Comemoramos a solenidade mais elevada, maior e mais
preciosa da Igreja: a Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, a Rainha
de todos os Santos, a Mãe de Deus.
Esta solenidade remonta ao século VIII, no Oriente. No
Ocidente, temos notícia desta festa desde o século IX, na Inglaterra e na
Normandia. Nossa Senhora da Conceição é cultuada no mundo inteiro,
especialmente no Brasil.
O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas
mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades
que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro nós e que não
renunciamos nunca.
A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou
seja, esse dogma foi definido em 1854 pelo Papa Pio IX, através da bula
"Ineffabilis Deus", mas antes disso a devoção popular à Imaculada
Conceição de Maria já era extensa.
A festa não existia oficialmente no calendário da Igreja.
Os estudos e discussões teológicas avançaram através dos tempos sem um consenso
positivo. Quem resolveu a questão foi um frade franciscano escocês e grande
doutor em teologia, chamado Beato João Duns Scoto, que morreu em 1308. Na linha
de pensamento de São Francisco de Assis, ele defendeu a Conceição Imaculada de
Maria, como inicio do projeto central de Deus: o nascimento do seu Filho feito
homem para a redenção da humanidade.
Transcorrido mais um longo tempo, a festa acabou sendo
incluída no calendário romano em 1476. Em 1570 foi confirmada e formalizada
pelo Papa Pio V, na publicação do novo ofício e, finalmente, no século XVIII, o
Papa Clemente XI tornou-a obrigatória a toda a cristandade.
Quatro anos mais tarde, as aparições de Lourdes foram as
prodigiosas confirmações dessa verdade, do dogma. De fato, Maria proclamou-se
explicitamente com a prova de incontáveis milagres: "Eu sou a Imaculada
Conceição".
O Brasil festeja, em princípios de dezembro, a festa da
Imaculada Conceição, ou seja, o dia em que Maria, mãe de Jesus, teria nascido
toda santa, isenta da mancha do pecado original. Essa data, dia santo em muitos
lugares, está intimamente ligada à religiosidade lusitana, que costumava
homenagear a mãe de Jesus, aquela que foi chamada pelo anjo Gabriel de a cheia
de graça.
Muitos séculos antes da Igreja Católica proclamar o dogma
da Imaculada Conceição de Maria (1854, Pio IX) a fé popular já reconhecia a
pureza da Mãe de Deus concebida sem o pecado original, e celebrava sua festa no
dia 08 de dezembro – data fixada anteriormente por Pio IV.
Seu culto foi oficializado em Portugal à Imaculada
Conceição, fazendo com que a festa em honra da Virgem fosse comemorada em todas
as colônias do Reino Português. Entre nós, os divulgadores dessa invocação
foram os frades franciscanos, aos quais se deve o elevado número de paróquias
disseminadas pelo Brasil, sob a invocação sob a Imaculada Conceição.
Sua imagem mostra a Virgem de pé, sobre o globo
terrestre, esmagando sob os pés uma serpente, símbolo do pecado original;
aparece ainda uma meia-lua (o crescente), talvez signo da vitória do
cristianismo sobre “os infiéis” (turcos). Tem as mãos juntas, veste túnica
branca e manto azul e traz a cabeça coroada.
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