sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

O evangelho de Mateus - Aspectos históricos

O Evangelho de Mateus foi escrito numa época muito conturbada, e para entendermos um pouco desta época vamos ver alguns fatos da história de quando surgiram as primeiras comunidades cristãs.

A Palestina tornou-se colônia romana desde 63 a.C. pois embora os romanos tivessem o poder, os judeus tinham certa autonomia, conseguida a duras lutas,  principalmente no campo religioso.

Na época de Jesus na Palestina haviam vários territórios e alguns são citados em Mateus, Galileia e Pereia (Herodes Antipas), Samaria e Judéia (Poncio Pilatos, que residia na Cesareia).   O Templo era o centro da vida social e econômica dos judeus, casa de oração, local de peregrinações, sacrifícios, ofertas, e também servia de banco, cartório e tesouro público. No templo funcionava o Sinédrio, que era o órgão máximo do governo judaico, seu sumo sacerdote era nomeado pelo procurador romano e este somente intervinha em caso de rebelião contra o império. As sinagogas estavam próximas às comunidades cristãs e em forte tensão, pois estas se contrapunham aos costumes judaicos.

Em 70 d.C. com a destruição de Jerusalém somente o grupo dos fariseus e as comunidades cristãs sobreviveram, os outros grupos (Saduceus, sacerdotes, Essênios, Zelotes) desapareceram. Os Fariseus se refugiaram próximo ao mediterrâneo onde fundaram uma escola com a finalidade de salvar e reconstruir a religião e as tradições judaicas, mas prevaleceu a interpretação dura da lei, fechada e autoritária negando qualquer outra interpretação. Devido a este fanatismo os cristãos começaram a ser perseguidos, excomungados e tachados de traidores das tradições judaicas. Muitas dúvidas surgiram nas comunidades cristãs, principalmente entre os oriundos do judaísmo, havia dúvidas a respeito das riquezas, se era certo se tornarem seguidores de Jesus de Nazaré, se deveriam abrir ao mundo pagão seus ensinamentos, todas estas dúvidas agitavam as comunidades.

Podemos claramente perceber que Mateus queria afirmar o seguinte:
a) Quem é Jesus?
b) Como ser discípulo desse Jesus?
c) Como seguir a Jesus em comunidade?

Mateus escreveu sem esconder sua preferência pelo interior, ressaltando aspectos negativos das cidades, no seu evangelho há muitas referências ligadas aos problemas da terra (parábolas, comércio agrícola, camponeses desempregados, revoltas de camponeses). Foi neste clima de rivalidade entre campo, cidades, comunidades cristãs e fariseus que foi escrito o evangelho de Mateus, provavelmente entre os anos 80 d.C. e 90 d.C.

Ele não foi escrito de uma só vez, ele foi surgindo aos pouco, ao longo da caminhada das comunidades e teve a ajuda de varias tradições escritas e orais.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Anunciadas as transferências e nomeações para o Clero da Arquidiocese de Porto Alegre


Na tarde desta quarta-feira, dia 13 de novembro, juntamente com o encerramento da Assembleia Anual do Clero, foram comunicadas as transferências e nomeações para as paróquias da Arquidiocese de Porto Alegre. As alterações foram anunciadas por Dom Jaime Spengler.

