terça-feira, 28 de agosto de 2012

Igreja lembra os 13 anos de morte de dom Helder Câmara



13anosemdomhelderHá 13 anos, a Igreja Católica perdia um de seus maiores líderes, o arcebispo emérito de Olinda e Recife, dom Helder Câmara. Mais que uma liderança religiosa, dom Helder era referência na luta pela paz e pela justiça social; seus exemplos e palavras foram perpetuados até hoje. 


Em homenagem à sua memória, hoje, 27 de agosto, dom Helder terá seus restos mortais trasladados para uma capela especialmente projetada para recebê-los na Igreja da Sé, em Olinda. Até então, os restos mortais de dom Helder estavam guardados em um túmulo provisório em frente ao altar da Igreja da Sé.

Junto deles, serão colocados também os despojos do padre Antônio Henrique Pereira Neto e de dom José Lamartine, ambos amigos do arcebispo. Padre Antônio Henrique foi assessor da Pastoral da Juventude durante o pastoreio de dom Helder e dom José Lamartine, bispo auxiliar. A cerimônia será presidida às 9h pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido.

O site ‘Pernambuco’ informa que dom José Lamartine está enterrado em uma espécie de cemitério, localizado atrás da Igreja da Sé. Já o padre Antônio Henrique está sepultado no cemitério da Várzea, na Zona Oeste do Recife.

O trabalho de dom Hélder é conhecido em todo o mundo. Ele foi arcebispo de Olinda e Recife e também desempenhou funções em organizações não-governamentais, movimentos estudantis e operários, ligas comunitárias contra a fome e a miséria. Sofreu retaliações e perseguições por parte das autoridades do regime militar brasileiro.

A Igreja das Fronteiras, bairro da Boa Vista, ficou cheia de fiéis e emoção na manhã deste domingo, 26. Às 11h, o padre Sebastião Sá, celebrou missa em homenagem a dom Helder Câmara, dando prosseguimento à programação que decorre desde a última sexta-feira, para lembrar o aniversário da morte do arcebispo. O local foi escolhido porque lá dom Helder viveu os seus últimos dias, até falecer, em 27 de agosto de 1999.

Padre Antônio Henrique foi torturado e assassinado em 1969, durante o regime militar. O crime está impune até hoje, mas ganhou prioridade nas investigações da Comissão Estadual da Memória e Verdade. O sacerdote é tido como "Mártir da Juventude da Arquidiocese de Olinda e Recife".


sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Vocacação da Vida Consagrada


Desde os primórdios da Igreja existiram homens e mulheres que se propuseram, pela prática dos conselhos evangélicos, seguir a Cristo com maior liberdade e imitá-lo mais de perto, e levaram, cada qual a seu modo, uma vida consagrada a Deus.  Podemos contemplar esse caminho de oferta radical desde o início com o testemunho dos mártires, até os tempos de hoje com o surgimento das novas comunidades.


Quando a Igreja fala de Vida Consagrada, está falando de uma vocação, que tem várias modalidades de vida dentro da Igreja. Seguem essa vocação os Monges e Monjas, os Religiosos e Religiosas, das Ordens, Congregações e Institutos Religiosos. Além desses, existem os membros dos Institutos Seculares, bem como os consagrados e as consagradas de assim chamadas “Novas Comunidades”, muitas das quais nasceram dentro de Movimentos eclesiais relativamente recentes ou formam seu núcleo central. Há também a Ordem das Virgens consagradas, restaurada por Paulo VI a partir do Concílio Vaticano II, cujos membros não constituem comunidade de vida, mas vivem no mundo, tendo consagrado sua virgindade a Cristo para o testemunho e o serviço na sua respectiva diocese.


Neste Mês Vocacional, divulguemos também esta vocação de Vida Consagrada e rezemos por ela, porque constitui um grande tesouro na Igreja e é uma excepcional força e serviço nas atividades da pastoral direta nas dioceses e paróquias, como também no setor de escolas, colégios e universidades, no setor dos hospitais e demais serviços de saúde, no setor de obras assistenciais, só para citar os mais conhecidos.


