sábado, 29 de junho de 2013

29 de Junho - São Pedro e São Paulo


A solenidade de são Pedro e de são Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

E mais: depois da Virgem Santíssima e de são João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de junho, há: 25 de janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes. Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios.

A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma. São Pedro e são Paulo não fundaram a cidade, mas são considerados os "Pais de Roma". Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue "fundaram" a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.


São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: "Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja". São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o "Apóstolo dos Gentios".

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

27 de Junho - Nossa Senhora do Perpétuo Socorro



Hoje nossa Igreja festeja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, cuja devoção foi e continua sendo difundida pelos padres da Congregação do Santíssimo Redentor ou Padres Redentoristas. No Brasil, a devoção alcançou uma grande popularidade.

Foi no ano de 1870 que a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro começou a ser propagada e espalhou-se por todo o mundo. A pintura do quadro é do século XIII, no estilo bizantino. Desde o ano de 1499 é venerada na Igreja de São Mateus, que segundo contam, veio de Creta, Grécia, pelas mãos de um negociante.

O quadro foi colocado num oratório dos padres Agostinianos em 1812, quando o velho Santuário foi totalmente demolido. No ano de 1866, os Redentoristas obtiveram das mãos do Papa Pio IX, o quadro da imagem milagrosa.

O quadro de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro foi colocado na Igreja de Santo Afonso, em Roma. Ela é a Senhora da morte e a Rainha da Vida, o Auxílio de nos cristãos, nosso porto seguro quando invocamos seu auxílio com amor filial.

Com um semblante melancólico, Nossa Senhora traz no braço esquerdo o Menino Jesus, ao qual o Arcanjo Gabriel apresenta quatro cravos e uma cruz.

Não desprezeis as minhas súplicas,
ó Mãe do Filho de Deus humanado,
mas dignai-vos de as ouvir favoravelmente,
e de me alcançar o que vos rogo. Amém.

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro socorrei-nos. Amém.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

24 de Junho - Natividade de São João Batista



Hoje, a Igreja celebra a festa da natividade de João, o batista. De todos os santos, João é o único do qual celebramos o nascimento. Todos os outros têm a festa celebrada no dia da morte. 
 
 
Os Evangelhos nos revelam a inauguração da missão salvífica de Jesus a partir do batismo recebido pelas mãos do precursor João e da manifestação da Trindade Santa.
 
 
O que o tornou tão importante para a história do Cristianismo é que, além de ser o último profeta a anunciar o Messias, foi ele quem preparou o caminho do Senhor com pregações conclamando os fiéis à mudança de vida e ao batismo de penitência (por isso “Batista”). Como nos ensinam as Sagradas Escrituras: “Eu vos batizo na água, em vista da conversão; mas aquele que vem depois de mim é mais forte do que eu: eu não sou digno de tirar-lhe as sandálias; ele vos batizará no Espírito Santo” (Mateus 3,11).
 
 
O dia de seu nascimento é chamado de "Aurora da Salvação". João inicia sua missão alguns anos antes de Jesus iniciar a sua própria missão terrestre. 
 
 
 Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele de origem sacerdotal e já com idade bem avançada. Conforme a indicação de Lucas, Zacarias recebeu o anúncio do anjo de que seria pai. Duvidou e ficou mudo. Isabel, confiante, gerou João, o último profeta e o primeiro apóstolo. O menino foi crescendo e fortificando-se em espírito e viveu nos desertos até o dia em que se apresentou diante de Israel.
 
 
 Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anunciava a vinda do Messias prometido e esperado. Sua originalidade era o convite a receber a purificação com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Daí o seu apelido de Batista.
 
 
São João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias aparecesse. Grande anunciador do Reino e denunciador dos pecados, ele foi preso por não concordar com as atitudes pecaminosas de Herodes, acabando decapitado devido ao ódio de Herodíades, que fora esposa do irmão deste [Herodes], com a qual este vivia pecaminosamente.


 

domingo, 9 de junho de 2013

Festa de São José

São José, padroeiro de nossa capela e de nossa comunidade que é una e única apesar da diversidade de carismas e de modos de vida, o que constitui um enriquecimento para todos, porque há um só Senhor, uma só fé, um só Batismo e um só Deus e Pai de todos, foi comemorado hoje, em nossa Paróquia.

A Festa começou com a Celebração Eucarística, na Igreja São José, as 8h, seguida de carreata pelo bairro São José, Parque Universitário e Ozanan em direção à Paróquia N. Sª da Conceição onde o Pe. Wagner presidiu a Celebração Eucarística as 10h30min. Após, houve a confraternização, com um almoço, numa grande festa no Salão Paroquial, onde contamos com a presença de 900 pessoas, que dançaram ao ritmo da Banda Solus.