TRANSFERÊNCIAS 2013

  • Dom Dadeus Grings – Paróquia Santo Antônio Pão dos Pobres (Porto Alegre)
  • Côn. Irineu Aloysio Brand – Vigário Geral, Procurador da Arquidiocese e a serviço da Paróquia Catedral Mãe de Deus
  • Pe. Carlos J. M. Steffen – Chanceler da Cúria Metropolitana, Vigário Judicial do Tribunal Eclesiástico Interdiocesano de Porto Alegre – 1ª Instância e a serviço da Paróquia Catedral Mãe de Deus
  • Pe. Vanderley Menge Bock - Paróquia São Cristóvão (Canoas) e Direção Espiritual do Seminário Maior de Viamão
  • Pe. Geraldo Luiz Borges Hackmann – Pároco N. Sª da Piedade (Porto Alegre)
  • Pe. João Tadeu da Silva - Pároco São Manoel (paróquia até então atendida pelos padres salesianos) 
  • Pe. Seno Geraldo Schomer - A serviço da paróquia São José (Sapucaia) 
  • Pe. Paulo Edgar Klein – Cúria Metropolitana – Batistério e a serviço da Paroquia Catedral Mãe de Deus 
  • Pe. Charles Vargas Teixeira - Pároco N. Sra. do Rosário – Barão do Triunfo 
  • Pe. Artur Celestino Calsing - Vigário Paroquial S. Vicente de Paulo (Cachoeirinha) 
  • Pe. Leandro Miguel Chiarello – Pároco Santuário N. Sª do Rosário (Porto Alegre) e Cônego Penitenciário
  • Pe. Adilar da Silva - Vigário Paroquial Santuário N. Sª do Rosário (POA e auxiliando em Camaquã)
  • Pe. João Carlos Strack - Vigário Paroquial Santuário N. Sª do Rosário (Porto Alegre) 
  • Pe. Tiago Francesco Escouto - Pároco N. Sª do Belém (Porto Alegre)
  • Pe. Eduardo da Silva dos Santos – Pároco São Luiz Gonzaga e Divino Mestre (Porto Alegre) 
  • Pe. Pe. Renato Rogério Neuhaus - Vigário Paroquial São Luiz Gonzaga e Divino Mestre (Porto Alegre)
  • Côn. Luiz Vunibaldo Melo da Silveira - auxiliar da Paróquia Catedral Mãe de Deus (Porto Alegre) 
  • Pe. Rodrigo Wegner da Costa - Pároco N. Sª Aparecida (Porto Alegre) 
  • Pe. Milton Krindges – Pároco N. Sª dos Navegantes (Charqueadas) 
  • Pe. Wilson Luiz Galizoni Junior – Vigário Paroquial de N. Sª da Glória (Glorinha) 
  • Pe. Sergio Luis Endler – Pároco São Nicolau – General Câmara 
  • Pe. Hugo Büttenbender – Pároco de N. Sª de Lourdes (Porto Alegre)
  • Pe. Kauê Antonioli Pires – Vigário Paroquial de N. Sª de Lourdes (Porto Alegre)
  • Pe. Cristiano da Rosa – Vigário Paroquial Menino Deus (Porto Alegre) 
  • Pe. João Moraes – Pároco N. Sª de Fátima (Viamão) e Direção Espiritual no Seminário Maior de Viamão
  • Pe. Geraldo João Flach – Pároco Divino Espírito Santo (Porto Alegre) 
  • Pe. Moisés Dalcin – Pároco N. Sª  Aparecida (Guajuviras – Canoas) e Direção Espiritual do Seminário Maior de Viamão
  • Pe. Maico Pezzi Santos – Vigário Paróquia de N. Sª Aparecida (Guajuviras – Canoas)
  • Pe. Paulo Kunrath – Pároco N. Sª da Conceição (Porto Alegre) 
  • Pe. José Antônio Sauthier – Pároco Santuário de Santa Rita (Porto Alegre)
  • Pe. Márcio Macedo Guimarães – Vigário Paroquial Santuário Santa Rita (Porto Alegre)
  • Pe. Luiz Remi Maldaner – Pároco da Igreja de Santo Inácio (Porto Alegre) 
  • Pe. Ricardo Mostardeiro Costa – Santuário de N. Sª dos Navegantes (Porto Alegre) 
  • Pe. Luis Inácio Ledur – Pároco Bom Pastor (Porto Alegre) 
  • Pe. Joel Nievinski Costa – Vigário Paroquial de São Vicente Pai dos Pobres (Gravatai) 
  • Pe. Roque A. Soares Machado - Pároco São João Maria Vianey (Viamão) e Diretor Espiritual do Seminário Maior de Viamão 
  • Pe. Luciano da Costa Massullo – Pároco São Pedro (Porto Alegre)
  • Mons. Tarcísio Pedro Scherer – Auxiliar Paroquial São Pedro (Porto Alegre) 
  • Sidney da Silva Grudzien - Pároco N. Sª da Assunção (Porto Alegre) 
  • Pe. Alexandre Longhi de Freitas – Pároco N. Sª Aparecida (Esteio) 
  • Pe. Fernando Bobadilla - Auxiliar da Paroquia N. Sª das Graças (Gravataí) 
  • Pe. Silvio Guterres Dutra - Reitor Seminário Maior de Viamão
  • Pe. Maikel Herold - Vice-reitor do Seminário Maior de Viamão 
  • Pe. Gustavo André Haupental – Vigário Paroquial N. Sª do Livramento (Guaíba)
  • Pe. Lucas Matheus Mendes – Seminário Menor São José de Gravataí (Formador do Ensino Médio) 
  • Pe. Talis Pagot – Vigário Paroquial Imaculado Coração de Maria (Esteio) 
  • Pe. Diego Jobim Garcia - Vigário Paroquial de São José Operário (Alvorada)
  • Pe. Diego da Silva Corrêa – Vigário Paroquial Igreja de São Jorge (Porto Alegre) 
  • Pe. Fabiano Glaeser dos Santos - Vigário Paroquial São João Batista (Camaquã)
  • Pe. Claudiovani Buffi Marques - Vigário Paroquial São João Batista (Camaquã)
  • Pe. José Loinir Flach – Paróquia N. Sª de Fátima (Gravataí) 
  • Pe. José Santiago Carrion Conde – Pároco N. Sª da Salete (Porto Alegre) 
  • Pe. Geneu Santos Machado – Vigário Paroquial Santa Bárbara (Arroio dos Ratos)
  • Pe. Maurício da Silva Jardim – Direção Espiritual – Gravataí e Pároco São Vicente Pai dos Pobres
  • Pe. Miguel Louzada de A. Martins Costa – Direção Espiritual do Seminário Menor de Gravataí e Pároco N. Sª do Caravaggio (Porto Alegre) 
  • Pe. Ivo Ulinowski - auxiliar da Paróquia São Sebastião (Porto Alegre) 
  • Pe. Livio Masuero - Seminário Menor São José de Gravataí (Propedêutico)
  • Léo Hastenteufel – Administrador da Paróquia N. Sª de Fátima (Guaíba) 
  • Côn. Clary Luiz Boaretto – Lar Sacerdotal (Gravataí)
  • Pe. Clóvis Fernandes de Quadros – Lar Sacerdotal (Gravataí)
  • Diac. Luiz Maria de Barros Coelho Neto – Paróquia Jesus de Praga (Porto Alegre)

Postado por Magnus Regis - Jornalista PASCOM
Em 13 de novembro de 2013, às 16h 8min


Primeiro dia da Assembleia do Clero foi dedicado à Pastoral Presbiteral


Na terça-feira, dia 12 de novembro, foi iniciada a Assembleia do Clero da Arquidiocese de Porto Alegre. O encontro será encerrado no dia 13, com o anuncio das transferências de párocos e nomeações dos vigários paroquiais.

O primeiro dia foi reservado para o clero secular. Bispos, padres e diáconos dedicaram-se para o estudo dos assuntos da Pastoral Presbiteral e da Associação Fraterno Auxílio.

Já na quarta-feira, dia 13, o encontro prosseguirá reunindo todos padres e religiosos que atuam na Arquidiocese. Serão estudados os discursos do Papa Francisco no Brasil, assuntos ligados à administração da Cúria Metropolitana e anuncio das transferências dos párocos.


Postado por Magnus Regis - Jornalista PASCOM
Em 13 de novembro de 2013, às 9h 55min

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

ATIVIDADES DO ECC NA PARÓQUIA

Convidamos para atividades do ECC nas seguintes datas:

Data:  07/11/13 (5ª feira) às 20 horas
Palestra:  ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL - COMECE AGORA

Data:  21/11/13 (5ª feira) às 20 horas
Palestra:  MISSÃO DA IGREJA - MISSÃO DOS CRISTÃOS NO MUNDO DE HOJE

TODA A COMUNIDADE ESTÁ CONVIDADA!

DIVULGUE - CONVIDE OUTROS CASAIS

Esperamos vocês.


terça-feira, 22 de outubro de 2013

Igreja celebra memória litúrgica de João Paulo II, futuro santo


Nesta terça-feira, 22, a Igreja celebra a memória litúrgica do beato João Paulo II. A data coincide com o início de seu ministério petrino, em 22 de outubro de 1978. Neste ano, a celebração ganhou um tom especial, já que fiéis em todo o mundo vivem a expectativa pela canonização do beato, que será em 27 de abril de 2014. 

Karol Jozef Wojtyla foi eleito Papa em 16 de outubro de 1978. Com um dos pontificados mais longo da história – quase 27 anos como Sucessor de Pedro - o Papa polaco cativou fiéis em todo o mundo com sua simpatia. 

Seu pontificado foi marcado por intensas atividades. Pode-se citar a conclusão da redação do Código de Direito Canônico, reformulado com base no Concílio Vaticano II, e a redação e promulgação do Catecismo da Igreja Católica (CIC). Em termos de número, visitou 129 países, escreveu 14 encíclicas, proclamou 476 santos e 1.318 beatos.

