de ordem para participar.   A liturgia não é apenas palavra mas uma ação ritual-simbólico-sacramental. Por isso, muito mais do que um comentário, é a atitude do leitor, do salmista, do diácono ou do presidente da assembleia que vai ajudar para que a Palavra seja ouvida e acolhida. Neste contexto, para uma frutuosa proclamação e acolhida da Palavra, adquirem muita importância o ambão, sua localização e sua ornamentação; um bom microfone; a veste litúrgica própria dos leitores, um refrão orante.

Na celebração litúrgica, as introduções prestam o serviço de iniciar, despertar, dispor a assembleia para a escuta atenta da Palavra. Para usarmos um termo dos Meios de Comunicação Social, estas introduções poderiam ser comparadas às chamadas que anunciam e preparam a assembleia para a escuta do Senhor.

Fundamentamos nosso pedido em dois documentos litúrgicos:

a) Sacrosanctum Concilium, 35: Procure-se também inculcar, por todos os modos, uma catequese mais diretamente litúrgica, e prevejam-se nas próprias cerimônias, quando necessário, breves esclarecimentos, feitos só nos momentos mais oportunos, pelo sacerdote ou ministro competente, com palavras prescritas ou semelhantes às prescritas.

b) Instrução Geral ao Missal Romano, 31: Da mesma forma cabe ao sacerdote, no desempenho da função de presidente da assembleia, proferir certas admoestações previstas no próprio rito. Quando estiver estabelecido pelas rubricas, o celebrante pode adaptá-las um pouco para que atendam à compreensão dos participantes; cuide, contudo, o sacerdote de manter sempre o sentido da exortação proposta no livro litúrgico e a expresse em poucas palavras. Pode, com brevíssimas palavras, introduzir os fiéis na missa do dia, após a saudação inicial e antes do rito penitencial, na liturgia da palavra, antes das leituras; na Oração eucarística, antes do Prefácio, nunca, porém, dentro da própria Oração; pode ainda encerrar toda a ação sagrada antes da despedida .

Seria interessante retomar tudo o que o Missal Romano prevê para a celebração da Liturgia da Palavra, com destaque aos momentos de silêncio após cada leitura (cf. IGMR, 128-.134). Aí está claro que os comentários não têm a finalidade de dar informações catequéticas ou moralistas, mas devem ser mistagógicos, isto é, conduzir a assembleia à plena participação da ação litúrgica. Devem ser convites de cunho espiritual, sempre discretos, orantes, a serviço do diálogo entre Deus e seu povo reunido, portanto, sem interrupção do fluxo do rito. Vale lembrar um dos princípios na ação litúrgica: que as nossas palavras na Liturgia não neguem a Palavra, mas a sirvam.

Pedimos também não mais usar a palavra comentarista ou comentário em nossos folhetos, visto que não é este o espírito das monições apresentadas. Muitos usam a palavra animador que, mesmo não sendo a ideal, é a que mais se aproxima da função litúrgica exercida por esta pessoa.

Aproveito a ocasião para agradecer aos responsáveis pelos folhetos litúrgicos que estiveram presentes no encontro promovido por nossa Comissão, sua boa vontade e seu empenho em apresentar e ajudar nossas comunidades a bem celebrarem o Mistério Pascal, como Igreja reunida pelo Pai, no amor de Cristo, pela ação do Espírito Santo.

Convido a todos para assumirem nosso pedido neste espírito, e desde já  os convido para o próximo encontro que será nos dias 30 de junho e 1º de julho de 2008, em Aparecida, São Paulo.

Aparecida, São Paulo.
Brasília, 6 de agosto de 2007.
Festa da Transfiguração do Senhor
Dom Joviano de Lima Júnior
Arcebispo de Ribeirão Preto
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O mês de agosto é dedicado às vocações


Agosto é um mês voltado para a reflexão e a oração pelas vocações e os ministérios, de forma a pedir a Deus sacerdotes que sejam verdadeiros pastores e sinais de comunhão e unidade no seio da Igreja.

O mês vocacional tem sua origem logo após o Concílio Vaticano II. Com o objetivo de despertar a consciência das comunidades para a sua corresponsabilidade, num período de crise das vocações de especial consagração.

Em 1970 surgia a primeira experiência do mês vocacional no Brasil. Esta iniciativa deu certo e, em 1981, a 19ª Assembleia Geral da CNBB instituiu o mês de agosto como mês vocacional para todo o Brasil.

O Mês Vocacional tem como objetivos conscientizar as comunidades da responsabilidade que elas compartilham no processo vocacional. Presente na maioria das paróquias, a Pastoral Vocacional tem buscado celebrar este mês com animação e criatividade tendo sempre por fim suscitar novas vocações.
Durante o mês cada domingo é reservado para a reflexão e celebração de uma determinada vocação:

Primeiro Domingo - Vocações Sacerdotais - Dia do Padre
No primeiro domingo do mês vocacional celebramos o Dia do Padre inspirado pela festa de São João Maria Vianney, patrono do clero. O ministério ordenado está a serviço de todos os demais serviços na vida Igreja. A pessoa do padre tem um valor muito grande para a comunidade uma vez que a ele foi confiada a missão de evangelizar. O sacerdote age em nome de Cristo e é seu representante dentro daquela comunidade. Ao padre compete ser pastor e pai espiritual para todos sob sua responsabilidade. Pela caridade pastoral, ele deve buscar ser sinal de unidade e contribuir para a edificação e crescimento da comunidade de forma que ela torne-se cada vez mais atuante e verdadeira na vivência do Evangelho.


Os diáconos são celebrados no dia 10 de agosto, na festa de São Lourenço. Tendo recebido o sacramento da Ordem (primeiro grau), os diáconos estão a serviço dos padres e bispos, no exercício da caridade e do anúncio do Evangelho. A presença do diácono é uma grande benção para todas as comunidades.


domingo, 4 de agosto de 2013

Ser Padre

Ser Padre é uma aventura gostosa
Viver entre espinhos e rosas
Sem nunca reclamar
Sua missão é viver contente
Aos males é resistente
Pronto a nos ajudar

Padre é aquele que perdoa
Que partilha os Sacramentos
Que anuncia a Boa-Nova
Que da massa é o fermento
Que denuncia as injustiças
Homem cheio de talento
Ser Padre é estar a serviço dos outros
Sem se preocupar com o tempo

Ser Padre é partilhar
O pão que é Jesus
Alimenta com a palavra
Mostrando esta luz
Que o amor está presente
Não morreu naquela cruz

Padre não caiu do céu
Também não nasceu de um ovo
Surge com muitas orações
Nasce do meio do povo
Vem de nossas famílias
Em Jesus um homem novo

Padre, pessoa de Deus
Porta voz de Jesus Cristo
Luta por todos os seus
Mesmo sem nunca ser visto
Homem de grande valor
Parabéns por tudo isto

Ser Padre:
É ser alegre e otimista
É ser sal e luz
É ajudar o irmão
É sentir o peso da cruz
É ser filho de Deus
É ser irmão de Jesus