sexta-feira, 27 de junho de 2014

27 de junho - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

A devoção à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada a partir de 1870 e espalhou-se por todo o mundo.

Trata-se de uma pintura do século XIII, de estilo bizantino. Segundo a tradição, foi trazida de Creta, Grécia, por um negociante. E, desde 1499, foi honrada na Igreja de São Mateus in Merulana.. Em 1812, o velho Santuário foi demolido. O quadro foi colocado, então, num oratório dos padres agostinianos. Em 1866, os redentoristas obtiveram de Pio IX o quadro da imagem milagrosa.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocada na Igreja de Santo Afonso, em Roma. De semblante grave e melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz. Ela é a senhora da morte e a rainha da vida, o Auxílio dos cristãos, o socorro seguro e certo dos que a invocam com amor filial.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, rogai por nós!


sexta-feira, 20 de junho de 2014

Papa Francisco: Não tenham medo de Deus, Ele perdoa sempre!

Vaticano, 11 Jun. 14 / 12:12 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco terminou nesta quarta-feira a sua catequese sobre os dons do Espírito Santo abordando nesta ocasião o dom do temor de Deus, o qual –afirmou, ajuda o fiel a estar alerta quando está indo pelo caminho do pecado e a entender que “não significa ter medo de Deus: sabemos bem que Deus é Pai e que nos ama e quer a nossa salvação e sempre perdoa, sempre”.
Debaixo do sol de Roma, o Papa dirigiu a Audiência Geral ante uma Praça de São Pedro cheia de fiéis, e explicou-lhes que este dom “nos recorda quanto somos pequenos diante de Deus e do seu amor e que o nosso bem está em nos abandonarmos com humildade, com respeito e confiança em suas mãos”. “É um dom que faz de nos cristãos convictos, entusiasmados, que não ficam submetidos ao Senhor por medo, mas porque são comovidos e conquistados pelo seu amor!”.
A seguir, a íntegra da catequese por cortesia da Rádio Vaticano:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
O dom do temor de Deus, do qual falamos hoje, conclui a série dos sete dons do Espírito Santo. Não significa ter medo de Deus: sabemos bem que Deus é Pai e que nos ama e quer a nossa salvação e sempre perdoa, sempre; por isso não há motivo para ter medo Dele! O temor de Deus, em vez disso, é o dom do Espírito que nos recorda quanto somos pequenos diante de Deus e do seu amor e que o nosso bem está em nos abandonarmos com humildade, com respeito e confiança em suas mãos. Este é o temor de Deus: o abandono na bondade do nosso Pai que nos quer tanto bem.
1. Quando o Espírito Santo faz morada em nosso coração, infunde em nós consolo e paz e nos leva a nos sentirmos assim como somos, isso é, pequenos, com aquela atitude – tão recomendada por Jesus no Evangelho – de quem coloca todas as suas preocupações e as suas expectativas em Deus e se sente envolvido e apoiado pelo seu calor e pela sua proteção, justamente como uma criança com o seu pai! O Espírito Santo faz isso nos nossos corações: nos faz sentir como crianças nos braços do nosso pai.
Nesse sentido, então, compreendemos bem como o temor de Deus vem assumir em nós a forma da docilidade, do reconhecimento e do louvor, enchendo o nosso coração de esperança. Tantas vezes, de fato, não conseguimos acolher o desígnio de Deus e percebemos que não somos capazes de assegurarmos por nós mesmos a felicidade e a vida eterna. É justamente na experiência dos nossos limites e da nossa pobreza, porém, que o Espírito nos conforta e nos faz perceber como a única coisa importante é deixar-nos conduzir por Jesus entre os braços do seu Pai.