Uma atenção especial foi dedicada por João Paulo II à juventude. Em 1984, no Encontro Internacional da Juventude com o Papa, na Praça São Pedro, ele entregou aos jovens a Cruz, que seria um dos principais símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), instituída por ele mesmo em 1985. 

O Pontífice também enfrentou momentos difíceis. Em 13 de maio de 1981, foi vítima de um atentado na Praça São Pedro. O tiro que o atingiu submeteu-o a uma delicada cirurgia com extração de parte do intestino. Em julho de 1992, precisou de uma nova internação hospitalar, desta vez para retirar um pequeno tumor também no intestino. Em 1994, em consequência de uma queda, fraturou o fêmur.

Após 84 anos de vida e quase 27 à frente da Igreja católica, João Paulo II morreu em 2 de abril de 2005. Ele foi beatificado em 1º de maio de 2011 em cerimônia presidida pelo então Papa Bento XVI na Praça São Pedro. 

Canção Nova

sábado, 19 de outubro de 2013

Campanha Missionária 2013


Em sintonia com a Campanha da Fraternidade (CF 2013) e a Jornada Mundial da Juventude (JMJ Rio 2013), o tema da Campanha Missionária deste ano é “Juventude em Missão”. O lema tirado do profeta Jeremias: “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b), recorda que Deus continua a chamar e a enviar pessoas para anunciar a Boa Notícia de Jesus a todos os povos. A Missão é a principal razão de ser da nossa Igreja e seus missionários e missionárias representam uma grande riqueza. Pela Campanha Missionária, toda a comunidade cristã é convidada a renovar seu compromisso batismal em conformidade ao mandato de Jesus Cristo, “Ide fazei discípulos todas as nações” (Mt 28, 19).

Cartaz
Destaca o tema da Campanha Missionária 2013: “Juventude em Missão”, e o lema: “A quem eu te enviar, irás” (Jr 1, 7b). A figura do Globo recorda a dimensão Universal da Missão em todos os continentes do mundo. Os jovens a caminho, rumo ao infinito, lembram que, para a Missão além-fronteiras, a Igreja conta com a vitalidade e a generosidade da juventude. Representam ainda os missionários e missionárias que, seguindo o mandato de Jesus, colocam-se a caminho até os confins do mundo.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

18 de Outubro - São Lucas, evangelista


Lucas é originário de Antioquia da Síria, médico, celibatário, discípulo dos apóstolos e companheiro de Paulo.

Lucas é o discípulo anônimo que relata nos Atos alguns episódios em primeira pessoa, durante a segunda e a terceira viagem de Paulo.

Evangelho e Atos formam claramente uma obra unitária; então Lucas é o autor do terceiro Evangelho.

Trata-se de um cristão convertido do paganismo, ou talvez de um judeu-helenista convertido, assim se explicaria a sua familiaridade com a Bíblia na versão grega litúrgica.  

Ele tem atrás de sai uma experiência missionária vivida com Paulo e Barnabé.

Em suas viagens, que o puseram em relação com as Igrejas mais importantes (Jerusalém, Antioquia, Éfeso, Cesaréia, Roma), ele pôde ter informações de João e seus discípulos.

Lucas se serviu do evangelho de Marcos para compor o seu evangelho.  O modo de se referir aos fatos do ano 70, propõem que o evangelho lucano foi escrito por volta dos anos 80/85.  O lugar de composição do terceiro evangelho pode ser procurado numa comunidade cristã fora da Palestina, provavelmente a Grécia meridional (Corinto?).


Por sua participação nos primeiros tempos, ao lado dos apóstolos escolhidos por Jesus, somada à vida de missionário, escritor, médico e pintor, transformou-se num dos pilares da Igreja. 

Na suas obras, Lucas dirigia-se a um certo Teófilo, amigo de Deus, que tanto poderia ser um discípulo como uma comunidade, ou todo aquele que entrava em contato com a mensagem da Boa-Nova através dessa leitura. Com tal recurso literário, tornou seu Evangelho uma porta de entrada à salvação para todos os povos, concedendo o compartilhamento do Reino de Deus por todas as pessoas que antes eram excluídas pela antiga lei.

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Por que Nossa Senhora Aparecida é Padroeira do Brasil?


Porque o Papa Pio XI, em 16 de Julho de 1930, assinou o Decreto constituindo Nossa Senhora da Conceição Aparecida Padroeira do Brasil. Ele legitimou um fato já consagrado pelo povo.

Logo após a realização do Congresso Mariano de 1929, por empenho do então arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Sebastião Leme, e do reitor do Santuário na época, padre Antão Jorge Hechenblaickner, os bispos presentes no Congresso pediram e obtiveram do Papa Pio X, a graça de Nossa Senhora Aparecida ser declarada Padroeira do Brasil.

O decreto foi assinado pelo papa no dia 16 de julho daquele ano e a proclamação oficial se deu no Rio de Janeiro, então Capital Federal, no dia 31 de maio de 1931, perante uma multidão de fiéis, do Presidente da República, Dr. Getúlio Vargas, do Corpo Diplomático, de 25 bispos, do Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masela, de autoridades civis e militares.

Dom Leme conseguiu de Dom Duarte e do Cabido Metropolitano da Sé de São Paulo a licença, que a principio lhe foi negada, para levar à capital da República a Imagem de Nossa Senhora Aparecida.

O Missionário Redentorista, padre Júlio Brustoloni descreve em seu livro ‘História de Nossa Senhora Aparecida: A Imagem, o Santuário e as Romarias’ que naquele ano, a Imagem foi conduzida, saindo de Aparecida no dia 30 de maio para o Rio de Janeiro.

“A Imagem deixou seu nicho e foi conduzida pelo povo de Aparecida até a Estação local. Preces, lágrimas e emoção acompanhavam essa peregrinação histórica”, descreve padre Júlio no livro.

A publicação ainda relata que cerca de um milhão de pessoas foram prestar suas homenagens à Padroeira naquele dia 31. De manhã, o ponto alto foi a Missa Campal celebrada diante da Igreja de São Francisco de Paula, onde a multidão cantou e rezou participando da eucaristia.

Mais tarde, uma procissão conduziu a Imagem para a Praça da Esplanada do Castelo. Junto do altar da Padroeira, encontrava-se o então presidente da república, Getúlio Vargas, Ministros de Estado, autoridades civis, militares e eclesiásticas. O Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masella também esperava pela Virgem de Aparecida junto ao povo.
Notícias de jornais da época relatam que a imensa multidão repetiu com entusiasmo as palavras da consagração da nação e do povo a Nossa Senhora, proferidas por Dom Leme.

