Foi no ano 335, por ocasião da dedicação de duas
basílicas constantinianas de Jerusalém, a do Martyrium ou Ad Crucem no
Gólgota, construída sobre o Monte do
Gólgota, e a do Anástasis, isto é Ressurreição, construída no lugar em que
Cristo Jesus foi sepultado e foi ressuscitado pelo poder de Deus, construídas
em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena, que foi
celebrada, pela primeira vez, a festa em honra da Santa Cruz, quando a Santa
Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis.
Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelo rei persa
Cosroe Parviz, durante a conquista da cidade Santa e a partir do século VII
comemora-se a recuperação da preciosa relíquia pelo imperador Heráclito em 628.
Os historiadores contam que o imperador levou a Santa Cruz às costas desde
Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao patriarca Zacarias, no dia 3 de maio
de 630 tendo sido a Festa da Exaltação da Santa Cruz também a ser celebrada no
Ocidente.
A celebração atual tem um significado bem maior do que o encontro
pela piedosa mãe do imperador Constantino, Santa Helena. A festividade lembra
aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de
Deus. Cristo, encarnado na sua realidade concreta humano-divina, se submete
voluntariamente à humilde condição de escravo (a cruz era o tormento reservado
para os escravos) e o suplício infame transformou-se em glória perene. Assim a
cruz torna-se o símbolo e o compêndio da religião cristã.
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