segunda-feira, 27 de junho de 2011

''Não há razões teológicas para excluir as mulheres do sacerdócio''



''Não há razões teológicas para excluir as mulheres do sacerdócio'', afirma patriarca de Lisboa.
 
  Segundo declarações do cardeal José da Cruz Policarpo em uma entrevista, o problema consiste principalmente em uma "forte tradição, que vem de Jesus".

A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no sítio Vatican Insider, 25-06-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Haverá presbíteras "quando Deus quiser", mas neste momento é melhor "não levantar a questão". Mas não há "nenhum obstáculo fundamental" do "ponto de vista teológico" para as mulheres rezarem missa no altar. Trata-se, ao contrário, de "uma tradição" que remonta aos tempos de Jesus. A afirmação é do cardeal José da Cruz Policarpo, 75 anos, patriarca de Lisboa, recém-confirmado por mais dois anos à frente da diocese da capital portuguesa.

Policarpo concedeu uma longa entrevista à revista Oa, da Ordem dos Advogados de Portugal, republicada por uma agência portuguesa.
Nela, o patriarca explicou que, com relação ao sacerdócio feminino, "a posição da Igreja Católica se baseia muito no Evangelho, não na autonomia de um partido ou de um governo. Baseia-se na fidelidade ao Evangelho, à pessoa de Jesus e a uma tradição muito forte recebida dos apóstolos".

"João Paulo II – continuou Policarpo –, em um certo momento, pareceu resolver a questão". A referência é à Carta apostólica Ordinatio sacerdotalis (1994), um dos documentos mais curtos de João Paulo II, com o qual o papa, depois da decisão da Comunhão Anglicana de se abrir às presbíteras, reafirmava que a Igreja Católica jamais faria isso.

"Penso – disse o cardeal Policarpo – que a questão não pode se resolver assim. Teologicamente, não há nenhum obstáculo fundamental [para as presbíteras]. Há essa tradição, digamos assim: jamais se fez de outro modo".


Quando perguntado pelo entrevistador, curioso com relação à afirmação do purpurado sobre o fato de não haver razões teológicas contra as mulheres-padre, Policarpo respondeu: "Penso que não haja nenhum obstáculo fundamental. É uma igualdade fundamental de todos os membros da Igreja. O problema consiste em uma forte tradição, que vem de Jesus e da facilidade com a qual as Igrejas reformadas concederam o sacerdócio às mulheres".

O patriarca de Lisboa também explicou que considera a demanda das presbíteras como um "falso problema", porque as próprias meninas que lhe colocam a questão sacodem depois a cabeça quando ele rebate se elas estariam dispostas a se tornar sacerdotisas.
As afirmações do cardeal português devem provocar debate. 


Um ano depois daquela carta de João Paulo II, foi de fato posto uma dúvida (dubium) à Congregação para a Doutrina da Fé, então guiada pelo cardeal Joseph Ratzinger e pelo secretário Tarcisio Bertone. Perguntava-se se "a doutrina, segundo a qual a Igreja não tem a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, proposta na Carta apostólica Ordinatio sacerdotalis, de modo a ser mantida de modo definitivo, deve ser considerada como pertencente ao depósito da fé". A resposta, aprovada pelo Papa Wojtyla, foi "afirmativa".

A Congregação explicou que "essa doutrina exige um assentimento definitivo, já que, fundamentada na Palavra de Deus escrita e constantemente conservada e aplicada na Tradição da Igreja desde o início, foi proposta infalivelmente pelo magistério ordinário e universal" e, portanto, "deve ser mantida sempre, em toda a parte e por todos os fiéis, enquanto pertencente ao depósito da fé".

Fonte: http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=44704

domingo, 26 de junho de 2011

Lenda Japonesa

Era uma vez um grande samurai que vivia perto de Tóquio.

Mesmo idoso, se dedicava a ensinar a arte zen aos jovens.

Apesar de sua idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.

Certa tarde, um guerreiro conhecido por sua total falta de escrúpulos apareceu por ali.

Queria derrotar o samurai e aumentar sua fama.

O velho aceitou o desafio e o jovem começou a insultá-lo.

Chutou algumas pedras em sua direção, cuspiu em seu rosto, gritou insultos, ofendeu seus ancestrais.

Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível.

No final do dia, sentindo-se já exausto e humilhado, o guerreiro retirou-se.

E os alunos, surpresos, perguntaram ao mestre como ele pudera suportar tanta indignidade.

- Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?

- A quem tentou entregá-lo, respondeu um dos discípulos.

- O mesmo vale para a inveja, a raiva e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregam consigo.

*MORAL DA HISTÓRIA:*

*A sua paz interior depende exclusivamente de você.*

*As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se você permitir*

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A origem da festa de Corpus Christi

História:

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula "Transiturus" de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, as quais exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.

Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter 'visões', exigindo da Igreja uma festa anual para agradecer o sacramento da Eucaristia. Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, se tornaria o Papa Urbano IV (1261-1264), tornando mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.

