quinta-feira, 30 de maio de 2013

Celebração Eucarística e Procissão do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo

Atendendo ao pedido do Papa Francisco para que a “Igreja saia de si mesma”, para sentir a “doce e reconfortante alegria de evangelizar”, para servir e acolher a todos de nosso bairro, sem distinção, saímos em procissão desde a Paróquia até a pracinha do bairro onde todos recebemos a Bênção do Santíssimo Sacramento, para diante de todos os desafios anunciar o Evangelho e fazer uma homenagem pública ao Senhor Ressuscitado que caminha conosco rumo a nossa salvação.

Celebrada no autêntico espírito da liturgia a procissão do Santíssimo Corpo e Sangue do Senhor leva os fieis que dela participam, a sentir através da presença real do Senhor, que não foram abandonados na sua caminhada terrestre, mas que estão com o Senhor Eucarístico dentro deles, diante deles e atrás deles, na comunhão da Igreja.

O tapete por onde passou o Santíssimo Sacramento, na Solenidade de Corpus Christi, foi feito com roupas e cobertores doados pela comunidade.  A Pastoral Social fará a doação de toda a arrecadação para as pessoas cadastradas.


Pe. Wagner agradece a todos que generosamente e anonimamente contribuíram para o sucesso desta Solenidade do Corpo e do Sangue de Cristo e da Campanha do Agasalho.


quinta-feira, 23 de maio de 2013

Solenidade de Corpus Christi


A Paróquia Nossa Senhora da Conceição, no bairro São Luís, na área pastoral leste de Canoas, está fazendo uma “campanha do agasalho”.

Toda a arrecadação de roupas e cobertores será utilizada para fazer um tapete por onde passará o Santíssimo Sacramento, na Solenidade de Corpus Christi.

Após a procissão os agasalhos serão doados a comunidades carentes.

Haverá uma Celebração solene do mistério da Eucaristia, o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo, no dia 30 de maio às 15h e após uma procissão até a Praça do bairro atendendo ao apelo do Papa Francisco para que a “Igreja saia de si mesma”.

Na Igreja São José, a Missa e a procissão serão às 9h30min. 

O Santo Padre advertiu que "uma Igreja que não sai de si mesma adoece, cedo ou tarde, em meio à atmosfera viciada em seu próprio fechamento. É verdade, também, que uma Igreja que sai às ruas pode sofrer o que qualquer pessoa na rua pode sofrer: um acidente. Diante desta alternativa, quero lhes dizer francamente que prefiro mil vezes uma Igreja acidentada a uma Igreja doente".

Também assinalou que "A doença típica da Igreja fechada é ser auto referencial; olhar para si mesma, ficar encurvada sobre si mesma, como aquela mulher do Evangelho. É uma espécie de narcisismo que nos leva à mundanidade espiritual e ao clericalismo sofisticado, e, depois, nos impede de experimentar ‘a doce e reconfortante alegria de evangelizar’".(fonte: Rádio Vaticano)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Os dons do Espírito Santo




Os sete Dons: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade, Temor de Deus.
É preciso compreender cada conceito e o seu significado.

- A Sabedoria é o dom que faz o cristão perceber, intuir e gostar das coisas espirituais. Sente deleite nas coisas de Deus e por isso começa a temer a Deus, a respeitá-Lo mais. Diz o salmo que o temor de Deus é o princípio da sabedoria.

- O Entendimento é o dom do conhecimento, pois a pessoa consegue entender e conhecer aquilo que vai no coração e na mente das pessoas. O Padre Pio era um sacerdote que tinha o dom do entendimento. Ele servia-se do seu dom para ajudar muitas almas. Quando alguns penitentes iam ter com o Padre Pio e, por esquecimento ou timidez, escondiam este ou aquele pecado, o Padre Pio lembrava-lhes: "Falta-te este pecado que cometeste duas ou três vezes". Este dom é utilizado unicamente para o bem do penitente.

- O dom do Conselho: quem o possui consegue dirigir, orientar e aconselhar as almas para a sua própria salvação e felicidade. O dom do Conselho que é dado pelo Espírito Santo não é inconveniente, interesseiro, não aconselha segundo a conveniência pessoal mas aconselha somente para o bem da pessoa. Este dom constitui uma preciosidade, pois alerta-nos para os erros que cometemos ou soluções que necessitamos.