Cada forma de Vida Consagrada tem um carisma próprio, ou seja, seus fundadores decidiram – e depois a Igreja os aprovou – viver um ou mais aspectos do Evangelho de Jesus Cristo numa forma radical e ampla e ainda professar os conselhos evangélicos da pobreza, obediência e castidade como algo próprio e comum de todas as formas de Vida Consagrada. Assim, os fundadores lhes deram normalmente uma Regra de Vida e Constituições ou apenas Constituições, que lhes dão organização e normas de vida.


Quem se consagra, escolhe ser diferente. Pela consagração, perde-se dia a dia a velha vida e se ganha uma nova, que busca configurar-se à vida de Cristo. Para tal, tantas perdas pessoais são necessárias para que a vida assemelhada a Cristo possa ir nascendo em nós. Contudo, pequenas são as renúncias diante da grandeza da oferta. Sem essa busca diária e constante pela conformação a Cristo, a vida consagrada perde seu sentido. Cristo é o fundamento da vida consagrada. Se não se compreende a verdadeira motivação, não existe fidelidade a Cristo nem à consagração professada.


O Concílio Vaticano II, ao tratar da Vida Consagrada, diz: “O estado (de vida Consagrada) constituído pelos conselhos evangélicos, embora não pertença à estrutura hierárquica da Igreja, está contudo firmemente relacionado com sua vida e santidade” (LG 44). “Os conselhos evangélicos da castidade consagrada a Deus, da pobreza e da obediência se baseiam nas palavras e nos exemplos do Senhor. São recomendados pelos Apóstolos, Santos e Padres e pelos mestres e pastores da Igreja. Constituem um dom divino que a Igreja recebeu do seu Senhor e por graça dele sempre conserva. A própria autoridade da Igreja, guiada pelo Espírito Santo, cuidou de interpretar os conselhos evangélicos, regulamentar-lhes a prática e estabelecer formas estáveis de vida” (LG 43).


A Vida Consagrada é sobretudo um sinal. Diz o Concílio: “A profissão dos conselhos evangélicos se apresenta como um sinal que pode e deve atrair eficazmente todos os membros da Igreja para o cumprimento dedicado dos deveres impostos pela vocação cristã. Como, porém, o Povo de Deus não possui aqui (no mundo) morada permanente, mas busca a futura, o estado religioso (de Vida Consagrada), pelo fato de deixar seus membros mais desimpedidos dos cuidados terrenos, ora manifesta já aqui neste mundo a todos os fiéis a presença dos bens celestes, ora dá testemunho da nova e eterna vida conquistada pela redenção de Cristo, ora prenuncia a ressurreição futura e a glória do Reino celeste” (LG 44). Assim, a Vida Consagrada é sinal das coisas de Deus, da nossa ressurreição futura e da glória do Reino celeste, pois faz destas realidades sua vida já aqui no mundo.


João Paulo II diz: “A primeira tarefa da Vida Consagrada é tornar visíveis as maravilhas que Deus realiza na frágil humanidade das pessoas chamadas. Mais do que com as palavras, elas testemunham essas maravilhas com a linguagem eloquente de uma existência transfigurada, capaz de suscitar a admiração do mundo. A essa admiração dos homens respondem com o anúncio dos prodígios da graça que o Senhor realiza naqueles que ama” (VC 20). “Deste modo, a Vida Consagrada torna-se um dos rastos concretos que a Trindade deixa na história, para que os homens possam sentir o encanto e a saudade da beleza divina”, diz o Papa (VC 20). Exemplos de pessoas consagradas são os brasileiros: Santa Paulina, Beato Frei Galvão e Beato José de Anchieta.

A Vida Consagrada torna seus membros testemunhas de Cristo no mundo, sobretudo pela prática da caridade, da solidariedade com os pobres e os excluídos e pela missionariedade. “Há que afirmar que a missionariedade está inscrita no coração mesmo de toda forma de Vida Consagrada”, afirma o Papa (VC 25).


Independente do tempo e de quais características apresenta cada forma de vida consagrada, é a profissão dos conselhos evangélicos em um estado de vida estável reconhecido pela Igreja que caracteriza a vida consagrada a Deus. A vida consagrada, celebrada durante essa terceira semana do mês vocacional, é um dom e uma escolha de Deus. Ninguém escolhe se consagrar por acaso ou para seu bel prazer; mas é o próprio Deus, em Sua infinita bondade e misericórdia, que nos ama, nos escolhe, nos chama e nos separa para sermos um com Ele por meio desta vocação. A vida consagrada nasce em Cristo e deve voltar-se para Ele. Assim, não nos consagramos para nós mesmos. Como dom e escolha de Deus, a vida consagrada precisa ser fecunda, transbordando em frutos e graças diante de Deus, da Igreja e do mundo.