A "Fête Dieu" começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão Eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a primeira Procissão Eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos.

Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.

Celebração:

O decreto do Papa Urbano IV teve pouca repercussão, porque ele morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270. O ofício divino, seus hinos, a sequência 'Lauda Sion Salvatorem' são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno.

Essa festa [Corpus Christi] tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.

O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar "o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia" e "onde for possível, haja procissão pelas vias públicas", mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.

Sacramento:

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: "Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim". Porque a Eucaristia foi celebrada pela primeira vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.

Na véspera da Sexta-Feira Santa, a morte na cruz impede uma festa solene e digna de gratidão e doutrinação. Porque a Última Ceia está no Novo Testamento, os evangélicos lhe têm grande consideração, mas com interpretação diferente.

Para os luteranos e metodistas, a Eucaristia é sacramento, mas Cristo está presente no pão e no vinho apenas durante a celebração, como permanência e não transubstanciação. Outras igrejas cristãs celebram a Ceia como lembrança, memorial, rememoração, sinal, mas não reconhecem a presença real de Cristo nela. Mas alguma coisa existe em comum que, por intermédio da Eucaristia, une algumas Igrejas cristãs na Eucaristia, ensina o Concílio Vaticano II, no decreto "Unitatis Redintegratio".

A Eucaristia é também celebração do amor e união, da comum-união com Cristo e com os irmãos.

Ela [Eucaristia], que é a renovação do sacrifício de Cristo na cruz, significa também reunião em torno da mesa, da vida e da unidade para repartir o pão e o amor. E é o centro da vida dos cristãos: "Eu sou o Pão da Vida, que desceu do céu para a vida do mundo, por meio da vida de comum-união dos cristãos".

Ornamentação:

A decoração das ruas para a Procissão de Corpus Christi é uma herança de Portugal e tradição brasileira. Muitas cidades enfeitam suas ruas centrais com quilômetros de tapetes, feitos de serragem colorida, areia, tampinhas de garrafa, cascas de ovos, pó de café, farinha, flores, roupas e outros ingredientes.

Monsenhor Arnaldo Beltrami (*)

(*)Exerceu o ministério por 7 anos na Arquidiocese de Botucatu (63/69), por 14 anos na Diocese de Apucarana (69/83) e por 8 anos na CNBB de Brasília. A partir de 1991 integrou a Arquidiocese de São Paulo, como Vigário Episcopal de Comunicação. É autor do livro "Como Falar com os Meios de Comunicação da Igreja". Faleceu no dia 11/10/2001.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

"SER FELIZ OU TER RAZÃO?"

Oito da noite, numa avenida movimentada.

O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos.

O endereço é novo e ela consultou no mapa antes de sair.

Ele conduz o carro. Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda.

Ele tem certeza de que é à direita.

Discutem.

Percebendo que além de atrasados, poderiam ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida.

Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado.

Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno.

Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados.

Mas ele ainda quer saber:

- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, devias ter insistido um pouco mais...

E ela diz: - Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz. Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite!

MORAL DA HISTÓRIA:

Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho.

Ela usou a cena para ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não.

Desde que ouvi esta história, tenho me perguntado com mais freqüência: 'Quero ser feliz ou ter razão?'

Outro pensamento parecido, diz o seguinte: 'Não perca energia se justificando. Os amigos não precisam, e os que ainda não o são, não acreditam.

Eu já decidi.... EU QUERO SER FELIZ e você?

terça-feira, 21 de junho de 2011

"PAI, COMEÇA O COMEÇO!"

Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: - "Pai, começa o começo!". O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesma tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito.

Meu pai faleceu há muito tempo (e há anos, muitos, aliás) não sou mais criança. Mesmo assim, sinto grande desejo de tê-lo ainda ao meu lado para, pelo menos, "começar o começo" de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas "tangerinas" são outras. Preciso "descascar" as dificuldades do trabalho, os obstáculos dos relacionamentos com amigos, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário que é a construção do casamento, os retoques e pinceladas de sabedoria na imensa arte de viabilizar filhos realizados e felizes, ou então, o enfrentamento sempre tão difícil de doenças, perdas, traumas, separações, mortes, dificuldades financeiras e, até mesmo, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios

Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis......

Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para "começar o começo" era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até o último pedacinho da casca e saborear a fruta. O carinho e a atenção que eu recebia do meu pai me levaram a pedir ajuda a DEUS, meu Pai do Céu, que nunca morre e sempre está ao meu lado. Meu pai terreno me ensinou que DEUS, o Pai do Céu, é eterno e que Seu amor é a garantia das nossas vitórias.

Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a DEUS:

"Pai, começa o começo!". Ele não só "começará o começo", mas resolverá toda a situação para você.

Não sei que tipo de dificuldade eu e você estamos enfrentando e ainda encontraremos pela frente nesta vida. Sei apenas que vou me garantir no Amor Eterno de DEUS para pedir, em nome de JESUS, sempre que for preciso: "Pai, começa o começo!".

domingo, 19 de junho de 2011

ATITUDE É TUDO!