- O dom da Fortaleza é também uma virtude. A virtude é um bem e um dom dado pelo Espírito Santo que diz "não" ao pecado, a uma boa proposta, à pressão social, a certas modas que prejudicam a vida espiritual do homem ou da mulher. O dom da Fortaleza faz com que o cristão saiba resistir a certas influências sociais e não se deixe conduzir pela pressão do grupo social ou de amigos onde está inserido. Com este dom a pessoa mantém a sua personalidade, sendo aquilo que realmente é, conservando os valores cristãos.

- O dom da Ciência permite ao homem perceber e sentir, através da natureza e dos acontecimentos do dia-a-dia a presença e a linguagem de Deus.  Quem possui o dom da Ciência consegue louvar a Deus, olhando para as belezas da natureza, para a beleza de um jardim, das montanhas, da água do mar, do céu azul, das estrelas. Através da natureza, a alma lê e louva o seu Deus, agradecendo-Lhe enquanto observa uma linda flor. Em vez de ficar fixo apenas na beleza da flor, louva o autor da criação, louva o Criador.

- O dom da Piedade inclina o cristão à oração, ao louvor, à adoração, à contemplação; leva o cristão a sentir gosto pela oração, sentir desejo e gosto de estar com Deus, gosto em rezar e em falar com Deus através da oração. O dom da Piedade faz com que a pessoa não se canse de rezar e se sinta bem a rezar. Através deste dom, Deus vai revelando aspectos espirituais que muitos não percebem.  A alma piedosa tem mais luzes e percebe melhor as coisas a nível espiritual. Aquele que não reza não percebe, não entende e não vê porque não lhe é permitido ver.  Há pessoas que dizem: "Mas padre, eu rezo tanto!" e eu pergunto: "Como reza?". Não basta rezar, é preciso rezar bem, meditando nas palavras e nos mistérios que contemplamos da vida de Jesus. Experimentem rezar bem, concentrados, compenetrados e verão as maravilhas que Deus irá realizar nas vossas almas. É lindo rezar bem. A pessoa sente na alma uma grande paz, suavidade, gozo e alegria.

- O dom do Temor de Deus leva-nos a fugir do pecado com receio de ofender e de perder Quem amamos - o nosso Deus. Este dom está, em certa medida, associado ao dom da fé porque nos faz sentir e perceber que estamos na presença de Deus e, se estou na Sua presença, não quero pecar. O Temor de Deus é um grande dom pois faz com que o homem faça tudo para não perder a graça de Deus, o Seu amor e a Sua presença. Por isso, o temor de Deus é o princípio da sabedoria.

Desta forma falamos sobre o significado de cada dom do Espírito Santo, para melhor compreendermos a necessidade de invocarmos e suplicarmos ao Espírito Santo que aumente em nós os Seus dons, perseverando-nos neles até à morte.



Padre Manuel Sabino, o Fundador da Pia União dos Servos do Bom Pastor

sábado, 18 de maio de 2013

"A PAZ ESTEJA COM VOCÊS!" (Jo 20,19-22)



OLHAR DE PERTO AS COISAS DA NOSSA VIDA
No texto de hoje, vamos meditar sobre a aparição de Jesus aos discípulos e a missão que eles receberam. Eles estavam reunidos com as portas fechadas porque tinham medo dos judeus. De repente, Jesus se coloca no meio deles e diz: "A paz esteja com vocês!" Depois de mostrar as mãos e o lado, ele diz novamente: "A paz esteja com vocês! Como o pai me enviou, eu envio vocês!" Em seguida, lhes dá o Espírito para que possam perdoar e reconciliar. A paz! Reconciliar e construir a paz! Esta é a missão que recebem.
Hoje, o que mais falta é a paz: refazer os pedaços da vida, reconstruir as relações quebradas entre as pessoas. Relações quebradas por causa da injustiça e por tantos outros motivos. Jesus insiste na paz. Repete várias vezes! As pessoas que lutam pela paz são declaradas felizes e são chamadas filhos e filhas de Deus (Mt 5,9)! Vamos conversar mais sobre isso...

SITUANDO
Na conclusão do capítulo 20 (Jo 20,30-31), o autor diz que Jesus fez "muitos outros sinais que não estão neste livro. Estes, porém, foram escritos (a saber os sete sinais relatados nos capítulos 2 a 11) para que possam crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, acreditando, ter a vida no nome dele" (Jo 20,31). Mais tarde, foi acrescentado o Livro da Glorificação que descreve a hora de Jesus, a sua morte e ressurreição. Assim, o que era o final do Livro dos Sinais passou a ser conclusão também do Livro da Glorificação.


