segunda-feira, 29 de outubro de 2012
domingo, 28 de outubro de 2012
Com olhos novos (Marcos 10,46-52)
A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 10,46-52 que corresponde ao 30º Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
A cura do cego Bartimeu é narrada por Marcos para urgir as comunidades cristãs a sair da sua cegueira e mediocridade. Só assim seguirão Jesus pelo caminho do Evangelho. O relato é de uma surpreendente atualidade para a Igreja dos nossos dias.
Bartimeu é um mendigo cego sentado à beira do caminho. Na sua vida sempre é de noite. Ouviu falar de Jesus, mas não conhece o Seu rosto. Não pode segui-lo. Está junto ao caminho por onde Ele passa, mas está fora. Não é esta a nossa situação? Cristãos cegos, sentados junto ao caminho, incapazes de seguir Jesus?
Entre nós é de noite. Desconhecemos Jesus. Falta-nos luz para seguir o Seu caminho. Ignoramos para onde se encaminha a Igreja. Não sabemos sequer que futuro queremos para ela. Instalados numa religião que não consegue converter-nos em seguidores de Jesus, vivemos junto ao Evangelho, mas fora. Que podemos fazer?
Apesar da sua cegueira, Bartimeu capta que Jesus está a passar próximo dele. Não hesita um instante. Algo lhe diz que em Jesus está a sua salvação: “Filho de David, tem piedade de mim”. Este grito repetido com fé vai desencadear a sua cura.
Hoje ouvem-se na Igreja queixas e lamentos, críticas, protestos e mutuas desqualificações. Não se escuta a oração humilde e confiada do cego. Esquecemo-nos que só Jesus pode salvar esta Igreja. Não nos apercebemos da Sua presença próxima. Só acreditamos em nós.
O cego não vê, mas sabe escutar a voz de Jesus que lhe chega através dos Seus enviados: “Coragem, levante-se, porque Jesus está chamando você.”. Este é o clima que necessitamos criar na Igreja. Animar-nos mutuamente a reagir. Não continuar numa religião convencional. Voltar a Jesus que nos está a chamar. Esse é o primeiro objetivo pastoral.
O cego reage de forma admirável: solta o manto que lhe impede levantar-se, dá um salto no meio da sua escuridão e aproxima-se de Jesus. Do seu coração só brota uma petição: “Mestre, eu quero ver de novo”. Se os seus olhos se abrem, tudo mudará. O relato conclui dizendo que o cego recobrou a vista e “o seguia pelo caminho”.
Esta é a cura de que necessitamos. O salto qualitativo que pode mudar a Igreja. Se mudarmos o nosso modo de ver Jesus, se lermos o Seu Evangelho com olhos novos, se captarmos a originalidade da sua mensagem e nos apaixonarmos pelo Seu projeto de um mundo mais humano, a força de Jesus irá nos arrastar. As nossas comunidades conhecerão a alegria de viver seguindo-o de perto.
Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/514901-com-olhos novos
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
HALLELUJAH - Cristiano Nichelle "CLASSIC'S"
Gravação de vídeo clip na Igreja Santíssimo Sacramento e Santa Teresinha Porto Alegre – RS.
terça-feira, 23 de outubro de 2012
domingo, 21 de outubro de 2012
Campanha Missionária 2012
Este ano a Igreja no Brasil reflete o tema “Brasil missionário partilha tua fé” em sintonia com os temas do 3º Congresso Missionário Nacional, que aconteceu em Palmas (TO) de 12 a 15 de julho e do 4º Congresso Missionário Americano que também é o 9º Congresso Missionário Latino Americano (CAM 4/Comla 9) que se realizarão em Maracaibo, Venezuela, em 2013, com o tema “América Missionária partilha a tua fé”.
As Pontifícias Obras Missionárias (POM) extraordinariamente realiza a Campanha de 2012 sem seguir a temática da Campanha da Fraternidade da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) devido aos referidos congressos missionários.