LUIS é o tipo de cara que você  gostaria de conhecer. 
Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo  de positivo para dizer. 
Se alguém lhe perguntasse como ele estava, a  resposta seria logo:
Ah.. Se melhorar, estraga.
Ele era um gerente especial em um restaurante, pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes.
Ele era um motivador nato.
Se um colaborador estava tendo um dia ruim, Luis estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. 
Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:  
Você não pode ser uma pessoa positiva todo o tempo.  
Como faz isso ?  
Ele me respondeu:     
A cada manhã, ao acordar, digo para mim mesmo:  
Luis, você tem duas escolhas hoje: Pode ficar de bom humor ou de mau humor. 
Eu escolho ficar de bom humor. 
Cada vez que algo ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido.  
Eu escolho aprender algo.
Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.  
Certo, mas não é fácil - argumentei.  
É fácil sim, disse-me Luis.  
A vida é feita de escolhas.  
Quando você examina a fundo, toda situação sempre oferece escolha.  
Você escolhe como reagir às situações.  
Você escolhe como as pessoas afetarão o seu  humor. 
É sua a escolha de como viver sua vida.  
Eu pensei sobre o que o Luis disse e sempre lembrava dele quando fazia  uma escolha. 
Anos mais tarde, soube que Luis um dia cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã.  
Foi rendido por assaltantes.  
Dominado, e enquanto tentava abrir o cofre, suas mãos tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. 
Os ladrões entraram em pânico e atiraram nele. 
Por sorte foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital..    
Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo. 
Encontrei Luis mais ou menos por acaso.
Quando lhe perguntei como estava, respondeu:   
Se melhorar, ... estraga.   
Contou-me o que havia acontecido perguntando:  
Quer ver minhas cicatrizes? 
 Recusei ver seus ferimentos, mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto. 
A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás, respondeu.  
Então, deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas:  
Poderia viver ou morrer. 
Escolhi viver! 
Você não estava com medo? Perguntei.    
Os para-médicos foram ótimos. 
Eles me diziam que tudo ia dar certo e que ia ficar bom.    
Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. 
Em seus lábios eu lia:
Esse aí já era.     
Decidi então que tinha que fazer algo.
O que fez ? Perguntei. 
Bem.. Havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas.  
Perguntou-me se eu era alérgico a alguma coisa.  
Eu respondi: sim.  
Todos pararam para ouvir a minha resposta.  
Tomei fôlego e gritei; Sou alérgico a balas!  
Entre risadas lhes disse: 
Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não como um morto.    
Luis sobreviveu graças à persistência dos médicos...  mas sua atitude é que os fez agir dessa maneira. 
E com isso, aprendi que todos os dias, não importa como eles sejam, temos sempre a opção de viver plenamente.  
Afinal de contas, 
ATITUDE É TUDO!

sábado, 18 de junho de 2011

«Deus uno e trino: comunidade de amor» - Santíssima Trindade

Qual é o mistério central da fé e da vida cristã?

O mistério central da fé e da vida cristã é o mistério da Santíssima Trindade. Os cristãos são batizados no nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

O mistério da Santíssima Trindade pode ser conhecido só pela razão humana?

Deus deixou alguns traços do seu ser trinitário na criação e no Antigo Testamento, mas a intimidade do seu Ser como Trindade Santa constitui um mistério inacessível à razão humana sozinha, e mesmo à fé de Israel, antes da Encarnação do Filho de Deus e do envio do Espírito Santo. Tal mistério foi revelado por Jesus Cristo e é a fonte de todos os outros mistérios.

O que nos revela Jesus Cristo sobre o mistério do Pai?

Jesus Cristo revela-nos que Deus é «Pai», não só enquanto é Criador do universo e do homem, mas sobretudo porque, no seu seio, gera eternamente o Filho, que é o seu Verbo, «resplendor da sua glória, e imagem da sua substância» (Hb 1, 3).

Quem é o Espírito Santo que Jesus Cristo nos revelou?

É a terceira Pessoa da Santíssima Trindade. Ele é Deus, uno e igual ao Pai e ao Filho. Ele «procede do Pai» (Jo 15, 26), o qual, princípio sem princípio, é a origem de toda a vida trinitária. E procede também do Filho (Filioque), pelo dom eterno que o Pai faz de Si ao Filho. Enviado pelo Pai e pelo Filho encarnado, o Espírito Santo conduz a Igreja «ao conhecimento da Verdade total» (Jo 16, 13).

Como é que a Igreja exprime a sua fé trinitária?

A Igreja exprime a sua fé trinitária confessando um só Deus em três Pessoas: Pai e Filho e Espírito Santo. As três Pessoas divinas são um só Deus, porque cada uma delas é idêntica à plenitude da única e indivisível natureza divina. Elas são realmente distintas entre si, pelas relações que as referenciam umas às outras: o Pai gera o Filho, o Filho é gerado pelo Pai, o Espírito Santo procede do Pai e do Filho.