Era o Brasil que se consagrava à sua Senhora e Mãe: 

“Senhora Aparecida, o Brasil é vosso!
Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente.
Paz ao nosso povo!
Salvação para a nossa Pátria!
Senhora Aparecida, o Brasil vos ama, O Brasil, em vós confia!
Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama, Salve Rainha!”

Após os atos de consagração e prece, Dom Duarte levou a Imagem para o carro-capela, estacionado na Estação Dom Pedro II com destino à Aparecida.

Na época, o Superior Vice-Provincial, padre José Francisco Wand escreveu no livro de ponto da paróquia que é absolutamente certo que o dia 31 de maio de 1931 seria sempre um dos mais memoráveis na história eclesiástica da Terra de Santa Cruz.

“Este dia significa para Aparecida o desenvolvimento grandioso das romarias”, afirmava a mensagem.

Ainda nos dias de hoje, o Santuário Nacional de Aparecida, local onde se encontra a Imagem da Padroeira do Brasil, aos cuidados dos Missionários Redentoristas acolhe centenas de romarias vindas de todas as partes do país.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

07 de outubro - NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO

Fátima, 1917: "Sou a Senhora do Rosário"
Já no século XX, quando a Primeira Guerra Mundial estava em seu auge, Nossa Senhora veio, Ela mesma, em pessoa, lembrar aos homens que a solução para seus males estava ao alcance das mãos, nas contas do Rosário: "Rezai o Terço todos os dias para alcançar a paz e o fim da guerra", repetiu Ela maternalmente aos três pastorzinhos, em Fátima. Na última aparição, em outubro de 1917, a Virgem Maria disse quem era: "Sou a Senhora do Rosário". E para atestar a autenticidade das aparições e a importância do Rosário, operou um milagre de grandeza nunca vista, presenciado pela multidão de 70.000 pessoas que estavam no local: o sol girou no céu, ao meio-dia, parecendo precipitar-se sobre a terra, retomando depois sua posição habitual no firmamento.
Milagres dessa magnitude, só no Antigo Testamento encontramos. Mas nem assim o mundo deu ouvidos à Mãe de Deus. E nunca se abateram sobre a Terra tantas desgraças, nunca houve tantas guerras, nunca a desagregação moral chegou tão baixo.
Entretanto, o meio de obter a paz para o mundo, para as famílias, para os corações, continua ao alcance de nossas mãos, nas contas benditas do Rosário, que Maria Santíssima trazia suspenso de seu braço quando apareceu em Fátima.

domingo, 6 de outubro de 2013

A FORÇA DA FÉ

A fé brota em nós por iniciativa amorosa de Deus, fruto da experiência da Sua Graça. A Fé Teologal significa que nasce de Deus, que é ao jeito de Deus, que nasce da experiência de Deus, da escuta da sua Palavra, e nos possibilita ver, viver, amar, conhecer, saborear, optar ao jeito de Deus.

Fazemos a experiência da Fé como resposta agradecida a Deus que é digno de confiança, aquele que se compromete naquilo que promete, aquele que é o primeiro a ter Fé em nós, a comprometer-se conosco, a dar-Se por inteiro como Palavra e Vitalidade para que cada um de nós chegue a ser a plenitude a que está chamado.

A Fé Teologal, a que brota de Deus e nos faz ao seu jeito, a Fé Cristã, a que é fruto do Batismo no Espírito, é uma relação de confiança, segurança e construção pessoal, que brota da experiência de Deus, digno de Fé, por ser Amor e nada mais senão Amor. É digno de Fé e confiança porque é todo-poderoso no Amor. Quando experimentamos Deus assim, como não confiar? Tudo se transforma, tudo se saboreia de uma maneira nova, na certeza de que deixa de haver para nós montanhas intransponíveis e inimigos invencíveis.

"Se tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria". (Lc 17,6).

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Papa aceita renúncia de Dom Dadeus Grings e nomeia Dom Jaime Spengler como novo arcebispo de Porto Alegre

Renuncia e nomeação - Nesta quarta-feira, dia 18 de setembro, o Papa Francisco aceitou a renúncia ao governo pastoral da Arquidiocese de Porto Alegre, apresentada por Dom Dadeus Grings, por motivo de idade e elevou Dom Jaime Spengler à dignidade de arcebispo, nomeando-o como novo titular de Porto Alegre. O comunicado foi feito pela Nunciatura Apostólica no Brasil. 

Curriculo de Dom Jaime
Até esta data, o novo arcebispo era titular de Pátara e bispo auxiliar em Porto Alegre, exercendo a função específica de Vigário Episcopal do Vicariato de Gravataí. Aos 53 anos, Dom Jaime será o 7º arcebispo da história da Arquidiocese de Porto Alegre. Seu lema episcopal é: “In Cruce Gloriari – Gloriar-se na Cruz - inspirado na carta de São Paulo aos Colossenses. A data da posse canônica ainda será definida.


Dom Jaime nasceu no dia 06 de setembro de 1960, em Gaspar, Santa Catarina. Ingressou na Ordem dos Frades Menores onde emitiu seus primeiros votos religiosos em janeiro de 1983. Foi ordenado Diácono no dia 19 de junho de 1989 em Nazaré, Israel. Fez os cursos de filosofia e teologia em Petrópolis (RJ) e foi ordenado padre em novembro de 1990. Entre 1991 e 1995, foi mestre dos postulantes e professor no Seminário Frei Galvão. Em Roma, fez o doutorado de filosofia na Pontifícia Universidade Antonianum. 

Aos 10 de novembro de 2010, Dom Jaime foi nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Porto Alegre pelo Papa Bento XVI. A ordenação episcopal, presidida por Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil, aconteceu no dia 5 de fevereiro de 2011, na Paróquia São Pedro Apóstolo, na cidade de Gaspar.

Nomeado Vigário episcopal do Vicariato de Gravataí(RS), foi apresentado durante celebração eucarística na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Anjos (Gravataí), no dia 13 de março de 2011.

No exercício do seu ministério episcopal no Rio Grande do Sul, Dom Jaime atuou na CNBB Regional Sul 3 como referencial para o setor de Juventude. Em 25 de junho de 2011, foi escolhido para integrar a Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, sendo o Bispo Referencial para a Vida Consagrada no Brasil. No dia 15 de agosto de 2012, foi nomeado pelo Arcebispo Dom Dadeus Grings como Procurador e Ecônomo da Arquidiocese de Porto Alegre. Durante a 49ª Assembleia Anual do Episcopado Brasileiro, em Aparecida, em maio de 2013, foi escolhido pelos bispos do Rio Grande do Sul para ser o Bispo Referencial da Pastoral da Educação e Cultura, no Regional Sul-3 da CNBB.