A temática partilha a tua fé tem por objetivo chamar a atenção da Igreja para a importância da universalidade da missão que deve ser pensada para além das fronteiras do ser cristão, sejam elas geográficas ou não, ou seja, a Igreja missionária é aquela que está onde é necessário. Por isso, a Igreja Católica no Brasil e na América Latina convida, através da Campanha Missionária deste ano, toda a comunidade cristã a repensar o seu papel enquanto anunciadora do mandato de Jesus Cristo, “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações, e batizai-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo (Mt 28, 19-20)”.
Materiais
A Novena Missionária traz este ano 60 páginas com orações, cantos, partilhas, canções. O subsídio contém ainda informações importantes sobre os cinco continentes e o trabalho missionário desenvolvido neles; portanto, há várias partilhas, com o objetivo de situar os fiéis sobre a dimensão missionária da Igreja no mundo atualmente. Os missionários, ao longo da Novena, dão testemunho de sua experiência em vários países. O material pode ser utilizado pelos grupos de reflexão, nas comunidades, escolas, ou simplesmente nas casas de família.
O DVD é outro apoio que dinamiza as discussões e reflexões durante a Campanha Missionária. Para cada dia da novena é oferecido um documentário, que apresenta uma realidade do mundo ligada ao trabalho missionário desenvolvido por leigos, padres e religiosos (as) nos cinco continentes. Podem ser utilizados nos momentos das homilias dominicais e também nas reuniões das pastorais, conselhos paroquias e comunitários e nos vários grupos.
O cartaz, por sua vez, simboliza o missionário sem fronteiras que parte do Brasil e partilha sua fé com o mundo, sua casa. Representa o missionário que segue o mandato de Jesus de ir até os confins do mundo e pregar o Evangelho a toda a criatura. O globo, com os continentes nas cores missionárias, representa o espaço onde atua o missionário e a cruz é o sinal do Evangelho, do Cristo, o fundamento da fé cristã.
Já o Envelope, tem por objetivo arrecadar nos dias 20 e 21 de outubro as coletas em favor das missões universais nas comunidades, paróquias e instituições católicas. Devem ser distribuídos entre os dias que antecedem o Dia Mundial das Missões (penúltimo domingo do mês de outubro) ou quando os grupos se reunirem ou ainda nas celebrações domésticas.
Por último, os Folhetos Dominicais, servem como suporte para a oração dos fieis nas missas, culto dominical, reuniões das pastorais, de grupos e movimentos.
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
Vai começar o Ano da Fé! Saiba mais sobre ele.
No próximo dia 11 de outubro começará o Ano da Fé, convocado por Bento XVI. Mas de que se trata? O que deseja o Santo Padre? O que se pode fazer? A 10 dias do início, respostas às perguntas que surgem.
1. O que é o Ano da Fé?
O Ano da Fé "é um convite para uma autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo" (Porta Fidei, 6).
2. Quando se inicia e quando termina?
Inicia-se a 11 de outubro de 2012 e terminará a 24 de novembro de 2013.
3. Por que nessas datas?
Em 11 de outubro coincidem dois aniversários: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica. O encerramento, em 24 de novembro, será a solenidade de Cristo Rei.
4. Por que é que o Papa convocou este ano?
Enquanto que no passado era possível reconhecer um tecido cultural unitário, amplamente compartilhado no seu apelo aos conteúdos da fé e aos valores por ela inspirados, hoje parece que já não é assim em grandes setores da sociedade, devido a uma profunda crise de fé que atingiu muitas pessoas". Por isso, o Papa convida para uma "autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo". O objetivo principal deste ano é que cada cristão "possa redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo".
5. Quais meios assinalou o Santo Padre?
Como expos no Motu Proprio "Porta Fidei": Intensificar a celebração da fé na liturgia, especialmente na Eucaristia; dar testemunho da própria fé; e redescobrir os conteúdos da própria fé, expostos principalmente no Catecismo.