Durante essa semana, rezemos pela fidelidade, constância e maturidade da vida consagrada. O consagrado não nasce pronto – é preciso uma busca diária, um novo Sim a cada dia para que quanto mais íntimo de Cristo, mais semelhante a Cristo seja cada consagrado.

Então, que o Mês Vocacional seja uma oportunidade feliz para fazer conhecer e amar esta vocação tão preciosa da Vida Consagrada!


domingo, 12 de agosto de 2012

Quem se abre para Deus aceita Jesus e a sua proposta (Jo 6,41-51)


JESUS É O PÃO DA VIDA (Jo 6,41-51)

Texto extraído do livro "RAIO-X DA VIDA"
Círculos Bíblicos do Evangelho de João.
Coleção A Palavra na Vida 147/148.
Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino.
Mais informaçõesvendas@cebi.org.br.
O fragmento do evangelho de João (Jo 6,41-51) é continuação do Discurso do Pão da Vida que começamos a refletir na última semana. Por meio desse discurso, Jesus procura abrir os olhos do povo para ele descobrir o rumo certo que deve tomar na vida. Dá olhos novos para ler os fatos e ver melhor as necessidades. Acompanhe!

COMENTANDO
Jo 6,41-51: 4º Diálogo - Quem se abre para Deus aceita Jesus e a sua proposta
A conversa se torna mais exigente. Agora são os judeus, os líderes do povo, que murmuram: "Esse não é Jesus, o filho de José, cujo pai e mãe conhecemos? Como é que ele pode dizer que desceu do céu?" Eles pensam conhecer as coisas de Deus.
Na realidade, não é nada disso. Se fossem realmente abertos e fiéis a Deus, sentiriam dentro de si o impulso de Deus atraindo-os para Jesus e reconheceriam que Jesus vem de Deus (Jo 6,45).
Na celebração da Páscoa, os judeus lembravam o pão do deserto. Jesus os ajuda a dar um passo. Quem celebra a Páscoa lembrando só o pão que os pais comeram no passado, vai acabar morrendo como todos eles!
O verdadeiro sentido da Páscoa não é lembrar o maná que caiu do céu, mas sim aceitar Jesus como Pão da Vida e seguir pelo caminho que ele ensinou. Não é comer a carne do cordeiro pascal, mas sim comer a carne de Jesus, que desceu do céu para a vida do mundo!

ALARGANDO
O discurso sobre o Pão da Vida (Jo 6,22-58)
Este longo discurso feito na sinagoga de Cafarnaum está relacionado com o capítulo 16 do livro do Êxodo. Vale a pena ler todo este capítulo de Êxodo, percebendo as dificuldades que o povo teve que enfrentar na sua caminhada, para podermos compreender os ensinamentos de Jesus aqui no capítulo 6 do Evangelho de João.
Quando Jesus fala de "um alimento que perece" (Jo 6,27), ele está lembrando Ex 16,20.
Da mesma forma, quando os judeus "murmuram" (Jo 6,41), fazem a mesma coisa que os israelitas no deserto, quando duvidam da presença de Deus junto com eles durante a travessia. A falta de alimentos fazia com que o povo duvidasse que Deus estivesse com eles, de que Deus fosse Javé, resmungando e murmurando contra Deus e contra Moisés. Aqui também os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus de Nazaré (Jo 6,42).

