terça-feira, 16 de julho de 2013

Nossa Senhora do Carmo - 16 de Julho


Escapulário do Carmo: Um sinal na vida Humana

        Vivemos num mundo feito de realidades materiais cheias de simbolismo: a luz, o fogo, a água… Na vida existem experiências de relação entre os seres humanos, que exprimem  e simbolizam coisas mais profundas como partilhar a comida (sinal de amizade), participar de uma manifestação de massa (sinal de solidariedade), celebrar uma festa nacional (sinal de identidade). Temos necessidade de sinais ou símbolos que nos ajudem a compreender e a viver os fatos mais conscientes daquilo que somos como pessoas e como grupos.

UM SINAL DA VIDA CRISTÃ

   Jesus é um grande dom e o sinal do amor do Pai. Ele estabeleceu a igreja como sinal e instrumento do seu amor. Na vida cristã também existe sinais. Jesus os utilizou: o pão, o vinho, a água, para nos fazer compreender realidades superiores que não vemos e não tocamos. Na celebração da Eucaristia e demais sacramentos ( batismo, confirmação, reconciliação, matrimônio, ordem sacerdotal, unção dos enfermos), os símbolos (água,óleo, imposição das mãos, alianças), exprimem o seu significado e introduzem-nos numa comunicação com Deus presente através deles. Além dos sinais litúrgicos, existem na Igreja outros ligados a um acontecimento, a uma tradição, a uma pessoa. UM DESSES É O ESCAPULÁRIO DO CARMO.

COMO SURGIU O ESCAPULÁRIO?

No início do século XIII, um grupo de eremitas vindos da Europa, se reuniram no MonteCarmelo na Terra Santa para viverem a plenitude dos ensinamentos deixados por Cristo. Pediram a Santo Alberto, Patriarca Latino em Jerusalém, que estabelecesse uma regra de vida para eles. Entre outras indicações, Alberto propôs que construíssem um oratório onde se reunissem para celebração da eucaristia, Eles construíram  o oratório e o dedicaram à Maria. Assim suas vidas se ligaram de modo particular e especial à Santa Mãe de Deus. A partir de então, as pessoas passavam a chamá-los de “Irmãos da Bem- Aventurada Virgem  Maria do Monte Carmelo”. Título, que, mais tarde, foi oficializado pela Igreja.
   Em 1246, foi nomeado Geral da Ordem Carmelita um santo homem, grande devoto de Nossa Senhora: São Simão Stock. a situação da Ordem causou-lhe grande preocupação. a instabilidade política da região, as questões politicas, a incompreensão de alguns setores da própria Igreja, a guerra com o Islam, tudo isso interferia de modo dramático na história da Ordem. compreendeu, então, que sem a intervenção da Virgem Maria pouco poderia fazer. São Simão recorreu à Maria, em uma contrita oração, pedindo um sinal de proteção para a Ordem. A Virgem ouviu sua oração e lhe apareceu em 16 de julho de 1251 e lhe deu o escapulário com a seguinte promessa: “Este é o privilégio para ti  e para todos os Carmelitas: quem morrer usando o escapulário será salvo”.
   O escapulário não é uma passagem que se compra para o céu, não é um amuleto com poderes mágicos, não é uma garantia de salvação automática e tampouco uma dispensa para não viver as exigências da vida cristã. O escapulário é um sinal que nos lembra que, nas nossas fraquezas, podemos contar com a proteção da Virgem Maria.
   Para o devoto, do escapulário deve ser um sinal de seu compromisso de viver a vida cristã seguindo o exemplo perfeito da Virgem Maria que “guardava no coração tudo que ouvia e sobre esses coisas meditava” (Lc 2, 19).

O escapulário, um sinal Mariano

     Um dos sinais da tradição da Igreja há sete séculos, é o escapulário de Nossa senhora do Carmo. É um sinal aprovado pela Igreja e aceito pela Ordem do Carmo como manifestação extrema do amor a Maria, de confiança Filial nela e no compromisso de imitar a sua vida. A palavra “escapulário” indica uma vestimenta que os monges usavam sobre o hábito religioso durante o trabalho manual. Com o tempo assumiu um significado simbólico: o de carregar a cruz de cada dia, como os discípulos e seguidores de Jesus. Em algumas Ordens religiosas, como o Carmo, o Escapulário simboliza o vínculo especial dos Carmelitas com a Mãe de Deus, que exprime a confiança na sua materna proteção e o desejo de imitar a sua devoção a Cristo e aos outros. Transformou-se assim um sinal mariano.

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