6. Onde terá lugar?
Como disse Bento XVI, o alcance será universal. "Teremos oportunidade de confessar a fé no Senhor Ressuscitado nas nossas catedrais e nas igrejas do mundo inteiro, nas nossas casas e no meio das nossas famílias, para que cada um sinta fortemente a exigência de conhecer melhor e de transmitir às gerações futuras a fé de sempre. Neste Ano, tanto as comunidades religiosas como as comunidades paroquiais e todas as realidades eclesiais, antigas e novas, encontrarão forma de fazer publicamente profissão do Credo".
7. Onde encontrar indicações mais precisas?
Aí se propõe, por exemplo:
- Encorajar as peregrinações dos fiéis à Sede de Pedro;
- Organizar peregrinações, celebrações e reuniões nos principais Santuários.
- Realizar simpósios, congressos e reuniões que favoreçam o conhecimento dos conteúdos da doutrina da Igreja Católica e mantenham aberto o diálogo entre fé e razão.
- Ler ou reler os principais documentos do Concílio Vaticano II.
- Acolher com maior atenção as homilias, catequeses, discursos e outras intervenções do Santo Padre.
- Promover transmissões televisivas ou radiofônicas, filmes e publicações, inclusive a nível popular, acessíveis a um público amplo, sobre o tema da fé.
- Dar a conhecer os santos de cada território, autênticos testemunhos de fé.
- Fomentar o apreço pelo patrimônio artístico religioso.
- Preparar e divulgar material de caráter apologético para ajudar os fiéis a resolver as suas dúvidas.
- Eventos catequéticos para jovens que transmitam a beleza da fé.
- Aproximar-se com maior fé e frequência do sacramento da Penitência.
- Usar nas escolas ou colégios o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.
- Organizar grupos de leitura do Catecismo e promover a sua difusão e venda.
8. Que documentos posso ler por agora?
sábado, 6 de outubro de 2012
Qual a diferença entre catecismo e catequese?
Jéssica Marçal
Da Redação
O padre André Gustavo de
Sousa, da arquidiocese de Aparecida (SP), que explicou a diferença entre
catecismo e catequese
Neste Ano da Fé, o Catecismo
da Igreja Católica completa 20 anos. O livro refere-se à doutrina da Igreja
católica e é um instrumento para as diversas formas de evangelização, em
especial a catequese. Mas é comum encontrar pessoas que confundem os termos
“catecismo” e “catequese”, atribuindo a ambos o mesmo significado.
Para além da diferença entre
catecismo e catequese, existe complementaridade entre eles. Isso é o que diz o
assessor da Comissão para Animação Bíblico-Catequética da arquidiocese de
Aparecida (SP), padre André Gustavo de Sousa.
Ele explicou que durante um
longo período na história da Igreja, a era da cristandade, utilizou-se o termo
“catecismo” para se referir ao tempo de preparação para a recepção dos
sacramentos da Iniciação Cristã. Mas, na verdade, o Catecismo é o livro que apresenta as
verdades fundamentais da fé cristã.
“Com o fim da era da cristandade e com a crescente descristianização, há
necessidade de repensar os diversos componentes da atividade catequética. Com
isso nasce e desenvolve-se o Movimento Catequético, que busca ser um florescer
da Catequese para um tempo novo. Assim, passa-se a utilizar o termo Catequese
para o processo de educação da fé”, disse.
Ao longo desses 20 anos, o
sacerdote disse que o Catecismo enriqueceu e muito esse processo de educação na
fé. Ele conta, porém, que mudou a forma de trabalhar com esse compêndio da fé
católica. “Se antes o processo era mais
de memorização, através de perguntas e respostas, hoje, busca-se fazer
interação fé e vida, ou seja, uma catequese doutrinal sólida (fundamentada no
Catecismo), mas também mais celebrativa e vivencial”
A catequese hoje
Padre André explicou que esse
entendimento do catecismo
como “aula” chegou ao fim com o Concílio Vaticano II, que veio
propor a revisão de alguns pontos essenciais referentes à catequese: Palavra de
Deus, fé e Igreja. “Propõe (o Concílio) a
busca de novos caminhos e a criatividade; enfatiza-se a centralidade da Bíblia,
a dimensão antropológica e sócio-política da catequese”.