Mandato de Dom Dadeus 
Em 2011, ao completar 75 anos e, conforme prevê o Código de Direito Canônico, Dom Dadeus Grings apresentou ao Vaticano a renúncia do cargo de arcebispo metropolitano. O processo de escolha levou dois anos até a decisão final do Papa Francisco. Dom Dadeus Grings justifica a demora na sucessão pela importância que a Arquidiocese de Porto Alegre possui: “A sucessão de Dom Vicente Scherer demorou três anos. Isso também mostra a importância que tem esta sede diocesana” disse.

Dom Dadeus Grings permaneceu por 12 anos à frente do governo pastoral da 5ª arquidiocese mais importante do Brasil. Na dinamização da Arquidiocese, destaca-se a formação dos Vicariatos (circunscrições eclesiásticas), que garantem melhor organização e ação pastoral mais eficiente nos 29 municípios que compõe a Arquidiocese. O Prelado também é autor de vasta produção bibliográfica, somando 28 livros e 21 cartilhas, sendo a mais recente “As comunidades paroquiais - Cartilha da Nova Paróquia”. Além disso, colaborou com centenas de artigos de em destacados jornais da capital gaúcha.


A ARQUIDIOCESE DE PORTO ALEGRE EM NÚMEROS 
Considerada pela Igreja como a 5ª mais importante do Brasil, a Arquidiocese de Porto Alegre foi fundada em 7 de maio de 1848 e elevada à dignidade de Arquidiocese em 1910. Possui população superior a 3 milhões de pessoas, abrangendo 29 municípios, divididos em quatro vicariatos territoriais: Porto Alegre, Canoas, Gravataí e Guaíba. 

Números mais detalhados da Igreja local mostra o seguinte perfil:

156 Paróquias 
739 Comunidades
17 Diaconias (serviços de caridade)
201 Padres diocesanos
59 Diáconos permanentes
155 Padres religiosos
139 Irmãos religiosos
1.123 Irmãs religiosas
2.129 Catequistas
2.906 Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão

Além disso, a Sede Metropolitana de Porto Alegre também congrega as Dioceses sufragâneas de Montenegro, Novo Hamburgo, Osório e Caxias do Sul. 


Postado por Magnus Regis - Jornalista PASCOM
Em 18 de setembro de 2013, às 7h 2min


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vaticano anunciará novo arcebispo de Porto Alegre nesta quarta-feira

Nesta quarta-feira, dia 18 de setembro, o Vaticano anunciará o nome do novo arcebispo metropolitano de Porto Alegre.

Às 7h, o arcebispo Dom Dadeus Grings, fará um pronunciamento às rádios católicas, quando revelará o nome de seu sucessor. Em seguida, às 9h, receberá a imprensa para um entrevista coletiva no salão nobre da Cúria Metropolitana.

Em 2011, ao completar 75 anos e, conforme prevê o Código de Direito Canônico, Dom Dadeus Grings apresentou ao Vaticano a renúncia do cargo de arcebispo metropolitano. O processo de escolha levou dois anos até a decisão final do Papa Francisco. Dom Dadeus Grings justifica a demora na sucessão pela importância que a Arquidiocese de Porto Alegre possui: “A sucessão de Dom Vicente Scherer demorou três anos. Isso também mostra a importância que tem esta sede diocesana” disse.

Considerada pela Igreja como a 5ª mais importante do Brasil, a Arquidiocese de Porto Alegre abrange 29 municípios, em quatro vicariatos territoriais: Porto Alegre, Canoas, Gravataí e Guaíba. Possui mais 700 comunidades, reunidas em 156 paróquias.

Além disso, é a Sede Metropolitana de Porto Alegre também congrega as Dioceses sufragâneas de Montenegro, Novo Hamburgo, Osório e Caxias do Sul.

Serviço: Coletiva de Imprensa
Anúncio do novo Arcebispo de Porto Alegre
7h – Entrevista às Rádios Católicas
9h – Entrevista de imprensa na Cúria Metropolitana
Rua Espírito Santo, 95

Informações: 

Pastoral da Comunicação – PASCOM
(51) 3095-9276
Magnus Regis – Jornalista
(51) 8159-6229 / 9590-1327


Postado por Magnus Regis - Jornalista PASCOM
Em 17 de setembro de 2013, às 18h 52min


quinta-feira, 12 de setembro de 2013

14 de setembro - Exaltação da Santa Cruz



Celebrando a festa da Exaltação da Santa Cruz, celebramos a vitória de Cristo que nos possibilita desde agora celebrar a nossa futura glória no céu. Pois, “se morremos com Cristo, cremos também que viveremos com Ele” (Rm 6,9).

A Festa da Exaltação da Santa Cruz celebra a cruz como instrumento de salvação, fonte de santidade e símbolo revelador da vitória de Jesus sobre o pecado, a morte e o demônio. Para os cristãos, a cruz é o maior símbolo da fé. Quando um cristão é apresentado à comunidade cristã, na cerimônia batismal, o primeiro sinal de acolhida é o sinal da cruz traçado pelo padre, pais e padrinhos, sinalando-nos para sempre com Cristo.

A Cruz recorda o Cristo crucificado, o seu sacrifício, o seu martírio que nos trouxe a salvação. Assim sendo, a Igreja há muito tempo passou a celebrar, exaltar e venerar a Cruz, inclusive como símbolo da árvore da vida que se contrapõe à árvore do pecado no paraíso, quando a serpente do paraíso trouxe a morte, a infelicidade a este mundo, incitando os pais a provarem o fruto da árvore proibida. (Gn 3,17-19)

No deserto, a serpente também provocou a morte dos filhos de Israel, que reclamavam contra Deus e contra Moisés (Nm 21,4-6). Arrependendo-se do seu pecado, o povo pediu a Moisés que intercedesse junto ao Senhor para livrá-los das serpentes. Assim, o Senhor, com sua bondade infinita, ordenou a Moisés que erguesse no centro do acampamento um poste de madeira com uma serpente de bronze pendurada no alto, dizendo que todo aquele que dirigisse seu olhar para a serpente de bronze se curaria. (Nm 21,8-9)

Esses símbolos do passado, muito conhecidos pelo povo (serpente, árvore, pecado, morte), nos dizem que na Festa da Exaltação da Santa Cruz, no lugar da serpente de bronze pendurado no alto de um poste de madeira, encontramos o próprio Jesus levantado no lenho da Cruz. Se o pecado e a morte tiveram sua entrada neste mundo através do demônio (serpente do paraíso) e do deserto, a bênção, a salvação e a vida eterna vêm do Cristo levantado no alto da Cruz, de onde Ele atrai para si os olhares de toda a humanidade.