Como operam as três Pessoas divinas?

Inseparáveis na sua única substância, as Pessoas divinas são inseparáveis também no seu operar: a Trindade tem uma só e mesma operação. Mas no único agir divino, cada Pessoa está presente segundo o modo que lhe é próprio na Trindade.

«Ó meu Deus, Trindade que eu adoro... pacificai a minha alma;
fazei dela o vosso céu, vossa morada querida e o lugar
do vosso repouso. Que eu não vos deixe nunca só, mas que
 esteja lá, com todo o meu ser, toda vigilante na minha fé, toda
 em adoração, toda oferecida à vossa ação criadora»
 (Beata Isabel da Trindade).

fonte: http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Invocação do Espírito Santo nesta festa de Pentecostes


Invocação do Espírito Santo nesta festa de Pentecostes
- José Antonio Pagola -

Segundo São João, o Espírito torna presente Jesus na comunidade cristã, recordando-nos sua mensagem, fazendo-nos caminhar na sua verdade, interiorizando em nós seu mandato de amor. A esse Espírito invocamos nesta festa de Pentecostes.
Vem Espírito Santo e ensina-nos a invocar a Deus com esse nome profundo de "Pai" que nos ensinou Jesus. Se não sentimos sua presença bondosa no meio de nós, viveremos como órfãos. Recorda-nos que somente Jesus é o caminho que nos leva até ele. Que somente sua vida entregue aos últimos nos mostra seu verdadeiro rosto. Sem Jesus nunca entenderemos sua sede de paz, de justiça e dignidade para todos seus filhos e filhas.
Vem Espírito Santo e faz-nos caminhar na verdade de Jesus. Sem tua luz e teu alento, esqueceremos uma e outra vez seu Projeto do Reino de Deus. Viveremos sem paixão e sem esperança. Não saberemos por que lhe seguimos nem para que. Não saberemos por que viver e por que sofrer. E o Reino seguirá esperando colaboradores.
Vem Espírito Santo e ensina-nos a anunciar a Boa Notícia de Jesus. Que não joguemos cargas pesadas sobre ninguém. Que não pronunciemos julgamentos sobre problemas que não nos doem, nem condenemos aos que necessitam sobretudo de acolhida e compreensão. Que nunca quebremos a cana rachada, nem apaguemos a mecha vacilante.
Vem Espírito Santo e infunde em nós a experiência religiosa de Jesus. Que não nos percamos em trivialidades enquanto descuidamos da justiça, da misericórdia e da fé. Que nada nem ninguém nos distraia de segui-lo como único Senhor. Que nenhuma doutrina, prática ou devoção nos distancie de seu Evangelho.
Vem Espírito Santo e aumenta nossa fé para experimentar a força de Jesus no centro mesmo de nossa debilidade. Ensina-nos a alimentar nossa vida, não de tradições humanas nem palavras vazias, mas do conhecimento interno de sua Pessoa. Que nos deixemos guiar sempre por seu Espírito audaz e criador, não por nosso instinto de segurança.
Vem Espírito Santo, transforma nossos corações e converte-nos a Jesus. Se cada um de nós não muda, nada mudará na sua Igreja. Se continuamos prisioneiros da inércia, nada de novo e bom nascerá entre seus seguidores. Se não nos deixamos arrastar por sua criatividade, seu movimento ficará bloqueado.
Vem Espírito Santo e defende-nos do risco de esquecer Jesus. Tomados por nossos medos e incertezas, não somos capazes de escutar sua voz nem sentir seu alento. Desperta nossa adesão, pois se perdemos o contato com ele, seguirá crescendo em nós o nervosismo e a insegurança.

domingo, 12 de junho de 2011

Dia de Pentecostes - Solenidade de Pentecostes

O que é a Festa de Pentecostes?

Pentecostes, do grego, pentekosté, é o qüinquagésimo dia após a Páscoa. Comemora-se o envio do Espírito Santo à Igreja. A partir da Ascensão de Cristo, os discípulos e a comunidade não tinham mais a presença física do Mestre. Em cumprimento à promessa de Jesus, o Espírito foi enviado sobre os apóstolos. Dessa forma, Cristo continua presente na Igreja, que é continuadora da sua missão.

A origem do Pentecostes vem do Antigo Testamento, uma celebração da colheita (Ex 23,14), dia de alegria e ação de graças, portanto, uma festa agrária. Nesta, o povo oferecia a Deus os primeiros frutos que a terra tinha produzido. Mais tarde, tornou-se também a festa da renovação da Aliança do Sinai (Ex 19,1-16).

No Novo Testamento, o Pentecostes está relatado no livro dos Atos dos Apóstolos 2,1-13. Como era costume, os discípulos, juntamente com Maria, mãe de Jesus, estavam reunidos para a celebração do Pentecostes judaico. De acordo com o relato, durante a celebração, ouviu-se um ruído, "como se soprasse um vento impetuoso". "Línguas de fogo" pousaram sobre os apóstolos e todos ficaram repletos do Espírito Santo e começaram a falar em diversas línguas.