O sacerdote lembrou ainda que
a catequese está em constante avanço ao longo do tempo, mas não perde o
essencial, que é sua missão evangelizadora. “A palavra
‘catequese’, de origem grega, quer dizer: ecoar. A catequese é serviço ao
Evangelho, educação sistemática e permanente da fé, e por isso mesmo, é
prioridade indiscutível em nossas comunidades eclesiais”.
Sem perder sua essência, o
padre defende que a catequese deve sim ser dinâmica e atrativa, o que inclui a
incorporação de novos elementos, criatividade e discernimento crítico à luz do
Evangelho. Isso, porém, exige boa preparação daqueles que se propõe a assumir a
missão evangelizadora da catequese.
Formação dos catequistas
Com uma tarefa importante a
ser desempenhada, o sacerdote defende que é necessário investir sempre mais na
formação dos catequistas para que eles possam ser pessoas maduras na fé e
testemunhas confiáveis da Boa Nova de Jesus Cristo.
“Catequese também é testemunho e o catequista, como testemunha, se torna
lugar privilegiado de encontro com Cristo, pelo seu jeito de ser, de amar, de
acolher, de educar na fé. Por isso a formação deve contemplar as competências:
ser, saber e saber fazer do catequista”.
O padre acredita que, além de
saber utilizar recursos dinâmicos, o catequista precisa ter sensibilidade,
capacidade de acolhimento e saber incentivar os processos de aprendizagem, com
especial atenção à comunicação da fé.
“Tudo isso requer planejamento: o grupo de catequistas deve construir um
bom planejamento catequético e colocá-lo em prática, contando com os recursos
que favoreçam e facilitem a compreensão dos catequizandos”.
Desafios
A boa catequese, no entanto,
não depende apenas da boa formação dos catequistas, mas envolve também o
interesse dos catequizandos e aí está um grande desafio. Padre André explicou
que a catequese deve contemplar em sua metodologia as diferenças de cada fase
do desenvolvimento da pessoa.
“Portanto, para os jovens uma catequese jovial: mostrar o rosto jovem de
Jesus Cristo, a partir daquilo que é próprio da realidade do jovem cristão
(música, teatro, redes sociais, etc.), suscitando o seu protagonismo no
processo catequético”.
Essa dinamicidade não é
diferente com o conteúdo do Catecismo, que precisa ser abordado de forma a
atrair a atenção dos catequizandos. Um auxílio nesse processo é o YouCat,
Catecismo Jovem da Igreja Católica.
“Recentemente, fomos presenteados com o Youcat, que traz toda a
estrutura do compêndio numa linguagem mais jovem, com questionamentos que
muitos jovens trazem consigo a respeito da fé, da doutrina cristã, com
ilustrações e um visual muito interessante. Recomendo à juventude que tenha em
mãos o Youcat, utilizem nas pastorais juvenis, nos grupos, nos encontros de
preparação para Crisma”.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Por que um Ano da Fé - A Lei de Deus
2012/05/16

POR QUE UM ANO DA FÉ
A LEI DE DEUS
Perché un Anno della fede?
La domanda non è retorica e merita una risposta soprattutto dinanzi alla grande attesa che si sta registrando nella Chiesa per tale evento.