A Cruz não é uma divindade, um ídolo feito de madeira, barro ou bronze, mas sim, santa e sagrada, onde pendeu o Salvador do mundo. Traçando o sinal da cruz em nossa fronte, a todo o momento nós louvamos e bendizemos a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo, agradecendo o tão grande bem e amor que, pela CRUZ, o Senhor continua a derramar sobre nós.



Longe de mim gloriar-me a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo (Gl 6, 14)


Até o Calvário, a cruz fora tida como sinal de vergonha, maldição, execração. Com a crucifixão de Cristo, desde então, ela se tornou símbolo de triunfo e vitória. Se da cruz vinha a maldição e a morte, agora, da cruz vem todo o bem e toda a graça. O Apóstolo Paulo aprofunda o mistério dizendo que a cruz lembra a humilhação extrema de Jesus que se despojou de sua dignidade de ser igual a Deus, “fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl 2,8). E ele mesmo afirma que “Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: Jesus Cristo é o Senhor!” (Fl 2, 8-11). Tendo tal compreensão da Paixão de Jesus e elaborado tal teologia a respeito do mistério da Cruz, torna-se perfeitamente compreensível a declaração de Paulo aos Gálatas de que para ele sem a cruz de Cristo não há glória possível. Oxalá possamos nós também proclamar e viver sempre essa mesma fé.

A cruz se apresenta em nossa vida de diversas maneiras: doença, pobreza, cansaço, dor, desprezo, solidão... Hoje, podemos examinar como é a nossa disposição habitual em face dessa cruz que, às vezes, se mostra áspera e dura, mas que, se a levamos com amor, converte-se em fonte de purificação, de vida e também de alegria. Queixamo-nos com frequência das contrariedades ou, pelo contrário, damos graças a Deus também nos fracassos, na dor, na contradição? Essas realidades nos afastam ou nos aproximam de Deus?


domingo, 8 de setembro de 2013

8 de setembro - Natividade de Nossa Senhora

A Natividade de Nossa Senhora é a festa de seu nascimento. É celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E no Ocidente, desde o século VII.

O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria para ser o nosso Salvador.


Maria nasceu de uma forma humana como cada um de nós: fruto do amor entre um homem e uma mulher, viveu em família e como toda jovem de seu tempo, um dia sonhou em casar-se e constituir sua própria família.

Uma vida normal, que talvez seguisse anônima se não fosse a sua aceitação total à vontade de Seu Senhor. Maria, escolhida por Deus para ser mãe de seu Filho que encarnaria para a salvação da humanidade, recebe esta escolha, não sem antes questionar – o questionamento próprio da natureza humana – mas profundamente aberta ao caminho que o Pai passava a lhe mostrar.

Celebrar a natividade de Nossa Senhora é celebrar um marco fundamental da história da salvação. Peça fundamental nessa história, Maria é a intercessão que ligará a Trindade à humanidade. Através de seu corpo, por Deus preparado livre do pecado, Jesus vem ao mundo e nele realiza seu mistério salvífico.

Que a Festa da Natividade nos faça relembrar essa história tão especial, com os olhos agradecidos diante daquela que soube dizer sim e, através disso, tornar-se mãe não somente de Jesus, mas de toda a humanidade.

Em seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, Pe. Antônio Vieira diz:

Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;
perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;
perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança;
os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz
os discordes: para Senhora da Paz;
os desencaminhados: para Senhora da Guia;
os cativos: para Senhora do Livramento;
os cercados: para Senhora da Vitória.
Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
os navegantes: para Senhora da Boa Viagem;
os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso;
os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte;
os pecadores todos: para Senhora da Graça
e todos os seus devotos: para Senhora da Glória.
E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

28 de agosto - SANTO AGOSTINHO DE HIPONA - Bispo e Doutor da Igreja

   

  Santo Agostinho nasceu em Tagaste (África) em 354. Depois de uma juventude conturbada, converteu-se aos 33 anos em Milão, onde foi batizado pelo bispo Santo Ambrósio. Regressando à sua pátria e eleito bispo de Hipona, desenvolveu uma enorme atividade por meio da pregação e dos seus escritos doutrinais em defesa da fé. Durante trinta e quatro anos, nos quais esteve à frente do seu rebanho, foi um modelo de serviço para todos e exerceu uma contínua catequese oral e escrita. É um dos grandes Doutores da Igreja. Morreu no ano 430.

  SANTO AGOSTINHO RECEBEU uma educação cristã de sua mãe, Santa Mônica. Como consequência desse desvelo materno, ainda que tenha permanecido muitos anos longe da verdadeira doutrina, sempre manteve viva a recordação de Cristo, cujo nome “eu bebera – diz ele – com o leite materno”. Quando regressou à fé católica, afirmou que voltava “à religião que me tinha sido incutida desde criança e que tinha penetrado até a medula do meu ser”.

  Essa educação materna e o amor à verdade, que sempre existiu na alma de Agostinho, não o livraram, porém, de cair em graves erros e de levar uma vida moral muito afastada de Deus. Os seus erros consistiram principalmente “no equacionamento errado das relações entre a razão e a fé, como se devesse escolher entre uma e outra; no presumível contraste entre Cristo e a Igreja, com a consequente persuasão de que teria de abandonar a Igreja para aderir de modo mais pleno a Cristo; e no desejo de ver-se livre da consciência de pecado, não pela remissão das faltas por obra da graça, mas pela negação da responsabilidade humana em cometê-las”.

  Depois de ter passado anos em busca da verdade sem encontrá-la, chegou à convicção, com a ajuda da graça que a sua mãe implorou constantemente, de que só na Igreja Católica é que encontraria a verdade e a paz para a sua alma. Compreendeu que a fé e a razão se ajudam mutuamente para conduzirem o homem ao conhecimento da verdade, e que cada uma tem o seu campo próprio. Persuadiu-se de que a fé, para saber-se segura, requer a autoridade divina de Cristo que se encontra na Sagrada Escritura, garantida pela Igreja.

  AGOSTINHO VIA CLARAMENTE onde estava a verdade, mas isso não bastou para resolver definitivamente o seu drama interior. Procurava desculpas para não dar o passo definitivo, que para ele significava, além disso, uma entrega radical a Deus, com a renúncia, por amor a Cristo, de um amor humano. “Não é que lhe fosse proibido casar-se – Agostinho sabia-o muito bem –, mas o que não queria era ser cristão senão desse modo: renunciando também ao ideal tão almejado da família e dedicando-se com toda a alma ao amor e à posse da Sabedoria [...]. Com grande vergonha, interrogava-se: «Não podes, porventura, fazer o que fizeram estes jovens e estas jovens?» (Conf. 8, 11, 27). Surgiu-lhe assim um drama interior, profundo e lancinante, que a graça divina conduziu a bom termo”.

