sábado, 11 de maio de 2013

Ascensão do Senhor - Lucas 24,46-53


A Ascensão é o fim do tempo de Jesus: Aquele que veio do Pai retorna para o Pai.

A Ascensão é também o começo do tempo da Igreja: os discípulos irão receber a força do Espírito que os impelirá até as extremidades da Terra.


É bom para vós que eu parta

Chegamos hoje ao fim dos quarenta dias misteriosos nos quais Jesus, a uma só vez presente e inaccessível, preparou os discípulos para o tempo em que vai ser necessário crer sem ver. A Ressurreição foi, de fato, um salto na vida de Deus e a Ascensão só fez revelar uma realidade que estava já aí. Quando os discípulos puderam ter como evidente que Jesus havia atravessado a morte, não necessariamente podiam compreender que esta vida nova que O animava já não era mais a mesma de antes da Paixão. Vão ter agora que aceitar esperar a volta do Cristo. Quantas parábolas nos falam do mestre que se ausenta, confiando a casa aos seus empregados! Mas, mesmo se para os nossos sentidos corporais Jesus não esteja mais aqui, não é por isso que estamos sós. Fomos habitados por seu Espírito e assumidos na unidade de um só corpo com múltiplos membros: É bom para vós que eu parta dizia Jesus, em João 16,7. E em 17,11: Já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para ti. Pai santo (...) para que sejam Um assim como nós somos Um. Por isso Lucas termina o seu relato dizendo que os discípulos voltaram para Jerusalém com grande alegria. Esta é a nossa situação atual. Não temos contato com Jesus, nem visual nem auditivo, exceto através das Escrituras, e, no entanto, Ele está aqui, mais perto e mais íntimo a nós do que no tempo de sua vida terrestre.



A reflexão é de Marcel Domergue, sacerdote jesuíta francês, publicada no site Croire, comentando as leituras do Domingo da Ascensão do Senhor (12 de maio de 2013). A tradução é de Francisco O. Lara, João Bosco Lara e José J. Lara.

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