O caminho para acreditar em Jesus - José Pagola


A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,41-51 que corresponde ao XIX Domingo do Tempo Comum, ciclo B do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto.
Segundo o relato de João, Jesus repete de forma cada vez mais aberta que vem de Deus para oferecer a todos um alimento que gera vida eterna. As pessoas não podem continuar escutando uma coisa tão escandalosa sem reagir. Elas conhecem seus pais. Como ele pode dizer que vem de Deus?
Ninguém fica surpreendido com sua reação. É razoável acreditar em Jesus Cristo? Como podemos crer que nesse homem concreto, nascido pouco antes de morrer Herodes, o Grande e conhecido pela sua atividade profética na Galileia dos anos 30 da era Cristã, encarnou-se o Mistério insondável de Deus?
Jesus não responde a suas objeções. Ele vai diretamente à raiz de sua incredulidade: "Parem de criticar". É um erro resistir à novidade radical de sua pessoa obstinando-se em pensar que já sabem tudo a respeito de sua verdadeira identidade. Ele lhes indicara o caminho que podem seguir.
Jesus pressupõe que ninguém pode crer nele se não se sente atraído pela sua pessoa. É verdade. Talvez, desde nossa cultura, o entendemos melhor que aquelas pessoas de Cafarnaum. Cada vez torna-se mais difícil acreditar em doutrina ou ideologias. A fé e a confiança se despertam em nós quando nos sentimos atraídos por alguém que nos faz bem e nos ajuda a viver.
Mas Jesus adverte-nos de algo muito importante. "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai". A atração para Jesus é Deus mesmo quem a produz. O Pai que o enviou ao mundo desperta nosso coração para que nos aproximemos de Jesus com gozo e confiança, superando dúvidas e resistências.
Por isso devemos escutar a voz de Deus em nosso coração e nos deixar conduzir por ele para Jesus. Deixar-nos ensinar com docilidade por esse Pai, Criador da vida e Amigo da pessoa humana. "Todo aquele que escuta o Pai e recebe sua instrução, vem a mim".
A afirmação de Jesus resulta revolucionária para os hebreus. A tradição bíblica dizia que o ser humano escuta no seu coração o chamado de Deus a levar adiante com fidelidade a Lei. O profeta Jeremias tinha proclamado a promessa de Deus desta forma: "Eu colocarei minha Lei dentro de vossos corações e a escreverei em vosso coração".
As palavras de Jesus nos convidam a viver uma experiência diferente. A consciência não é somente o espaço oculto e privilegiado onde podemos ouvir a Lei de Deus. Se no íntimo de nosso ser nos sentimos atraídos pelo bom, pelo formoso, pelo nobre, por aquilo que faz bem ao ser humano, por aquilo que constrói um mundo melhor, facilmente nos sentiremos convidados por Deus a nos sintonizar com Jesus. É o melhor caminho para acreditar nele.

Semana Nacional da Família 2012 - “A Família: o trabalho e a festa”

Entre os dias 12 e 18 de agosto será realizada a Semana Nacional da Família do ano de 2012. É um evento anual que faz parte do calendário de praticamente todas as paróquias do Brasil. Para a ocasião foi elaborado um subsídio que apresenta reflexão sobre o tema: “A Família: o trabalho e a festa”.

O subsídio foi construído com a participação de representantes da Comissão para a Vida e a Família, membros dos Regionais da CNBB e assessores especializados. “Vamos trabalhar o mesmo tema que foi aprofundado durante o 7º Encontro Mundial das Famílias, com o papa, em Milão”, disse o presidente da Comissão Episcopal Família e Vida da Conferência nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e bispo de Camaçari (BA), dom João Carlos Petrini.

Para o presidente, “o tema ajudará cada família a viver melhor a relação com o trabalho, sem ser absorvido e estraçalhado, pelas necessidades e exigências do mundo do trabalho”, explica.

A primeira Semana Nacional da Família foi realizada em 1992, e todos os anos traz um tema que defende os valores familiares e cristãos. “É um evento extraordinário que mobiliza a Pastoral Familiar, e outros movimentos e grupos de família de todo Brasil”, afirmou dom João Carlos Petrini.

O subsídio começou a ser editado desde a vinda do papa João Paulo II ao Brasil, em 1994 e passou a ser publicado anualmente. Atualmente está em sua 16ª edição com uma tiragem de 200 mil exemplares. “Neste subsídio queremos auxiliar os encontros da Pastoral Familiar que acontecerão em todo o país, mas de uma maneira mais particular, na Semana Nacional da Família”, disse um dos assessores da Comissão para a Vida e a Família, padre Wladimir Porreca.

Para assistir ao vídeo onde dom João Carlos Petrini, abre oficialmente a Semana Nacional da Família do ano de 2012, clique aqui.

