
Esta quinta-feira, 7, foi de intenso trabalhos para os
membros do Colégio Cardinalício.
Estão previstas duas Congregações Gerais, uma pela manhã
e outra na parte da tarde, sempre na Sala Nova do Sínodo, no Vaticano. Com a
presença em Roma de todos os 115 eleitores, se aproxima a data para o início do
Conclave.
Diante das especulações da mídia sobre possíveis
candidatos ao papado, nós perguntamos ao assessor da Comissão para a Doutrina
da Fé da CNBB, monsenhor Antonio Luiz Catelan Ferreira, que está em Roma
assessorando o cardeal dom Raymundo Damasceno Assis, qual deve ser o perfil do
novo Pontífice:
Essa semana os cardeais estão dedicados a isso nas
congregações: além das questões técnicas, eles se dedicam a discernir o perfil
do Papa. Seria muita pretensão da minha parte tentar dizer uma palavra como
teólogo, dando excessivamente importância à minha opinião. Mas como opinião
pessoal de um fiel da Igreja, eu diria o seguinte: eu esperaria um Papa com uma
grande capacidade de diálogo. Eu participei como auxiliar de secretaria no
Sínodo de 2008 e no final do almoço do Papa com os padres sinodais e com os
colaboradores, ele disse uma palavra que me marcou profundamente: “A palavra de
Deus cresce com os que a escutam”. Dessa palavra, ele tirava a seguinte
conclusão: que o Sínodo foi sobretudo um exercício de escuta, nos escutamos uns
aos outros e na nossa escuta a palavra de Deus cresceu. Essa capacidade de
escutar o mundo, de escutar a própria Igreja com toda a sua riqueza, com tantos
carismas, comunidades e movimentos, e também com tanta necessidade de reforma
em diversos âmbitos. Então um Papa com uma grande capacidade de escuta, em
vista do diálogo. Para depois dar uma palavra que a gente sinta que vem da
meditação do coração do Papa, que discerne à luz da Escritura, da vontade de
Deus, qual é mesmo a vontade de Deus para este momento da vida da Igreja. Eu
espero um Papa sim.
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