Viva São José! Por nossa una e única comunidade, reunida com fé e devoção, que ajuda a Igreja a estar sempre a caminho, damos glória ao Senhor!

Festeiros:
Elio e Isoleti Wolf
Luciano e Cleci Novakowski
Paulo e Liane Pinzon
Salésio e Rose Coan
Remi e Ivete Menetrier
Quito e Elvira Munhoz
Adélcio e Jaci Locatelli
Paraninfos da festa:
Valdomiro e Suzara Gambin



sábado, 8 de junho de 2013

São José: Meu bom amigo

Meu Bom José - Pe. Zezinho



Olhe o que foi meu bom José
Se apaixonar pela donzela
Dentre todas a mais bela
De toda sua Galileia

Casar com Debora ou com Sara
Meu bom José, você podia
E nada disso acontecia,
Mas você foi amar Maria

Você podia ser simplesmente
Ser carpinteiro e trabalhar
Sem nunca ter que se exilar
E se esconder com Maria

Meu bom José você podia
Ter muitos filhos com Maria
E teu oficio ensinar
Como teu pai sempre fazia

Porque será meu bom José
Que esse teu pobre filho um dia
Andou com estranhas ideias
Que fizeram chorar Maria

Me lembro as vezes de você
Meu bom José, meu pobre amigo
Que dessa vida só queria