Fonte: http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/noticias/9975-video-de-dom-petrini-abre-oficialmente-a-semana-nacional-da-familia-

Vocação da Vida em Família


No 2º domingo do mês de agosto celebramos a vocação da família, na pessoa do pai. Em tempos de violência e perda de valores, a valorização da família é essencial para a sociedade como um todo. A família é chamada por Deus a ser testemunha do amor e da fraternidade, colaboradora da obra da Criação. 


O Dia dos Pais, tão celebrado nas famílias, nos coloca diante da vocação à vida familiar. Ser pai é ser reflexo de Deus para os filhos: de Deus que é pai e mãe. Essa tão ampla vocação está exigindo da Igreja uma mais cuidadosa preparação não só para o casamento visto como um momento na vida, mas para toda a vida familiar. A pastoral familiar se propõe trabalhar nessa preparação desde os primeiros passos da criança e do jovem na comunidade eclesial.


O Pai na família é fundamental. Seu papel de educador, em colaboração com a mãe, é um dos pilares da unidade e bem estar familiar cujos frutos são filhos bem formados e conscientes do que significa ser cristão e cidadão. O pai é representante legítimo de Deus perante os filhos e é sua missão conduzi-los nos caminhos de Cristo, da verdade, da justiça e da paz. Cabe aos pais que o amor, compaixão e harmonia reinem no lar. Ser pai é buscar um mundo melhor para os filhos e demonstrar que a família deve sempre ser a base da nossa sociedade.


“Família Santuário da Vida”. Ali a vida é concebida, gerada,  nascida, cresce e se desenvolve até a vida adulta. Uma das grandes importâncias da Família é porque dela surgem todas as vocações. Precisou- se da união de um homem e de uma mulher para que a Vida se desabrochasse. A família continua sendo a primeira escola, a primeira igreja. Ali a pessoa é formada e lançada para o mundo.

Precisamos urgentemente resgatar certos valores, que com o tempo vão se desvirtuando. A família não deveria nunca abrir mão de seu papel de educadora, formadora da personalidade da criança.
Apesar de todas as transformações, continua sendo o melhor lugar para crescer e se transformar em uma pessoa de bem.


Meu irmão, minha irmã, procure amar, respeitar, valorizar a família que você tem, sobretudo, o seu Pai e a sua Mãe. Que a Sagrada Família continue abençoando e conservando sempre unidos no amor nossas queridas famílias!

Rezemos a Deus para que a família brasileira seja “o berço de toda vocação”.

domingo, 5 de agosto de 2012

O que é ser Padre?


Ser Padre é viver em meio ao turbilhão do mundo,
e não desejar seus prazeres.
É membro de todas as famílias e a nenhuma pertence.
Compartilha todos os sofrimentos, penetra todos os segredos,
derrama bálsamo em todas as feridas.
Apresenta-se a Deus, em nome dos homens oferecendo-lhe suas preces,
volta-se ao homem para comunicar-lhe o perdão de Deus e a esperança.
Possui  um coração de fogo, pela caridade que o incendeia
e um coração de bronze pela castidade que o tempera.
Ensinar, perdoar, consolar e abençoar, eis a missão do Padre.
Padre como és grande!
Como Deus te ama e assim te chamou para compartilhar com ele
todo o mistério da salvação.
Vê, Padre, que poder imenso tens em tuas mãos,
nem os anjos entendem,
adoram teu poder por reconhecerem nele uma parte de Deus.
Padre bendiga o Senhor que fez tantas maravilhas em ti!
Amém!



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

JESUS É O PÃO DA VIDA (Jo 6,24-35)

Texto extraído do livro "Raio-X da Vida"
Círculos Bíblicos do Evangelho de João.
Coleção A Palavra na Vida 147/148.
Autores: Carlos Mesters, Mercedes Lopes e Francisco Orofino.
CEBI Publicações.
Saiba mais vendas@cebi.org.br.

OLHAR DE PERTO AS COISAS DA NOSSA VIDA
Vamos meditar sobre o longo discurso do Pão da Vida. Depois da multiplicação dos pães, o povo foi atrás de Jesus. Tinha visto o milagre, comeu com fartura e queria mais! Não se preocupou em procurar o apelo de Deus que havia em tudo isso. Quando encontrou Jesus na sinagoga de Cafarnaum, teve com ele uma longa conversa, chamada Discurso do Pão da Vida. Por meio desse discurso, Jesus procura abrir os olhos do povo para ele descobrir o rumo certo que deve tomar na vida. Dá olhos novos para ler os fatos e ver melhor as necessidades. Pois não basta ir atrás de sinais milagrosos que multiplicam o pão para o corpo. Não só de pão vive o ser humano!