Pentecostes é a coroação da Páscoa de Cristo. Nele, acontece a plenificação da Páscoa, pois a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova do Ressuscitado no coração, na vida e na missão dos discípulos.

O Espírito traz presente o Ressuscitado à sua Igreja e lhe garante a vida e a eficácia da missão.Dada sua importância, a celebração do Domingo de Pentecostes inicia-se com uma vigília, no sábado. É a preparação para a vinda do Espírito Santo, que comunica seus dons à Igreja nascente.

O Pentecostes é, portanto, a celebração da efusão do Espírito Santo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.

OS SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO

Na convivência com as pessoas, percebemos que cada uma possui qualidades, dons próprios, característicos, e que, somando tudo, resulta uma riqueza imensa.É o próprio Espírito de Deus que distribui a cada um(a) os seus dons, segundo seu consentimento: nem todos têm de fazer tudo, mas cada um(a) precisa fazer a sua parte. Os dons são tão diversos como são as pessoas.Nos caminhos e descaminhos da vida, cada pessoa vai descobrindo suas possibilidades e capacidades pessoais. É preciso que cada um saiba ousar, mesmo encontrando dificuldades. Importa ter coragem, fincar o pé e buscar sempre. A busca pertence a cada pessoa e faz da história de fé para com Deus.

TODOS OS DONS SÃO PRESENTES DE DEUS

Quando nos referimos ao Espírito Santo sempre tomamos como referência os sete dons:sabedoria, inteligência, conselho, ciência, fortaleza, piedade e temor de Deus.

Eles são inspirados no texto do profeta Isaías (11,2-3). O Novo Testamento assume esta profecia na pessoa de Jesus Cristo, o Messias prometido. Ele seria possuído pelo Espírito de Deus e a partir de sua força, praticará um reinado alicerçado na justiça e na paz, conforme os dons recebidos.

O número sete no contexto bíblico. Significa universidade, totalidade, perfeição. Os dons do Espírito são inúmeros, portanto, ao falar em sete, podemos dizer que recebemos todos os seus dons.

São Paulo, em Gálatas 5, 22-23, fala nos "frutos do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, mansidão e domínio de si". Estes frutos provêm de um projeto de vida que todo cristão é chamado a perfazer. Isto não significa que os teremos de uma hora para outra.

Mas, a vida do cristão é um constante converter-se ao crescimento da fé, e um comprometimento para gerar estes frutos na convivência do dia-a-dia.

Podemos dizer que os "dons são qualidades dadas por Deus que capacitam o ser humano para seguir com gosto e facilidade os impulsos divinos, para tomar a decisão acertada em situações obscuras e para reprimir as forças do orgulho, do egoísmo e da preguiça, que se opõem à graça de Deus".

OS SETE DONS E SEU SIGNIFICADO

Vivemos um tempo de grande riqueza em nossa Igreja. Quantos jovens e adultos fazem as comunidades, as famílias saírem de sua passividade e acomodação para tomarem seus membros sujeitos da própria historia através da partilha de seus dons.

Estes dons se transformam em fraternidade, solidariedade, justiça. Através de uma vivência comunitária nos grupos de reflexão, grupos de oração, estudo bíblico ... criam-se práticas sociais e maior consciência de cidadania.

Os sete dons: Sabedoria, inteligência, ciência, conselho, fortaleza, piedade e temor de Deus ajudam a entender os planos de Deus na vida de cada cristão.

Mas, também, capacitam para superar o perigo da indiferença e do medo, para amar a Deus como Pai. Estes dons, ainda, empenham os cristãos na luta por um mundo mais justo e humano e para perseverar na fé e na esperança, mesmo em meio aos desafios e dificuldades.Eles resumem toda a ação do Espírito Santo nas pessoas.Os dons doados pelo Espírito de Deus não tornam as pessoas passivas, inertes, acomodadas. Mas, pelo contrário, o cristão que toma consciência de que está imbuído por seus dons, transforma sua vivência.Um cristão crismado que não ajuda a transformar, a mudar a sociedade em que vive, certamente engavetou seus dons.

VAMOS ENTENDER MELHOR ESTES DONS:

1) Sabedoria. Ela nos leva ao verdadeiro conhecimento de Deus e a buscar os reais valores da vida. O homem sábio e a mulher sábia é aquele(a) que pratica a justiça, tem um coração misericordioso, ama intensamente a vida, porque a vida vem de Deus.

2) Inteligência. Este dom nos leva a entender e a compreender as verdades da salvação, reveladas na Sagrada Escritura e nos ensinamentos da Igreja.Ex. Deus é Pai de todos; em Jesus, Filho de Deus, somos irmãos ...

3) Ciência. A capacidade de descobrir, inventar, recriar formas, maneiras para salvar o ser humano e a natureza. Suscita atitudes de participação, de luta e de ousadia, frente a cultura da morte.