2. Eis porque temos tanta necessidade deste dom do Espírito Santo. O temor de Deus nos faz tomar consciência de que tudo vem da graça e que a nossa verdadeira força está unicamente em seguir o Senhor Jesus e em deixar que o Pai possa derramar sobre nós a sua bondade e a sua misericórdia. Abrir o coração para que a bondade e a misericórdia de Deus venham até nós.
O Espírito Santo faz isso com o dom do temor de Deus: abre os corações. Coração aberto a fim de que o perdão, a misericórdia, a bondade, os carinhos do Pai venham a nós, para que nós sejamos filhos infinitamente amados.
3. Quando somos permeados pelo temor de Deus então somos levados a seguir o Senhor com humildade, docilidade e obediência. Isto, porém, não com atitude de resignação, passiva, mesmo lamentosa, mas com o estupor e a alegria de um filho que se reconhece servido e amado pelo Pai.
O temor de Deus, então, não faz de nós cristãos tímidos, acomodados, mas gera em nós coragem e força! É um dom que faz de nos cristãos convictos, entusiasmados, que não ficam submetidos ao Senhor por medo, mas porque são comovidos e conquistados pelo seu amor! Ser conquistado pelo amor de Deus! E isto é uma coisa bela. Deixar-se conquistar por este amor de pai, que nos ama tanto, ama-nos com todo o seu coração.
Mas, estejamos atentos, porque o dom de Deus, o dom do temor de Deus é também um “alarme” diante da persistência no pecado. Quando uma pessoa vive no mal, quando blasfema contra Deus, quando explora os outros, quando lhes tiraniza, quando vive somente para o dinheiro, para a vaidade, o poder ou o orgulho, então o santo temor de Deus nos coloca um alerta: atenção! Com todo este poder, como todo este dinheiro, com todo o teu orgulho, com toda a tua vaidade, não serás feliz. Ninguém pode levar consigo para o outro lado nem o dinheiro nem o poder, nem a vaidade nem o orgulho. Nada! Podemos levar somente o amor que Deus Pai nos dá, os carinhos de Deus, aceitos e recebidos por nós com amor. E podemos levar aquilo que fizemos pelos outros. Atenção para não colocar a esperança no dinheiro, no orgulho, no poder, na vaidade, porque tudo isso não pode nos prometer nada de bom!
Penso, por exemplo, nas pessoas que têm responsabilidade sobre os outros e se deixam corromper; vocês pensam que uma pessoa corrupta será feliz do outro lado? Não, todo o fruto da sua corrupção corrompeu o seu coração e será difícil ir para o Senhor.
Penso naqueles que vivem do tráfico de pessoas e do trabalho escravo; vocês pensam que esta gente que trafica as pessoas, que explora as pessoas com o trabalho escravo tem no coração o amor de Deus? Não, não têm o temor de Deus e não são felizes. Não são.
Penso naqueles que fabricam armas para fomentar guerras; mas pensem que profissão é esta. Estou certo de que se faço agora a pergunta: quantos de vocês são fabricantes de armas? Ninguém, ninguém. Estes fabricantes de armas não vem ouvir a Palavra de Deus! Estes fabricam a morte, são mercantes de morte e fazem mercadoria de morte.
Que o temor de Deus faça com que eles compreendam que um dia tudo termina e que deverão prestar contas a Deus.
Queridos amigos, o Salmo 34 nos faz rezar assim: “Este miserável clamou e o Senhor o ouviu, de todas as angústias o livrou. O anjo do Senhor acampa em redor dos que o temem e os salva” (vv. 7-8). Peçamos ao Senhor a graça de unir a nossa voz àquela dos pobres, para acolher o dom do temor de Deus e poder nos reconhecermos, junto a eles, revestidos da misericórdia e do amor de Deus, que é o nosso Pai, o nosso Pai. Assim seja.