  Deu esse passo definitivo no verão do ano 386, e nove meses mais tarde, na noite de 24 para 25 de abril do ano seguinte, durante a Vigília pascal, teve o seu encontro definitivo com Cristo, ao receber o batismo das mãos de Santo Ambrósio. Assim conta ele a serena e radical decisão que mudaria completamente a sua vida: “Entramos (ele, seu amigo Alípio e seu filho Adeodato) para ver minha mãe; contamos-lhe tudo e ela encheu-se de alegria. Dissemos-lhe como sucedera, e ela saltava de alegria e cantava vitória, bendizendo a Deus que é poderoso para nos dar mais do que pedimos ou entendemos (Ef 3, 20); via que Deus lhe concedera em mim muito mais do que constantemente lhe pedia nas suas queixas lastimosas e chorosas. De tal maneira Deus me converteu a Si que eu já não queria esposa, nem punha já a minha esperança em coisa alguma deste mundo”. Cristo invadira por completo o seu coração.

  Santo Agostinho nunca esqueceu aquela noite memorável. “Recebemos o batismo – recorda passados anos – e dissipou-se em nós a inquietação pela vida passada. Naqueles dias, não me cansava de considerar com doçura admirável os profundos desígnios divinos sobre a salvação do gênero humano”. E acrescenta: “Quantas lágrimas derramei, Senhor, ouvindo os teus hinos e cânticos, que ressoavam docemente na tua Igreja!”

  Anos mais tarde, sendo já bispo, Santo Agostinho recordava assim a sua conversão num sermão aos fiéis: “Pois eu reconheço a minha culpa e tenho diante de mim o meu pecado. Quem ora assim não olha para os pecados alheios, mas examina-se a si próprio, e não de maneira superficial, como quem apalpa, mas aprofundando no seu interior. Não se perdoa a si mesmo, e precisamente por isso pode atrever-se a pedir perdão”.

  Assim foi a vida de Santo Agostinho: uma contínua busca de Deus.


  Fonte: http://www.hablarcondios.org/pt/meditacaodiaria.asp

terça-feira, 27 de agosto de 2013

27 de Agosto - Santa Mônica

   
Santa Mônica nasceu em Tagaste (África), em 331, de família cristã. Muito jovem, foi dada em casamento a um homem pagão chamado Patrício, de quem teve vários filhos, entre eles Agostinho, cuja conversão alcançou da misericórdia divina com muitas lágrimas e orações. É um modelo perfeito de mãe cristã. Morreu em Óstia (Itália) no ano 387.
  
Durante muitos anos, Agostinho, filho de Santa Mônica, estivera afastado de Deus e morto para a graça pelo pecado. A Santa, cuja memória celebramos hoje, foi a mãe irrepreensível que, com o seu exemplo, lágrimas e orações, obteve do Senhor a ressurreição espiritual daquele que seria um dos maiores santos e doutores da Igreja. A fidelidade de Santa Mônica a Deus, dia a dia, obteve também a conversão do seu marido Patrício, que era pagão, e exerceu uma influência decisiva em todos aqueles que de alguma maneira pertenciam ao núcleo familiar. Santo Agostinho resume com estas palavras a vida de sua mãe: “Cuidou de todos os que vivíamos juntos depois de batizados, como se fosse mãe de todos; e serviu-nos como se fosse filha de cada um de nós”.
  
Santa Mônica sempre esteve preocupada com a conversão do seu filho: chorou muito, suplicou a Deus com insistência e não cessou de pedir a pessoas sábias e boas que falassem com o filho e procurassem convencê-lo a abandonar os seus erros. Certo dia, Santo Ambrósio, bispo de Milão, a quem Santa Mônica tinha recorrido muitas vezes, despediu-se dela com estas palavras, tão consoladoras para tantos pais e mães ao longo dos séculos: “Vá em paz, mulher, e fique tranquila, pois é impossível que se perca o filho de tantas lágrimas”. O exemplo de Santa Mônica ficou gravado de tal modo na mente de Santo Agostinho que, anos mais tarde, certamente lembrando-se da sua mãe, exortava: “Procurai com todo o cuidado a salvação dos da vossa casa”.
  
A família é verdadeiramente o lugar adequado para que os filhos recebam, desenvolvam e muitas vezes recuperem a fé. “Como é grato para o Senhor ver que a família cristã é verdadeiramente uma igreja doméstica, um lugar de oração, de transmissão da fé, de aprendizagem – através do exemplo dos mais velhos – de atitudes cristãs sólidas, que se conservam ao longo de toda a vida como o legado mais sagrado! Já se disse de Santa Mônica que foi duas vezes mãe de Agostinho, porque não apenas o deu à luz, mas resgatou-o para a fé católica e para a vida cristã. Assim devem ser os pais cristãos: duas vezes progenitores dos seus filhos, na sua vida natural e na sua vida em Cristo e espiritual”. E alcançarão um duplo prêmio do Senhor e uma dupla alegria no Céu.
  
Hoje pedimos a Santa Mônica que nos dê a firmeza com que ela perseverou na oração e que ajude todas as famílias a conservar o tesouro da piedade familiar, ainda que em muitos lugares os costumes que se vêm estendendo não sejam favoráveis: temos de ver no ambiente adverso que nos rodeia um motivo mais para nos empenharmos em fazer com que Deus seja realmente o centro do todos os lares, a começar pelo nosso. Assim a vida familiar será uma antecipação do Céu.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Quarto Domingo do Mês de Agosto - Vocações Leigas - Dia dos Ministérios Leigos


Neste dia celebramos todos os leigos que, entre família e afazeres, dedicam-se aos trabalhos pastorais e também missionários. Os leigos atuam como colaboradores dos padres na catequese, na liturgia, nos ministérios de música, nas obras de caridade e nas diversas pastorais existentes.

Ser leigo atuante é ter consciência do chamado de Deus a participar ativamente da Igreja e do Reino contribuindo para a caminha e o crescimento das comunidades rumo a Pátria Celeste. Todo leigo tem um carisma e recebe dons de Deus que são colocados a serviço do próximo pelo bem de todos. Assumir esta vocação é doar-se pelo Evangelho e estar junto a Cristo em sua missão de salvação e redenção.

Nos anos em que o mês de agosto possui cinco domingos, a Igreja celebra neste dia o ministério do Catequista - O Dia do Catequista é celebrado em 25 de agosto em todo Brasil. Os catequistas são, por vocação e missão, os grandes promovedores da fé na comunidade cristã preparando crianças, jovens e adultos não só para os sacramentos, mas também para darem testemunho de Cristo e do Evangelho no mundo.