Benedetto XVI ha dato una prima motivazione quando ne ha annunciato l’indizione: «La missione della Chiesa, come quella di Cristo, è essenzialmente parlare di Dio, fare memoria della sua sovranità, richiamare a tutti, specialmente ai cristiani che hanno smarrito la propria identità, il diritto di Dio su ciò che gli appartiene, cioè la nostra vita. Proprio per dare rinnovato impulso alla missione di tutta la Chiesa di condurre gli uomini fuori dal deserto in cui spesso si trovano verso il luogo della vita, l’amicizia con Cristo che ci dona la vita in pienezza». Questa è l’intenzione principale. Non far cadere nell’oblio il fatto che caratterizza la nostra vita: credere. Uscire dal deserto che porta con sé il mutismo di chi non ha nulla da dire, per restituire la gioia della fede e comunicarla in modo rinnovato.
Questo anno, quindi, si rivolge in primo luogo a tutta la Chiesa perché dinanzi alla drammatica crisi di fede che tocca molti cristiani sia capace di mostrare ancora una volta e con rinnovato entusiasmo il vero volto di Cristo che chiama alla sua sequela.
È un anno per tutti noi, perché nel perenne cammino di fede sentiamo la necessità di rinvigorire il passo, divenuto a volte lento e stanco, e rendere la testimonianza più incisiva. Non possono sentirsi esclusi quanti hanno consapevolezza della propria debolezza, che spesso prende le forme della indifferenza e dell’agnosticismo, per ritrovare il senso perduto e per comprendere il valore di appartenere a una comunità, vero antidoto alla sterilità dell’individualismo dei nostri giorni.
In «Porta fidei», comunque, Benedetto XVI ha scritto che questa «porta della fede è sempre aperta». Ciò significa che nessuno può sentirsi escluso dall’essere positivamente provocato sul senso della vita e sulle grandi questioni che soprattutto ai nostri giorni colpiscono per la persistenza di una crisi complessa che aumenta gli interrogativi ed eclissa la speranza. Porsi la domanda sulla fede non equivale a estraniarsi dal mondo, piuttosto fa prendere coscienza della responsabilità che si ha nei confronti dell’umanità in questo frangente storico.
Un anno durante il quale la preghiera e la riflessione potranno più facilmente coniugarsi con l’intelligenza della fede di cui ognuno deve sentire l’urgenza e la necessità. Non può accadere, infatti, che i credenti abbiano ad eccellere nei diversi ambiti della scienza, per rendere più professionale il loro impegno lavorativo, e ritrovarsi con una debole e insufficiente conoscenza dei contenuti della fede. Uno squilibrio imperdonabile che non consente di crescere nell’identità personale e che impedisce di saper dare ragione della scelta compiuta.
Rino Fisichella
Fonte: http://www.annusfidei.va/content/novaevangelizatio/it/news/16-05-2012.html
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
4 de Outubro - São Francisco de Assis
São Francisco nasceu em 1181/1182 em Assis na Itália ,
foi batizado com o nome de Giovanni di Pietri, mas seu nome foi mudado pouco
tempo depois para Francisco, pois seu pai Petri di Bernardone era comerciante e
viajava muito a França, mudou o nome do filho em homenagem ao local que fazia
bons negócios.
Em 1198 acontece um conflito em Assis, entre a nobreza e os comerciantes. Os nobres se refugiam em Perusa uma pequena cidade próxima de Assis, onde São Francisco ficou preso por um ano até o ano de 1204. Em Perusa também estava a família de Clara.
Ao voltar para Assis, São Francisco doente começa sua conversão gradual, se dedica a dar esmolas e oferece até suas roupas aos pobres, tem visões e começa a desprezar o dinheiro e as coisas mundanas. Até que ele se encontra com um leproso, lhe dá esmola e um beijo, e este acontecimento marcou tanto a vida dele que, dos muitos fatos ocorridos em sua vida, este foi o primeiro que entrou em seu Testamento, "pois o que antes era amargo se converteu em doçura da alma e do corpo".