Fonte: http://www.acidigital.com/

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Papa Francisco: Ter piedade não é fazer cara de santo ou fazer de conta que é um santo


Vaticano, 04 Jun. 14 / 01:50 pm (ACI/EWTN Noticias).- Durante a Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco refletiu sobre o dom da piedade, que não significa ter compaixão, fazer “cara de santo” ou fazer de conta que é um santo, mas é “autêntico espírito religioso, de intimidade filial com Deus, daquela capacidade de rezar a Ele com amor e simplicidade que é própria das pessoas humildes de coração”.
Diante dos fiéis congregados na Praça de São Pedro, Francisco alentou a cultivar este dom porque “seremos capazes de alegar-se com quem está na alegria, de chorar com quem chora, de estar próximo a quem está sozinho ou angustiado, de corrigir quem está no erro, de consolar quem está aflito, de acolher e socorrer quem está precisando. Há uma relação muito estreita entre o dom da piedade e a mansidão”.
Segue abaixo, a íntegra da catequese por cortesia da Rádio Vaticano:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia,
Hoje queremos nos concentrar em um dom do Espírito Santo que tantas vezes é mal entendido ou considerado de modo superficial, e em vez disso toca no coração a nossa identidade e a nossa vida cristã: trata-se do dom da piedade.
É preciso esclarecer logo que este dom não se identifica com ter compaixão de alguém, ter piedade do próximo, mas indica a nossa pertença a Deus e a nossa ligação profunda com Ele, uma ligação que dá sentido a toda a nossa vida e que nos mantém sadios, em comunhão com Ele, mesmo nos momentos mais difíceis e conturbados.
1. Esta ligação com o Senhor não deve ser entendida como um dever ou uma imposição. É uma ligação que vem de dentro. Trata-se de uma relação vivida com coração: é a nossa amizade com Deus, dada a nós por Jesus, uma amizade que muda a nossa vida e nos enche de entusiasmo, de alegria. Por isso, o dom da piedade suscita em nós antes de tudo a gratidão e o louvor. É este, na verdade, o motivo e o sentido mais autêntico do nosso culto e da nossa adoração.
Quando o Espírito Santo nos faz perceber a presença do Senhor e todo o seu amor por nós, aquece-nos o coração e nos move quase naturalmente à oração e à celebração. Piedade, então, é sinônimo de autêntico espírito religioso, de intimidade filial com Deus, daquela capacidade de rezar a Ele com amor e simplicidade que é própria das pessoas humildes de coração.
2. Se o dom da piedade nos faz crescer na relação e na comunhão com Deus e nos leva a viver como seus filhos, ao mesmo tempo nos ajuda a dirigir este amor também para os outros e a reconhecê-los como irmãos. E então sim seremos movidos por sentimentos de piedade – não de pietismo! – nos confrontos com quem está próximo a nós e com aqueles que encontramos todos os dias. Por que digo não de pietismo? Porque alguns pensam que ter piedade é fechar os olhos, fazer uma cara de imagem, fazer de conta que é um santo. No dialeto piemontês se diz ‘fare la “mugna quacia”’. Este não é o dom da piedade.
O dom da piedade significa ser realmente capaz de alegar-se com quem está na alegria, de chorar com quem chora, de estar próximo a quem está sozinho ou angustiado, de corrigir quem está no erro, de consolar quem está aflito, de acolher e socorrer quem está precisando. Há uma relação muito estreita entre o dom da piedade e a mansidão. O dom da piedade que nos dá o Espírito Santo nos faz mansos, nos faz tranquilos, pacientes, em paz com Deus, a serviço dos outros com mansidão.
Queridos amigos, na Carta aos Romanos o apóstolo Paulo afirma: “Todos aqueles que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai” (Rm 8,14-15).

Peçamos ao Senhor que o dom do seu Espírito possa vencer o nosso temor, as nossas incertezas, também o nosso espírito inquieto, impaciente, e possa nos tornar testemunhas alegres de Deus e do seu amor, adorando o Senhor em verdade e também no serviço ao próximo com mansidão e com sorriso que sempre o Espírito Santo nos dá na alegria. Que o Espírito Santo dê a todos nós este dom da piedade.
Fonte: http://www.acidigital.com/