SITUANDO
Neste discurso do Pão da Vida (Jo 6,22-71), através de um conjunto de sete diálogos, o evangelista explica para os leitores e as leitoras o significado profundo da multiplicação dos pães como símbolo da Ceia Eucarística. É um diálogo bonito, mas exigente. O discurso fica chocado com as palavras de Jesus. Mas Jesus não cede nem muda as exigências. O discurso parece um funil. Na medida em que avança, é cada vez menos gente que sobra para ficar com Jesus. No fim só sobram os doze, e nem assim pode confiar em todos eles!
Quem lê o quarto Evangelho superficialmente pode ficar com a impressão de que João repete sempre a mesma coisa. Lendo com mais atenção, perceberá que não se trata de repetição. O quarto Evangelho tem um jeito próprio de repetir o mesmo assunto, mas é num nível cada vez mais alto ou mais profundo. Parece uma escada em caracol. Girando você volta ao mesmo lugar, mas num nível mais alto. Assim é o discurso sobre o Pão da Vida. É um texto que exige toda uma vida para meditá-lo e aprofundá-lo. Por isso, não se preocupe se não entender logo tudo. Um texto assim a gente deve ler, meditar, ler de novo, repetir, ruminar, como se faz com uma bala gostosa. Vai virando e virando na boca, até se gastar.

COMENTANDO
Jo 6,22-27: 1º Diálogo - O povo procura Jesus porque quer mais pão
O povo viu o milagre, mas não o entendeu como um sinal de algo mais alto ou mais profundo. Parou na superfície: na fartura de comida. Buscou pão e vida, mas só para o corpo. Para o povo, Jesus fez o que Moisés tinha feito no passado: deu alimento farto para todos. Indo atrás de Jesus, queria que o passado se repetisse. Mas Jesus pede que o povo dê um passo. Além do trabalho pelo pão que perece, deve trabalhar também pelo alimento não perecível. Este novo alimento é que traz a vida que dura para sempre.
Jo 6,28-33: 2º Diálogo - Jesus pede para o povo trabalhar pelo pão verdadeiro
O povo pergunta: "O que fazer para realizar este trabalho (obra) de Deus?" Jesus responde: "Acreditar naquele que Deus enviou!" Isto é, crer em Jesus! O povo reage: "Então, dê-nos um sinal para a gente saber que você é o enviado de Deus! Nossos pais comeram o maná que foi dado por Moisés!" Para eles, Moisés é o grande líder do passado, no qual acreditam. Se Jesus quer que o povo acredite nele, deve fazer um sinal maior que o de Moisés. Jesus responde que o pão dado por Moisés não era o pão verdadeiro, pois não garantiu a vida para ninguém. Todos morreram! O pão verdadeiro de Deus é aquele que vence a morte e traz vida! Jesus tenta ajudar o povo a se libertar dos esquemas do passado. Para ele, fidelidade ao passado não significa fechar-se nas coisas de antigamente e recusar a renovação. Fidelidade ao passado é aceitar o novo que chega como fruto da semente plantada no passado.
Jo 6,34-40: 3º Diálogo - O pão verdadeiro é fazer a vontade de Deus
O povo pede: "Senhor, dá-nos sempre desse pão!" Pensavam que Jesus estivesse falando de um pão especial. Então Jesus responde claramente: "Eu sou o pão da vida!" Comer o pão do céu é o mesmo que crer em Jesus e aceitar o caminho que ele ensinou, a saber: "O meu alimento é fazer a vontade do Pai que está no céu!" (Jo 4,34). Este é o alimento que sustenta a pessoa, dá rumo e traz vida nova.