COMENTANDO
João 20,19-20: A experiência da ressurreição
Jesus se faz presente na comunidade. As portas fechadas não podem impedir que ele esteja no meio dos que nele acreditam. Até hoje é assim! Quando estamos reunidos, mesmo com todas as portas fechadas, Jesus está no meio de nós. E até hoje, a primeira palavra de Jesus é e sempre será: "A paz esteja com vocês!" Ele mostrou os sinais da paixão nas mãos e no lado. O ressuscitado é o crucificado! O Jesus que está conosco da comunidade não é um Jesus glorioso que não tem mais nada em comum com a vida da gente. Mas é o mesmo Jesus que viveu nesta terra, e traz as marcas da sua paixão. As marcas da paixão estão hoje no sofrimento do povo, na fome, nas marcas de tortura, de injustiça. É nas pessoas que reagem, lutam pela vida e não se deixam abater que Jesus ressuscita e se faz presente no meio de nós.
João 20,21: O envio: "Como o Pai me enviou, eu envio vocês!"
É deste Jesus, ao mesmo tempo crucificado e ressuscitado, que recebemos a missão, a mesma que ele recebeu do Pai. E ele repete: "A paz esteja com vocês!" Esta dupla repetição acentua a importância da paz. Construir a paz faz parte da missão. Paz significa muito mais do que só ausência de guerra. Significa construir uma convivência humana harmoniosa, em que as pessoas possam ser elas mesmas, tendo todas o necessário para viver, convivendo felizes e em paz. Esta foi a missão de Jesus, e é também a nossa missão. Numa palavra, é criar comunidade a exemplo da comunidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
João 20,22: Jesus comunica o dom do Espírito
Jesus soprou e disse: "Recebei o Espírito Santo". É só com a ajuda do Espírito de Jesus que seremos capazes de realizar a missão que ele nos dá. Para as comunidades do Discípulo Amado, Pásscoa (ressurreição) e Pentecostes (efusão do Espírito) são a mesma coisa. Tudo acontece no mesmo momento.


ALARGANDO
A ação do Espírito no Evangelho de João
A língua hebraica usa a mesma palavra para dizer vento e espírito. Como dissemos, o vento tem, dentro de si, um rumo, uma direção: vento norte, vento sul. Assim, o Espírito de Deus tem um rumo, um projeto, que se manifesta na criação. No Evangelho de João a gente vê como as profecias se realizam em Jesus. João usa muitas imagens e símbolos para significar a ação do Espírito. Como na criação, assim o Espírito desceu sobre Jesus "como uma pomba, vindo céu". É o começo da nova criação! Jesus fala as palavras de Deus e nos comunica o Espírito sem medida. Suas palavras são Espírito e vida. Quando Jesus se despediu, ele disse que ia enviar um outro consolador, um outro defensor, para ficar conosco. É o Espírito Santo. Através de sua paixão, morte e ressurreição, Jesus conquistou o dom do Espírito para nós.
Através do batismo todos nós recebemos este mesmo Espírito de Jesus. Quando apareceu aos apóstolos, soprou sobre eles dizendo: "Recebei o Espírito Santo!" O Espírito é como água que jorra de dentro das pessoas que creem em Jesus. O primeiro efeito da ação do Espírito em nós é a reconciliação: "Aqueles a quem vocês  perdoarem os pecados serão perdoados; aqueles aos quais retiverem, serão retidos". O Espírito nos é dado para que possamos lembrar e entender o significado pleno das palavras de Jesus. Animados pelo Espírito de Jesus, podemos adorar a Deus em qualquer lugar. Aqui se realiza a liberdade do Espírito.