Ser feliz com sua Maria

Meu Bom José

sexta-feira, 7 de junho de 2013

músicas que nunca deveriam ser cantadas numa missa

O erro mais comum na escolha de cantos para a missa é a modificação de trechos fixos da missa com o intuito de inovar. É o que explica muito bem o nosso amigo Rafael Vitola Brodbeck num artigo recente ao diferenciar as partes fixas das partes variáveis da missa:
Ordinário é a parte fixa da Missa, aquilo que nunca – ou raramente – muda: o Sinal-da-cruz, o Ato Penitencial, o Kyrie, o Glória, o Credo, o Ofertório, o diálogo antes do Prefácio, o Santo, a Consagração, o Pai Nosso etc.
Próprio é a parte variável, aquilo que muda conforme o dia, o tempo e as intenções: a Coleta (Oração do Dia), as leituras da Liturgia da Palavra, a Oração sobre as Oferendas, o Prefácio, a Oração depois da Comunhão. Daí que o conjunto desses elementos de uma determinada Missa se chame “Próprio da Missa”. Assim, há o Próprio da Missa do III Domingo do Advento, o Próprio da Missa de Defuntos, o Próprio da Missa de Pentecostes, o Próprio da Missa da Noite de Natal, o Próprio da Missa pelo Papa, o Próprio da Missa de Batismo etc.
Tendo isso em conta, escolhi cantos que considero impróprios para a Santa Missa. Depois que você interioriza esses conceitos de Ordinário e Próprio, fica muito difícil assistir a uma missa como se tudo estivesse bem. Infelizmente nesses casos, ainda que a missa seja válida, sua consciência não deixa de acusar que algo vestá errado. E é inevitável que você sinta certo desconforto com a figura do sacerdote lá, diante do altar, impassível em relação a tudo isso. Não queremos de forma alguma incentivar uma cultura autodestruidora dentro da Igreja. Pelo contrário, queremos apenas lembrar que a liturgia não é algo pessoal, mas dom do próprio Espírito Santo para toda a Igreja. Portanto, enquanto o gregoriano fica no purgatório, eis os cantos que incluo na lista negra do dia:
1. Glória a Deus
Glória a Deus, glória a Deus, glória ao Pai. (2x)
A Ele seja a glória (2x)
Aleluia, amém.
Eu queria entender o porquê do medo que os padres têm de falar claramente: “não existe letra alternativa ao ‘Gloria in excelsis Deo et in terra pax hominubus[...]‘”. Coloco em latim para que não haja dúvidas. Existe uma oração para o Glória incluído na categoria de partes fixas da missa, o Ordinário. As partes do ordinário, como já vimos, não podem ser modificadas de forma alguma. Eu vou ser muito sincero com vocês, a única atitude liturgicamente correta quando uma banda me chega com um glória “pirata”, ou seja, desautorizado, para cantar na missa é dizer, “rezemos a oração do glória”, antes de começarem os instrumentos. Não há de se fazer concessões. Por isso a importância de o padre saber antecipadamente tudo o que se vai cantar na missa. Vocês já acompanharam a escolha de um setlist para show? Nas paróquias comumente se diz: “já cantamos esse glória semana passada. Acho melhor esse para dar uma variada…”. Não se pode escolher o Glória como se escolhe o setlist de um show. A menos que se mude UNICAMENTE a melodia, é terminantemente proibido mudar a letra.
2. Em nome do Pai
Em nome do Pai, em nome do Filho[...]
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar,
te aclamar…
Aqui há dois problemas: o primeiro é que o Sinal da Cruz NÃO é rezado por todos os fiéis. O Missal Romano esclarece: “O sacerdote diz: Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. O povo responde: Amém”. O segundo também pode ser esclarecido pelo missal: não está previsto nenhum “para louvar e agradecer, etc”. Infelizmente (eu diria felizmente) não temos (padres, leigos, religiosos e nem mesmo bispos individualmente) poder para alterar a liturgia, que é sinal da universalidade e da unicidade da Igreja. Como diz o papa Bento XVI, “A cada dia deve crescer em nós a convicção de que a liturgia não é um nosso, um meu ‘fazer’, mas é ação de Deus em nós e conosco”.
3. Santo, Santo, Santo, Dizem Todos Os Anjos
Santo, santo, santo, dizem todos os anjos [...]
Céus e terras passarão, mas Sua Palavra não passará
Não, não, não passará
Também existe uma oração específica, incluída na categoria “Ordinário da Missa”. Além disso, essa musiqueta é conhecida por incitar nos fiéis uma certa coreografia na qual os fiéis levantam as mãozinhas para cima, para baixo e fazem o sinal de negativo com o dedinho. Vamos combinar, nada mais inadequado para dizer o mínimo.
4. Faz um milagre em mim
Entra na minha casa
Entra na minha vida
Mexe com minha estrutura
Sara todas as feridas …
Ainda que a música protestante não tenha erro explícito (na letra), muitas vezes a melodia está carregada de personalismo e de sentimentalismo, próprios de certas seitas neopentecostais. Além disso, até onde sei costuma-se cantar essa música durante a Comunhão. Alguém lê alguma referência à Eucaristia nesse canto?
5. Pai-Nosso do Padre Marcelo Rossi
Pai, meu pai do céu, meu pai do céu
Eu quase me esqueci, me esqueci
Que o teu amor vela por mim, vela por mim
Que seja feito assim
Acho que essa é a música mais obviamente inadequada de todos os tempos. A oração do Pai-Nosso é bíblica. Quando foi que Jesus falou em “Eu quase me esqueci, etc”?
6. Senhor que viestes salvar
Senhor, eis aqui o teu povo,
que vem implorar teu perdão;
é grande o nosso pecado,
porém é maior o teu coração.
O Missal Romano prevê três tipos de oração para o Ato Penitencial. a) ou reza ou canta o “Confesso a Deus todo-poderoso…” (confiteor); b) O “Tende compaixão…”; c) o “Senhor, que viestes salvar… tende piedade de nós”. Ou seja, faz parte do Ordinário da Missa também. Muitas vezes se pensa que basta que a letra remeta a arrependimento que pode ser incluída na missa. Mais uma vez vou ser bem claro, estamos numa época de liturgistas desautorizados. Pessoas sem autoridade que querem inovar no rito de Paulo VI como se se houvesse alguma possibilidade de coisas assim ocorrerem. Felizmente muitos fazem isso por ignorância. Eu só tenho pena de sacerdotes que estudam sete anos no mínimo e ainda assim permitem que a liturgia da Igreja seja deformada com gestos sutis de desobediência, como mudar um canto aqui, outro ali.
7. Quero te dar a paz
Quero te dar a paz, do meu Senhor com muito amor (2x)
Na flor vejo manifestar o poder da criação.
Nos seus lábios eu vejo estar o sorriso de um irmão.
Toda vez que te abraço e aperto a sua mão.
Eu nunca vi essa música ser tocada sem incitar palmas, dancinhas, agitação, conversa e barulho. Só por isso deve ser a Anathema Sit dos cantos de missa.
8. Cantar a Beleza da vida
Cantar a beleza da vida, presente do amor sem igual:
Missão do teu povo escolhido, Senhor, vem livrar-nos do mal.
Vem dar-nos teu Filho, Senhor, sustento no Pão e no Vinho.
E a força do Espírito Santo, unindo o teu povo a caminho.
Heresia branca. Primeiro que é difícil entender que “sustento no Pão e no vinho” signifique a transubstanciação. Para mim o trecho em questão significa justamente o contrário, que Cristo está simbolicamente representado no Pão e no Vinho e dessa ligação simbólica/espiritual viria o nosso sustento. Afinal, o sustento vem do pão e do vinho ou da carne (o corpo), da hóstia consagrada, do Pão do Céu? Não sei quem é o compositor, mas caso vocês queiram relativizar e dizer que é apenas uma ambiguidade, fica a critério de cada um.
Vinícius Farias, do blog http://sentinelanoescuro.com/