ALARGANDO
O Sinal do Novo Êxodo
A multiplicação dos pães aconteceu próximo da Páscoa (Jo 6,4). A Festa da Páscoa era a memória perigosa do Êxodo, a libertação do povo das garras do faraó. Assim, todo o episódio narrado neste capítulo tem um paralelo com os episódios relacionados com a Festa da Páscoa, tanto com a libertação do Egito quanto com a caminhada do povo no deserto em busca da terra prometida. Vamos apresentar este paralelo através dos pequenos blocos que formam o capítulo 6 do Evangelho de João.
Multiplicação dos pães (Jo 6,1-15)
Jesus tem diante de si a multidão faminta e o desafio de garantir o alimento para todos. Da mesma maneira Moisés enfrentou este desafio durante a caminhada do povo pelo deserto (Ex 16,1-35; Nm 11,18-23). Depois de comer, a multidão saciada reconhece Jesus como o "Profeta que devia vir ao mundo" (Jo 6,14) dentro do que pede a Lei da Aliança (Dt 18,15-22).
Jesus caminha sobre o mar (Jo 6,16-21)
Para o povo da Bíblia, o mar era símbolo do abismo, do caos, do mal (Ap 13,1). No Êxodo, o povo faz a travessia para a liberdade enfrentando e vencendo o mar. Deus divide o mar através de seu sopro e o povo atravessa com pé enxuto (Ex 14,22). Em outras passagens a Bíblia mostra Deus vencendo o mar (Gn 1,6-10; Sl 104,6-19; Pr 8,27). Vencer o mar significa impor-lhe os seus limites e impedir que ele engula toda a terra com suas ondas. Nesta passagem Jesus revela sua divindade dominando e vencendo o mar, impedindo que a barca dos discípulos seja tragada pelas ondas.
O discurso sobre o Pão da Vida (Jo 6,22-58)
Este longo discurso feito na sinagoga de Cafarnaum está relacionado com o capítulo 16 do livro do Êxodo. Vale a pena ler todo este capítulo de Êxodo, percebendo as dificuldades que o povo teve que enfrentar na sua caminhada, para podermos compreender os ensinamentos de Jesus aqui no capítulo 6 do Evangelho de João. Quando Jesus fala de "um alimento que perece" (Jo 6,27), ele está lembrando Ex 16,20. Da mesma forma, quando os judeus "murmuram" (Jo 6,41), fazem a mesma coisa que os israelitas no deserto, quando duvidam da presença de Deus junto com eles durante a travessia. A falta de alimentos fazia com que o povo duvidasse que Deus estivesse com eles, de que Deus fosse Javé, resmungando e murmurando contra Deus e contra Moisés. Aqui também os judeus duvidam da presença de Deus em Jesus de Nazaré (Jo 6,42).

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mês Vocacional


Significado do Cartaz
Descrição da obra:
Chamados(as) à Vida Plena em Cristo
Símbolos e significados:
1) Tema:
Chamados(as) à Vida Plena em Cristo
– Destaque nas palavras: Chamados(as), Vida, Plena, Cristo;
– É um convite a fazer uma profunda reflexão sobre o signi­ficado destas palavras que ecoam na mente e no coração do vocacionado e da vocacionada.
2) Lema:
“Eis que faço novas todas as coisas!” (Ap 21,5)
3) A mão e a chaga:
Representa o chamamento, apelo e convite que Jesus faz à humanidade: viver em ple­nitude com Ele e com seu “projeto vocacional-missionário”, revelado e testemunhado dentro da perspectiva da comunhão, partilha e serviço.
4) O coração aberto:
Retrata o coração amoroso de Jesus que se doa plenamente ao ser humano e convida a ser um com Ele. Um amor gratuito e livre, de entrega total, que possibilita uma corajosa ruptura com as coisas antigas para estabelecer a novidade da Boa Notícia: amar e construir o Reino de justiça, dignidade e fraternidade.
5) Água que jorra vida:
Significa que, neste configurar-se plenamente em Jesus Cristo, a vida em plenitude acontece, pois é neste encontro relacional, dialógico e amoroso que descobrimos a nossa vocação-mis­são. É esta experiência que nos possibilita uma resposta vocacional clara, livre e comprome­tida com a causa dos mais empobrecidos. Fazendo, assim, com que sejamos instrumentos do amor que gera vida, testemunhado e revelado por Jesus Cristo.
6) Cores:
Revelam a beleza da vida irradiada pelo chamamento de Jesus Cristo.
7) Logomarcas:
Representam os parceiros responsáveis pela elaboração dos materiais do mês vocacional de 2012: à direita, logomarca da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil; à esquerda, logomarca do Instituto de Pastoral Vocacional (IPV) e da Rogate, Revista de Animação Vocacional (abaixo)