Peçamos a Deus, pelas mão da Virgem Santíssima, a graça de vivermos fielmente a vocação pela qual o Senhor nos comunicou. Que cada um em seu chamado cumpra com alegria a vontade do Bom Pastor, sendo sal da terra e luz do mundo, testemunhas vivas, conscientes e ardorosas na grande messe do Senhor.


sábado, 17 de agosto de 2013

Terceiro Domingo de Agosto - Vocações Religiosas - Dia da Vida Religiosa e Assunção de Nossa Senhora

No terceiro domingo do mês vocacional, a Igreja lembra dos religiosos. Homens e mulheres que consagraram suas vidas a Deus e ao próximo. Desta vocação brotam carismas e atuações que enriquecem nossas comunidades com pessoas que buscam viver verdadeiramente seus votos de castidade, obediência e pobreza. São testemunhos vivos do Evangelho.

Perseverantes, os religiosos estão a serviço do Povo de Deus por meio da oração, das missões, da educação e das obras de caridade. Com sua vida consagrada, eles demonstram que a vida evangélica é plenamente possível de ser vivida, mesmo em mundo excessivamente material e consumista. São sinais do amor de Deus e da entrega que o homem é capaz de fazer ao Senhor.



No dia da Assunção de Maria aos céus, lembramos, dentro do mês vocacional, o dia dos religiosos e religiosas que encontram na Mãe de Jesus o ideal da consagração da vida a serviço dos irmãos. Apresentam ao mundo um modo simples e alegre de viver. Marcam presença nos lugares de maiores necessidades. São homens e mulheres que consagram a existência a serviço da caridade e da evangelização. Toda a nossa ação pastoral precisa refletir o exemplo de serviço e humildade de Maria na sua fidelidade e no seu sim a Deus. A festa da Assunção de Maria é também a festa da nossa esperança.

terça-feira, 13 de agosto de 2013


EVITAR ACÚMULO DE FUNÇÕES

O verdadeiro trabalho em equipe funciona como um corpo, onde cada membro tem a sua função. No corpo de Cristo, que é a Igreja, do qual fazemos parte, também deve ser assim. Nele há várias funções e cada prestador(a) de serviço deve exercer bem a sua função. E somente a sua! No corpo, o pé não pode fazer as vezes da mão; a mão não pode substituir a cabeça... No trabalho em equipe é a mesma coisa. Nele deve estar muito bem expresso aquilo que somos, corpo de Cristo feito de muitos membros, e cada qual com sua função a serviço do todo. O padre não deve fazer as leituras ou as preces, que cabem ao povo.

O povo não deve rezar as orações que competem ao padre. O coral não deve substituir o povo nas partes que lhe competem. Cada qual deve ficar com a sua função, com o seu serviço, e fazê-lo bem. Portanto, deve-se evitar que a mesma pessoa acumule o serviço de outras: ser leitor e acólito, cantor e animador... Trata-se de um princípio que vem do próprio Concílio Vaticano II: “Nas celebrações litúrgicas, cada qual, ministro ou fiel, ao desempenhar a sua função, faça tudo e só aquilo que, pela natureza da coisa ou pelas normas litúrgicas, lhe compete” (SC 28).

TRABALHAR COMO UM CORPO

“Porém, não basta ter bons leitores(as), bons animadores(as), cantores(as), recepcionistas, um bom presidente...” – escreve a teóloga liturgista Ione Buyst – “É preciso que juntos formem uma equipe de celebração. Uma equipe é como uma banda: cada instrumento é importante para o conjunto, mas nenhum instrumento deve tocar isolado dos outros. Uma equipe é como um time de futebol: cada jogador tem uma tarefa e uma posição. Mas é o time que joga, é o time que perde, é o time que ganha, e não cada jogador isolado.

Uma equipe é como uma palavra: somente o conjunto das letras é que dá o significado da palavra. As letras, isoladas uma da outra, não dizem nada. Assim também numa equipe de celebração; não são os leitores os únicos responsáveis pela leitura, e sim toda a equipe. Não é o presidente o único responsável por uma boa homilia, por um clima de oração e de participação: toda a equipe é responsável” (Equipe de Liturgia. Petrópolis, Vozes, 2000, p. 56).

EVITAR MONOPÓLIOS

Houve uma época em que o padre decidia tudo sozinho sobre o andamento da celebração. E ainda existem padres que não assimilaram a renovação do Vaticano II. Afirmam que “não precisam da equipe”, que ela “complica tudo”, que ele “dá conta da celebração muito bem sozinho”. E houve também um tempo em que os leitores, cantores etc. eram considerados como uma espécie de “ajudantes do padre”, tarefeiros. O que o padre mandava, eles executavam. Mas não formavam com o padre uma equipe que refletia, decidia e trabalhava em comum.

Hoje, há o perigo de a equipe cair no mesmo erro. O erro do “monopólio”, pensando ser ela a única que pode agir no campo, fazendo-se a dona da celebração. “Na verdade, a equipe deve lembrar sempre que está aí como parte da assembleia. Deve ficar em permanente contato com a comunidade, colhendo sugestões e críticas, convidando pessoas para entrar na equipe, criando novas equipes para atender às novas necessidades da comunidade. Tudo deve ser feito em espírito de serviço: com competência e humildade, com amor e disponibilidade, com dedicação e simplicidade... Nada de autoritarismo, formalismo, ares de poder...” (ibid., p. 57).

Aqui vale lembrar o que Paulo escreve à comunidade de Filipos, e que serve, com certeza, para o trabalho das equipes: “Se, pois, vale alguma consolação em Cristo, algum estímulo caridoso, alguma comunhão no Espírito, alguma ternura e compaixão, completai a minha alegria permanecendo unidos no mesmo pensar, no mesmo amor, no mesmo ânimo, no mesmo sentir. Não façais nada por espírito de competição, por vanglória; ao contrário, levados pela humildade, considerai uns aos outros superiores, não visando o próprio interesse mas o dos outros. Tende em vós os mesmos sentimentos que Cristo Jesus teve...” (Fl 2,1-5).

ENFIM ...

Para um bom “trabalho” em equipe, também não se deve ficar apenas no trabalho. “É preciso uma boa dose de amizade, de aprofundamento da fé e de oração em comum. De vez em quando, uma confraternização ou um piquenique... pode ajudar bastante. Há também equipes que fazem questão de participar do aniversário de cada um de seus membros... Tudo com simplicidade, é claro” (ibid., p. 58).


Fonte: http://www.pime.org.br/mundoemissao/teologiatrabalhar.htm