4) Conselho. É o dom de orientar e ajudar a quem precisa. Ele permite dialogar fraternalmente, em família e comunidade, acolhendo o diferente que vive em nosso meio. Este dom capacita a animar os desanimados, a fazer sorrir os que sofrem, a unir os separados ...

5) Fortaleza. É o dom de tornar as pessoas fortes, corajosas para enfrentar as dificuldades da fé e da vida. Ajuda aos jovens a ter esperança no futuro, aos pais assumirem com alegria seus deveres, às lideranças a perseverarem na conquista de uma sociedade mais fraterna.

6) Piedade. É o dom da intimidade e da mística. Coloca-nos numa atitude de filhos buscando um dialogo profundo e íntimo com Deus. Acende o fogo do amor: amor a Deus e amor aos irmãos.

7) Temor de Deus. Este dom nos dá a consciência de quanto Deus nos ama. "Ele nos amou antes de tudo". Por isso, precisamos corresponder a este amor.

 

FONTE: http://lusmarpazleite.blogspot.com/2010/05/solenidade-de-pentecostes-que-e-festa.html

sexta-feira, 10 de junho de 2011

ESPÍRITO SANTO

Quem é o Espírito Santo?

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o Espírito Santo é a "Terceira Pessoa da Santíssima Trindade". Quer dizer, havendo um só Deus, existem nele três pessoas diferentes: Pai, Filho e Espírito Santo. Esta verdade foi revelada por Jesus em seu Evangelho.

O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo da história até sua consumação, quando o Espírito se revela e nos é dado, quando é reconhecido e acolhido como pessoa. O Senhor Jesus no-lo apresenta e se refere a Ele não como uma potência impessoal, mas como uma Pessoa diferente, com seu próprio atuar e um caráter pessoal.

O Espírito Santo é representado de diferentes formas:

  • Água: O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, já que a água se transforma em sinal sacramental do novo nascimento.

  • Unção: Simboliza a força. A unção com o óleo é sinônimo do Espírito Santo. No sacramento da Confirmação o confirmando é ungido para prepará-lo para ser testemunha de Cristo.

  • Fogo: Simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito.

  • Nuvem e Luz: Símbolos inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Assim desce sobre a Virgem Maria para "cobri-la com sua sombra" . No monte Tabor, na Transfiguração, no dia da Ascensão; aparece uma sombra e uma nuvem.

  • Selo: é um símbolo próximo ao da unção. Indica o caráter indelével da unção do Espírito nos sacramentos que falam da consagração do cristão.

  • A Mão: Mediante a imposição das mãos os Apóstolos e agora os Bispos, transmitem o "Dom do Espírito".

  • A Pomba: No Batismo de Jesus, o Espírito Santo aparece em forma de pomba e pousa sobre Ele.

O Espírito Santo, o Dom de Deus

"Deus é Amor" (Jo 4,8-16) e o Amor que é o primeiro Dom, contém todos os demais. Este amor "Deus o derramou em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado" (Rm 5,5).

Posto que morremos, ou ao menos, fomos feridos pelo pecado, o primeiro efeito do Dom do Amor é a remissão de nossos pecados. A Comunhão com o Espírito Santo, "A graça do Senhor Jesus Cristo, e a caridade de Deus, e a comunicação do Espírito Santo sejam todos vossos" (2Cor 13,13;) é a que, na Igreja, volta a dar ao batizados a semelhança divina perdida com o pecado.

Pelo Espírito Santo nós podemos dizer que "Jesus é o Senhor", quer dizer para entrar em contato com Cristo é necessário ter sido atraído pelo Espírito Santo.

Mediante o Batismo nos é dado a graça do novo nascimento em Deus Pai, por meio de seu Filho, no Espírito Santo. Porque os que são portadores do Espírito de Deus são conduzidos ao Filho; mas o Filho os apresenta ao Pai, e o Pai lhes concede a incorruptibilidade. Portanto, sem o Espírito não é possível ver ao Filho de Deus, e sem o Filho, ninguém pode aproximar-se do Pai, porque o conhecimento do Pai é o Filho, e o conhecimento do Filho de Deus se alcança pelo Espírito Santo.

Vida e Fé. O Espírito Santo com sua graça é o "primeiro" que nos desperta na fé e nos inicia na vida nova. Ele é quem nos precede e desperta em nós a fé. Entretanto, é o "último" na revelação das pessoas da Santíssima Trindade.

O Espírito Santo coopera com o Pai e o Filho desde o começo do desígnio de nossa salvação e até sua consumação. Somente nos "últimos tempos", inaugurados com a Encarnação redentora do Filho, é quando o Espírito se revela e nos é dado, e é reconhecido e acolhido como Pessoa.