Shalom: a construção da paz
O primeiro encontro entre Jesus ressuscitado e seus discípulos é marcado pela saudação feita por ele: "A paz esteja com vocês!" Por duas vezes Jesus deseja a paz a seus amigos. Esta saudação é muito comum entre os judeus na Bíblia. Ela aparece quando surge um mensageiro de Deus. Logo em seguida, Jesus os envia em missão, soprando sobre eles o Espírito. Paz, Missão e Espírito! Os três estão juntos. Afinal, construir a paz é a missão dos discípulos e das discípulas de Jesus (Mt 10,13; Lc 10,5). O Reino de Deus, pregado e realizado por Jesus e continuado pelas comunidades animadas pelo Espírito, manifesta-se na paz. O Evangelho de João mostra que esta paz, para ser verdadeira, deve ser a paz trazida por Jesus. Uma paz diferente da paz construída pelo império romano.
Paz na Bíblia (em hebraico é shalom) é uma palavra muito rica, significando uma série de atitudes e desejos do ser humano. Paz significa integridade da pessoa diante de Deus e dos outros. Significa também uma vida plena, feliz, abundante. A paz é sinal da presença de Deus, porque o nosso Deus é um "Deus da paz". Por isso mesmo, a proposta de paz trazida por Jesus também é sinal de "espada", ou seja, de perseguições para as comunidades. O próprio Jesus faz este alerta sobre as tribulações promovidas pelo império tentando matar a paz de Deus.
É preciso confiar, lutar, trabalhar, perseverar no Espírito para que um dia a paz de Deus triunfe. Neste dia "amor e verdade se encontram, justiça e paz se abraçam". Então, como ensina Paulo, "o Reino será justiça, paz e alegria como fruto do Espírito Santo" e "Deus será tudo em todos".

Texto extraído do livro RAIO-X DA VIDA: Círculos Bíblicos do Evangelho de João. Coleção A Palavra na Vida 147/148. Autoria de Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino. Publicação: Centro de Estudos Bíblicos (CEBI).


O que significa Pentecostes? 



É uma palavra originária do grego e significa "quinquagésimo", tendo em vista que marca o 50° dia depois da Páscoa. É a solenidade da vinda do Espírito Santo, narrada no livro dos Atos do Apóstolos (cf. At 2,1-13). Contudo, antes de ser uma festa cristã, Pentecostes era uma festa judaica.



Em sua origem, essa celebração tinha outros nomes (Festa das Semanas e da Colheita) e era, essencialmente, uma festa agrícola. Com o passar do tempo, essa comemoração perdeu a ligação com a vida dos agricultores (cf. Êxodo 23,14-17; 34,22), recebeu o nome grego de “Pentecostes” e tomou-se uma festa cívico-religiosa. 



No tempo de Jesus, celebrada 50 dias após a Páscoa, esta festividade também recordava o dia em que Deus entregou as tábuas da Lei a Moisés, no Monte Sinai. A narrativa encontrada, em Atos dos Apóstolos, coincide com a vinda do Espírito Santo na festa judaica de Pentecostes. 


sábado, 11 de maio de 2013

Ascensão do Senhor - Lucas 24,46-53


A Ascensão é o fim do tempo de Jesus: Aquele que veio do Pai retorna para o Pai.

A Ascensão é também o começo do tempo da Igreja: os discípulos irão receber a força do Espírito que os impelirá até as extremidades da Terra.


É bom para vós que eu parta

Chegamos hoje ao fim dos quarenta dias misteriosos nos quais Jesus, a uma só vez presente e inaccessível, preparou os discípulos para o tempo em que vai ser necessário crer sem ver. A Ressurreição foi, de fato, um salto na vida de Deus e a Ascensão só fez revelar uma realidade que estava já aí. Quando os discípulos puderam ter como evidente que Jesus havia atravessado a morte, não necessariamente podiam compreender que esta vida nova que O animava já não era mais a mesma de antes da Paixão. Vão ter agora que aceitar esperar a volta do Cristo. Quantas parábolas nos falam do mestre que se ausenta, confiando a casa aos seus empregados! Mas, mesmo se para os nossos sentidos corporais Jesus não esteja mais aqui, não é por isso que estamos sós. Fomos habitados por seu Espírito e assumidos na unidade de um só corpo com múltiplos membros: É bom para vós que eu parta dizia Jesus, em João 16,7. E em 17,11: Já não estou no mundo, mas eles estão no mundo, enquanto eu vou para ti. Pai santo (...) para que sejam Um assim como nós somos Um. Por isso Lucas termina o seu relato dizendo que os discípulos voltaram para Jerusalém com grande alegria. Esta é a nossa situação atual. Não temos contato com Jesus, nem visual nem auditivo, exceto através das Escrituras, e, no entanto, Ele está aqui, mais perto e mais íntimo a nós do que no tempo de sua vida terrestre.



A reflexão é de Marcel Domergue, sacerdote jesuíta francês, publicada no site Croire, comentando as leituras do Domingo da Ascensão do Senhor (12 de maio de 2013). A tradução é de Francisco O. Lara, João Bosco Lara e José J. Lara.