Outros encontros afirmaram ainda mais a vocação de São Francisco, nas ruínas da igreja São Damião recebeu do crucificado o mandato de restaurar a Igreja. Obediente ao mandato, São Francisco pôs-se logo a trabalhar. Reconstruiu três pequenas igrejas abandonadas: a de São Damião, a de Santa Maria dos Anjos e a de São Pedro.
Seu pai, envergonhado do novo gênero de vida adotado por Francisco, queixou-se ao bispo de Assis da prodigalidade do filho e, diante do prelado, pediu a Francisco que lhe devolvesse o dinheiro gasto com os pobres. A resposta foi a renúncia à vultosa herança: despindo, ali, suas vestes, Francisco exclamou: "... doravante não direi mais pai Bernardone, mas Pai nosso que estás no céu..."
A partir desse momento passa a viver na pobreza, e inicia a ordem franciscana, cresce o número de companheiros, 1209 já são 12. Cria uma regra muito breve e singela, que o papa Inocêncio III aprova em 1210, e cujas diretrizes principais eram pobreza e humildade, surge assim a Fraternidade dos Irmãos Menores, a Primeira Ordem.
No Domingo de Ramos de 1212, uma nobre senhora, chamada Clara de Favarone, foi procurar Francisco para abraçar a vida de pobreza.
Alguns dias depois, Inês, sua irmã, segue-lhe o caminho. Surge a Fraternidade das Pobres Damas, a Segunda Ordem. Aqueles que eram casados ou tinham suas ocupações no mundo e não podiam ser frades ou irmãs religiosas, mas queriam seguir os ideais de Francisco, não ficaram na mão: por volta de 1220, Francisco deu início à Ordem Terceira Secular para homens e mulheres, casados ou não, que continuavam em suas atividades na sociedade, vivendo o Evangelho.
A Ordem Francisca cresceu com o passar dos anos. Em 1219 houve uma grande expansão para a Alemanha, Hungria, Espanha, Marrocos e França. Neste mesmo ano São Francisco vai em missão para o Oriente. Durante sua ausência, vigários modificam algumas regras da Ordem e no mesmo ano de 1219 São Francisco se demite da direção da Ordem.
Com o crescimento da Ordem, quase 5.000 frades em 1221, uma nova regra foi escrita por São Francisco em 29 de novembro de 1223 que foi aprovada pelo papa Honório. É a que vigora até hoje.
Em 1224 no dia 17 de setembro São Francisco recebeu as chagas de Jesus crucificado em seu próprio corpo, este fato ocorreu no Monte Alverne, um dos eremitérios dos frades.
Os últimos escritos de São Francisco são entre 1225 e 1226, dentre eles o Cântico das Criaturas e o Testamento. Nestes mesmos dois anos, Francisco vai a vários lugares da Itália para tratar de suas vistas. Passa por diversas cirurgias. Morre aos 03 de outubro de 1226, num sábado.
Morreu nu aquele que começou a vida de conversão nu na praça de Assis diante do bispo, do pai e amigos. Morreu ouvindo o Evangelho de João, onde se narra a Páscoa do Senhor, aquele que recebeu os primeiros companheiros após ouvir o Evangelho do envio dos apóstolos. Foi sepultado no dia 04 de outubro de 1226, Domingo, na Igreja de São Jorge, na cidade de Assis.
São Francisco de Assis foi canonizado em 1228 por Gregório IX e seu dia é comemorado em 04 de outubro.
Em 25 de maio de 1230 os ossos de São Francisco foram levados da Igreja de São Jorge para a nova Basílica construída para ele, a Basílica de São Francisco, hoje aos cuidados dos Frades Menores Conventuais.
O Pobrezinho de Assis, como era chamado, foi uma criatura de paz e de bem, terno e amoroso. Amava os animais, as plantas e toda a natureza.
Poeta, cantava o Sol, a Lua e as Estrelas. Sua alegria, sua simplicidade, sua ternura lhe granjearam estima e simpatia tais que fizeram dele um dos santos mais populares e queridos dos nossos dias.
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
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