O Paráclito. Palavra do grego "parakletos", o mediador, o defensor, o consolador. Jesus nos apresenta ao Espírito Santo dizendo: "O Pai vos dará outro Paráclito" (Jo 14,16). O advogado defensor é aquele que, pondo-se de parte dos que são culpáveis devido a seus pecados os defende do castigo merecido, os salva do perigo de perder a vida e a salvação eterna. Isto é o que Cristo realizou, e o Espírito Santo é chamado "outro paráclito" porque continua fazendo operante a redenção com a que Cristo nos livrou do pecado e da morte eterna.

Espírito da Verdade: Jesus afirma de si mesmo: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (Jo 14,6). E ao prometer o Espírito Santo naquele "discurso de despedida" com seus apóstolos na Última Ceia, diz que será quem depois de sua partida, manterá entre os discípulos a mesma verdade que Ele anunciou e revelou.

O Paráclito, é a verdade, como o é Cristo. Os campos de ação em que atua o Espírito Santo são o espírito humano e a história do mundo. A distinção entre a verdade e o erro é o primeiro momento de tal atuação.

Permanecer e atuar na verdade é o problema essencial para os Apóstolos e para os discípulos de Cristo, desde os primeiros anos da Igreja até o final dos tempos, e é o Espírito Santo quem torna possível que a verdade sobre Deus, o homem e seu destino, chegue até nossos dias sem alterações.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O Guarda Chuva Amarelo

Era uma vez um povoado todo cinzento e triste.

Quando chovia, todo mundo usava guarda-chuvas pretos, mas só e rigorosamente pretos.

O semblante de todos era muito carregado e triste. Debaixo de um guarda-chuva preto só podia ser assim.

Certo dia, em que a chuva desabava mais forte, apareceu, como por encanto, um senhor um tanto excêntrico, que ia desafiando aquele dilúvio,usando um guarda-chuva amarelo.

Mas não só: avançava todo sorridente. Isso mesmo, ele sorria.

Alguns dos passantes, como sempre, sob guarda-chuvas negros, olhava para ele escandalizados e murmuravam:

- Que indecência, fica mesmo ridícula essa sua sombrinha amarela. Chuva é coisa séria e um guarda chuva só pode ser preto.

Outros ficaram indignados e se perguntavam alucinados

- O que lhe deu na telha a esse sujeito de querer enfrentar a chuva com um guarda-chuva amarelo? Exibicionista.

Outros ainda fizeram queixa na polícia:

- É certamente um sujeito orgulhoso, alguém que faz de tudo para aparecer. Ele se parece mesmo divertido.

De fato, não havia nada de divertido naquele país de chuva permanente e de guarda-chuvas pretos.

Só Natacha não conseguia atinar o motivo daquelas críticas e um pensamento a inculcava:

- Quando chove, guarda-chuva é guarda-chuva, preto ou amarelo, o que interessa mesmo é que guarde da chuva. E ponto final.

Percebeu, além disso, que aquele senhor mesmo debaixo de um guarda-chuva amarelo se sentia perfeitamente à vontade e feliz, e queria saber muito mais.

Um dia, ao voltar da escola, Natacha se deu conta de que havia esquecido o seu guarda-chuva preto em casa.

Deu de ombros e se meteu na chuva sem nada na cabeça, deixando que a água lhe encharcasse o cabelo.

Quis o acaso que, dai a pouco ela topasse com… isso mesmo, com o homem do guarda-chuva amarelo.

- Servida?

Natacha hesitou. Se aceitasse, seria alvo de gozação. Entretanto, acudiu-lhe o pensamento:

- Quando chove, guarda-chuva é guarda-chuva, preto ou amarelo, que importa?

Além disso, é melhor ter um guarda-chuva do que ensopar-se de água.

Aceitou e viu-se debaixo do guarda-chuva do gentilíssimo senhor.

Então compreendeu porque aquele senhor era tão feliz:

debaixo do guarda-chuva amarelo o mal tempo desaparecia.

E em um céu azul, recortado de pássaros festivos, brilhava um grande e quente sol.

Natacha ficou encantada e o senhor abriu-se para ela em um sorriso:

- Já sei, ficou encantada. Pois então, escute, explico tudo:

houve um tempo em que eu também era muito triste neste pais de chuva sem fim, eu também usava um guarda-chuva preto.

Certo dia, saindo do escritório, lá esqueci o meu guarda-chuva.

Não voltei para apanhá-lo, fui andando para a casa assim, como estava.

Eis que, enquanto caminhava, deparei-me com um senhor que me ofereceu entrar sob o seu guarda-chuva amarelo.

Como você, hesitei, tinha medo de ser diferente, de tornar-me ridículo.

Depois aceitei, porque o que mais temia mesmo era apanhar um resfriado.

E me dei conta, como você, de que debaixo do guarda-chuva amarelo o mal tempo simplesmente desaparecia.

Aquele senhor me ensinou que as pessoas, debaixo de um guarda-chuva preto, ficavam tristes e sem vontade de se comunicar.

O gotejar da chuva e o preto da sombrinha os deixavam amarrados.

Quando, de repente não o vi mais, percebi que estava segurando o seu guarda-chuva amarelo.

Ele o teria esquecido?

