Santo Tomás de Aquino é considerado o maior teólogo da
Idade Média, cujo pensamento exerce ainda grande influência no estudo da
teologia de nossos tempos. Escreveu várias obras, sendo, a mais conhecida e
importante, lida e comentada ainda hoje, a Suma teológica.
A primeira questão
de que se ocupa Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua obra máxima - é a das
relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na
revelação, a teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é serva ou
auxiliar. À filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar a
existência e a natureza de Deus.
Escreveu também Comentários à Sagrada
Escritura, Comentários ao Mestre das sentenças, De Trinitate, De Veritatem,
Suma contra os gentios, Quaestiones Disputatae...
Nasceu por volta do ano 1225, da família dos Condes de
Aquino. Estudou primeiramente no mosteiro de Monte Cassino e depois em Nápoles.
Ingressou na Ordem dos Frades Dominicanos e completou os estudos em Paris e em
Colônia, tendo tido como professor Santo Alberto Magno. Escreveu muitas obras
de grande erudição, e, como professor, lecionou disciplinas filosóficas e
teológicas, o que lhe valeu grande reputação. Morreu nas proximidades de
Terracina, a 7 de março de 1274. Sua memória é celebrada a 28 de janeiro, data
em que seu corpo foi trasladado para Toulouse (França), em 1369.
Como teólogo foi sempre considerado, e por isso recebeu
os títulos de Doutor Angélico, Doutor Comum, Doutor Universal. Embora a sua
eminência teológica, esta não ofusca a sua excelência filosófica. Muitas vezes
a ímpar sabedoria filosófica do Aquinense é esquecida, citado que é em geral
como teólogo. A sua original e superior grandeza filosófica é, por vezes,
desconhecida.
Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás de
Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos
sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma ideia
clara e distinta.
S. Tomás não elaborou sozinho a sua filosofia, não a
tirou apenas da sua genial inteligência, mas recebeu contribuição dos helênicos
Platão e Aristóteles, dos israelitas Avicebron e Maimônides, dos árabes Avicena
e Averróis, dos Padres da Igreja, sobretudo de Santo Agostinho, da metafísica
implícita na Revelação, e com o seu agudíssimo espírito crítico uniu a herança
recebida daqueles predecessores às suas contribuições pessoais, e formulou o
seu admirável Realismo metafísico que nos legou. A essência deste Realismo está
condensada nas XXIV Teses Tomistas.
As XXIV Teses Tomistas foram consignadas justamente para revelarem os postulados da autêntica filosofia de S. Tomás. Há realmente uma original e verdadeira filosofia de S. Tomás – o Tomismo.
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