Tentei reencontrá-lo, mas não o vi mais.

Por isso, guardei o guarda-chuva. Desde então o tempo sempre foi maravilhoso.

- Linda história! Entretanto, não sente remorso de ficar com um guarda-chuva de um outro?

- Absolutamente não! Porque sei muito bem que ele é de todos. Também aquele homem certamente o tinha recebido de alguém.

Quando chegaram na frente da casa de Natacha, despediram-se. Imediatamente, o homem, afastando-se, desapareceu.

E a jovem se viu segurando seu guarda-chuva amarelo.

Mas, então, aquele senhor: por onde andaria?

Assim, Natacha guardou aquele maravilhoso guarda-chuva amarelo.

Também compreendeu que, mais dias, menos dias, o guarda-chuva haveria de mudar de dono.

Passaria a novas mãos, a fim de levar serenidade a outras pessoas.

Fonte: http://www.sdb.org/index.php?ids=19&sott=39&detsot=6&ty=2 Fábula contada por Don Pascual Chávez Villanueva, (Rettor Maggiore), na mensagem de começo de ano de 2007 a membri tutti della Famiglia Salesiana).

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Reflexão especial sobre Pentecostes

Vamos meditar sobre a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes.

CEBI

Pentecostes - Mesters e Orofino

Uma fotografia do passado projetada na tela do futuro
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I - Partilhar nossas experiências e nossos sonhos de comunidade

Vamos meditar sobre a vinda do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Nos Atos, além do primeiro Pentecostes, há vários outros pentecostes e pentecostinhos: quando a comunidade está em oração durante a perseguição (At 4,31); quando Pedro acolhe o primeiro não judeu (At 10,44-46); quando se reúnem para enviar os primeiros missionários (At 13,22) etc.

Além disso, muitas pessoas aparecem animadas pelo Espírito Santo: Pedro (At 4,8); Estevão (At 6,5); Barnabé (At11,24).

O espírito Santo atua em tudo, desde a redação do documento final da Assembléia de Jerusalém (At 15,28) até as coisas mais comuns da vida, como o planejamento do roteiro da viagem dos missionários (At 16,6.7).

Hoje também acontecem muitos Pentecostes, momentos fortes da caminhada, de tomada de consciência, de luta, de celebração, de descoberta, de testemunho. Tantos momentos! Sempre de novo, sem parar, o Espírito faz nascer e renascer a Igreja e as comunidades! Vejamos:
  • Houve algum fato na vida da sua comunidade, em que vocês reconheceram a presença e a ação do Espírito Santo? Conte.
  • Já aconteceu alguma vez algo assim na sua vida pessoal?
  • E na história das Igrejas do Brasil e da América Latina, houve algum Pentecostes? Qual?

II - Escutar a partilha da comunidade dos primeiros cristãos.

1 - Vamos ouvir como Pedro procura dar a explicação correta do acontecimento e como ele revela o apelo de Deus. Vamos prestar atenção no seguinte: quais as várias formas ou símbolos com que o Espírito Santo se manifesta?
2 - a leitura do texto: Atos 2, 1-24 - pode ser dividida, partilhada.
3 - momento de silêncio.
4 - Perguntas para refletir e partilhar:
  • Qual o ponto desse texto que você mais gostou ou que mais chamou a sua atenção? Por quê?
  • Quais são, um depois do outro, os vários assuntos abordados neste texto? Sobretudo, quais os assuntos abordados por Pedro no seu discurso?
  • Quais as várias formas ou símbolos em que o Espírito Santo se manifesta? Qual o significado de cada símbolo?
  • Como o povo reage frente à ação do Espírito Santo? Como Pedro ajuda o povo a superar a interpretação errada que alguns deram ao fato?
  • Como este texto pode ajudar-nos hoje a perceber a verdadeira ação do Espírito Santo na vida e na história de nossas comunidades?

III - Transformar em oração o que partilhamos entre nós. 

Comentando: "no início do evangelho, Lucas descreve como Jesus nasce pela ação do Espírito Santo. No início dos Atos, como a Comunidade nasce pela ação do Espírito Santo. No dia de Pentecostes, o Espírito inaugurou a nova humanidade (At 2,4.33; 4,31) A partir deste momento, é o Espírito de Jesus que vai animar a vida e a história das comunidades. Ele dirige todos os seus passos, transformou os apóstolos... está presente nas comunidades... traz alegria, consolação, fortaleza, discernimento etc... sua ação está encarnada em ações ordinárias, comuns da vida humana: falar, rezar, cantar, criticar, decidir, crescer, anunciar, servir etc. Manifesta-se nas iniciativas e testemunhos da comunidade, nas celebrações da Palavra e dos Sacramentos, nas lutas das pessoas pelo bem dos outros, nas reuniões, nos encontros, nos conflitos, nas descobertas..."   
  • Celebrar, se desejar, com canto e oração espontânea.
  • Agradecer, encerrar com o Pai-Nosso.
  • Cantos à vontade
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